Os “spoilers” soltos e convenientes que a Anya pega são muito divertidos e agora que a gente sabe que podem ser mudados, a chance disso continuar sendo usado, até como bait às vezes, é grande. Dessa vez, felizmente, o começo, o meio e o fim foram todos adoráveis.

A roupagem de suspense obviamente enganosa me arrancou muitas risadas, pois é o tipo de coisa tão boba que funciona, ainda mais com a inabilidade social da Yor, que a levou a tentar aprender com a colega de trabalho mais tsundere do mundo, pelo menos ela “evoluiu” de algum jeito.

Estava sentindo falta de um episódio (ou quase isso) que desse mais foco a heroína, e um que fosse capaz de chafurdar na abordagem básica para ela, mas ir além como ideia geral para a personagem, afinal, se os Forger fossem só uma ferramenta para a Yor…

Ela jamais se daria a tanto trabalho, jamais se dedicaria tanto a outras pessoas que não o irmão se não as amasse… Irmão esse que foi bem aproveitado dessa vez. Não por sua fixação cega pela irmã, mas por ajudá-la a se reconectar com a culinária caseira da mãe.

Foi como se, mesmo órfã desde a infância, a Yor tivesse recebido esse presente familiar e pudesse usá-lo para “conquistar pela barriga” aqueles que ela considera dignos de seu apreço. É com esses pequenos gestos que a instituição “família” vai erguendo seu alicerce.

Mas não sem corpos pelo caminho, digo, receitas fracassadas, intoxicações alimentares e uma comicidade muito boba, mas preciosa, que advém das possibilidades de mal-entendido entre o bom-senso de uma mulher “normal” e a verdade, que ela é uma assassina profissional.

E tudo isso conseguindo melhorar a péssima impressão que a tsundere Camilla deixou em sua apresentação na história. Será que agora o círculo social da Yor vai ganhar mais espaço como têm os do Loid e da Anya? Não sei, mas que foi proveitoso nesse episódio, ah ele foi.

Para finalizar, adorei essa “missão solo” da Yor porque, no fim das contas, de solo ela não teve nada. Cada vez mais ela vai se integrando a família e saber fazer ao menos um prato para quem ama é sinal de que a personagem pode e deve evoluir além de sua piada.

Quanto a segunda missão do episódio, foi ou não foi demais como, através do Franky, o anime conseguiu trabalhar com essa ideia de envolvimento emocional além do estritamente necessário? Mesmo fora de missão, espião apaixonado é…

Algo que deve ser evitado, como o Loid deve evitar se envolver com os Forger além da conta. Mas quem é capaz de definir esse limite e policiá-lo além dele mesmo? E quem garante que ele será capaz de distinguir a “ferramenta” do “humano” quando for necessário?

Loid está, assim como a Yor, sendo cativado por essa família de mentirinha, que vai, aos poucos, virando uma família de verdade. Ele oferecer ombro amigo para o Franky após o fora que nosso herói sem capa tomou foi mais um sinal de que está cedendo ao seu lado “humano.”

Por fim, não podia faltar uma cena da Anya sendo nada discreta e uma rápida decepção ante a tamanha preparação do Franky. Eventualmente ele também pode ser mais humanizado através de um relacionamento, por ora me contento com o caminho que sua paixonite indicou.

Até a próxima!

Comentários