Estou guardando as 5 estrelas, pois sei que essa temporada deve entregar ainda mais do que já está entregando, apesar deste episódio ter sido particularmente especial para mim, afinal, também sou professor, então me emocionei vendo a ligação entre o Aizawa e seus alunos.

Já estava na hora dos moleques lutarem, né? Sim, eu entendo que eles atuam mais como backup por ainda estarem muito “verdes,” mas, convenhamos, os primeiranistas da UA em especial são o máximo nível de experiência possível para um aspirante a herói profissional no Japão.

Sendo assim, já estava mais que na hora de usarem essa “carta na manga” e foi o que vimos em mais um excelente episódio deste arco, no qual mesmo Nomus Near High Ends foram fichinha se comparados ao poder devastador do vilão e seu bichinho de estimação para lá de “brutal.”

Mas antes de falar mais dele, vale a ressalva de que o Shigaraki nem sabe quem foi a vó e da ligação que tem com o All Might. Será que isso “amoleceria” seu coração ou só tacaria ainda mais fogo em sua sede de vingança? No caso do All Might, isso amoleceu seu coração até que…

Até que um dia o número 1 parou, mas não por isso, como bem sabemos. Como também soubemos que o AFO habita no Mãozinha, tentando controlá-lo, coisa que pode se provar decepcionante caso se concretize, ou não, caso o Shigaraki resista e tome o AFO definitivamente.

Coisa que não fez até por ter acordado mais cedo que o necessário para tal. Mas não é como se isso mudasse a realidade, Shigaraki é o mais forte super-humano vivo e se não fossem os olhos milagrosos de um certo professor dedicado, o Japão já teria ruído.

Ver a sociedade heroica se equilibrando na corda bamba é emocionante, mas também gratificante pelo senso de união que vem com isso, o qual nos permite ver um Endeavor mais ciente de suas capacidades e da sua utilidade, como receptivo a uma juventude indomável.

A entrada do Deku e do Bakugo na luta foi sublime, o tipo de coisa que (quase) só Boku no Hero é capaz de fazer. E por que escrevo isso? Porque, apesar das várias ressalvas que faço ao trabalho do Kohei, uma coisa é certa, ele sabe escrever narrativas e personagens.

O encaixe das circunstâncias e dos desdobramentos nesse arco está especialmente afiado, ainda mais pelo quanto tende a se apoiar na consolidação dos novos heróis e no aproveitamento das personagens femininas, que dessa vez se destacam em todos os estágios da luta.

Sim, é verdade que a Ryukyu cansou, mas a Mirko foi essencial para o vislumbre de futuro que ainda resta aos mocinhos, assim como o movimento da Midnight, reconhecendo suas limitações e confiando uma enorme missão a Yayorozu, também foi primordial.

E não posso esquecer da irreverente e resiliente Mt. Lady, cujo cada pequeno esforço terá uma grande importância caso o Machia seja mesmo detido. Adorei a tirada dela sobre a escola, trouxe uma comicidade inusitada a um episódio cercado de tensão por todos os lados.

E o melhor é que ela é uma personagem que vejo fazendo isso (dando uma de heroína da Marvel) mesmo no aperto. Por outro lado, a seriedade e o culhão da Midnight foram um pouco mais inesperados. Mas claro, foi ainda melhor ver a Creati entrando em ação.

A Momo tem um perfil que nem parece de liderança por hesitar demais e confiar pouco em si, mas a verdade é que sua personalidade, competências e individualidade a credenciam demais para tomar a frente nos momentos mais difíceis, cristalizando a grandeza de uma heroína.

Deku, Bakugo e Shoto guiarão a sociedade de heróis a uma nova era no quesito força bruta, mas heroínas como Creati, Earphone Jack e Uravity também terão sua importância. O casulo dessas borboletas está se rompendo e nos lembrando que a base vem forte na luta contra o mal…

Até a próxima!

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