Extreme Hearts é um anime original de esportes e música do estúdio Seven Arcs. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Hiyori é uma cantora adolescente com problemas para fazer sua carreira decolar. Como última tentativa de alcançar o estrelato, ela decide participar de um torneio de Hiperesportes, uma competição multiesportiva com equipamentos de última geração criada para promover novos talentos da música. Mas essa decisão aliena sua única fã: Saki Kodaka, uma ex-jogadora de futebol que se decepcionou com o mundo competitivo dos esportes.”

 

Sabe aqueles anime que são extremamente clichês, mas consegue te cativar apenas pela “pureza” da história? Extreme Hearts foi um desses casos comigo, um anime que mistura garotas fofas, esportes, música e sentimentos “intensos”, para dizer o mínimo.

De um lado temos Hiyori, uma garota simples do interior que vai para a cidade grande tentar realizar seu sonho de se tornar uma cantora. Hiyori até consegue lançar um single, mas sem quem investisse nela ou grande apelo acaba “flopando” em vendas.

Mas só nisso mesmo, pois do outro lado dessa equação temos Saki, uma garotinha que vê na música de Hiyori um apoio para sua vida, ganhando forças para seguir em frente apesar das decepções, se tornando com isso a fã número 1 da jovem cantora.

Só com isso o anime já me conquistou, afinal, se seu design e roteiro não são exatamente atrativos, pelo menos há uma conexão bacana entre as protagonistas, que faz com que eu me lembre de mim mesmo e como gostaria de estar no lugar de uma das duas.

Além disso, e ainda que de forma um tanto quanto desajeitada, os conceitos com os quais o anime se propõe a trabalhar são interessantes. É um anime musical, meio que de idol, mas o esporte (várias modalidades para ser mais exato) tem papel importante.

A tecnologia é avançada, não só por causa dos Extreme Gears (os suportes que potencializam as capacidades atléticas das pessoas), mas também porque existem robôs antropomorfos; e tudo isso para que fim? Óbvio, para criar mais idols hahaha.

Sem zoeira agora, achei a tentativa pelo menos criativa, visto que se a estreia não foi tão clara sobre as bases nas quais se apoia a trama, pelo menos passou uma ideia de como vão ser essas disputas e do que elas valem: uma oportunidade para Hiyori.

É claro que seria simples demais sem conflito, e o apresentado me cativou também, pois se liga intimamente ao que levou a Saki a se tornar fã da Hiyori, além de explorar todo o carinho e preocupação da fã para com sua cantora favorita e amiga.

Extreme Hearts acerta em solidificar a relação das duas já nesse primeiro episódio e com direito a adição mais que bem-vinda da amiga de infância da Saki, a Sumika, que atua como uma espécie de treinadora/orientadora essencial a preparação da Hiyori.

Aliás, antes de avançar em meus comentários sobre a formação da equipe competidora, a RISE, e o final belíssimo que essa estreia teve; vale nota a falta de vergonha na cara da empresa com a qual a Hiyori firmou contratou e que lançou seu primeiro single.

É sério que a saída para a incompetência deles em divulgar sua artista e embalar o “produto” (que nesse caso seria sua música) é indicar que ela entre em um torneio esportivo que promove quem vence? Não faltou mais empenho dessa gravadora não?

Porque, como vemos claramente na música que a Hiyori canta para a Saki nesse primeiro episódio, a questão não foi a falta de talento, e sim a falta de empenho, de inteligência para conciliar negócios e arte. Mas isso, claro, não poderia jogar a carreira dela fora.

E por isso o torneio veio a calhar, porque era a única oportunidade vislumbrada pela heroína, ao mesmo tempo em que também entendo a Saki ser contra e ainda assim pedir para a Sumika ajudar. Saki queria privar sua amada Hiyori de uma eventual decepção.

Mas como convencê-la a estagnar de novo em busca de seu sonho? Era difícil, e por isso pedir ajuda a Sumika foi a forma que a Saki foi encontrando para aos poucos ir ela mesma se rendendo e concordando que deveria apoiar, não ir contra, essa decisão.

A cena da Sumika e da Saki entrando durante o jogo para salvar a Hiyori do apuro em que se encontrava não faz muito sentido se a intenção era ajudá-la (e elas já estavam inscritas no time, obviamente) desde o início, mas fechou com chave de ouro.

Além disso, foi muito gratificante ver a Saki comprando a briga com a Hiyori, apoiando seus sonhos e até meio que salvando alguém que, através de sua música, a salvou no passado. Como disse, tudo muito simples, mas nem por isso menos gratificante.

Por fim, o que ainda teremos nesse anime? Novas integrantes que serão anexadas ao time, várias adversárias com seus próprios objetivos e competições que prometem movimentos plásticos, mas também alguma emoção, além de música, por que não?

Extreme Hearts não veio para inventar a roda, longe disso, mas dentro de sua proposta (de ser fofo e ter uma história aprazível) se saiu bem, me cativando especialmente pelos sentimentos de suas personagens e os chutes inspirados em Super Campeões hahaha.

Até a próxima!

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