Mashle: Magia e Músculos é um anime battle shonen de comédia do estúdio A-1 Pictures que adapta o mangá de Hajime Koumoto. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Em um mundo onde todos são capazes de usar magia, há uma floresta densa e escura, onde um jovem treina sem parar. Seu nome é Mash Burnedead, e ele guarda um segredo: ele não sabe usar magia. Tudo o que ele queria era levar uma vida tranquila com seu avô, mas a sociedade mágica não tolera não-usuários – e para escapar do perigo, ele acaba se matriculando na Escola de Magia. Seu objetivo? Tornar-se um Visionário Divino de elite, acima de tudo e todos. Será que seus músculos trincados vão conseguir encarar os maiores talentos do mundo mágico?”

 

Mashle é filho de Harry Potter com Black Clover? Ou Dr. Stone que é o pai? Zoeiras a parte (mas nem tanto), Mashle é uma das minhas grandes apostas da temporada simplesmente pelo fato de ser uma paródia de Harry Potter e, claro, ser muito bom.

O combo de comédia circunstancial com reações inusitadas dos coadjuvantes as poker faces despretensiosas do protagonistas rendem momentos hilários em um trama que entrega apenas o básico em sua estreia, mas o faz com personalidade, ou melhor, sem rebuscar desnecessário.

Enquanto muitos battle shonens, mesmo os que puxam mais para a comédia, tentam te convencer a ver o próximo episódio entregando um cliffhanger daqueles ou um plot cabuloso, aqui só o que a gente vê é a perspectiva de “trollar” magia na base do frango com batata doce.

Pra mim isso funciona demais justamente pela personalidade do protagonista e os contornos que a história toma logo em seu início, com a chantagem do policial. O contraste entre magia e força bruta não poderia ser mais inusitado e propício a comédia, né, Black Clover?

E olha que Black Clover nem aproveita esse potencial, afinal, por mais que a anti-magia de seu protagonista, Asta, não pareça magia, ainda funciona como tal. O que vemos em Mashle são apenas músculos e a certeza de que nenhuma Avada Kedavra pode detê-los.

Ademais, destaco a cena do Mash enfrentando (e zoando com) o policial, a caracterização simpática do pai e o aceite da chantagem, que se deu pelos motivos “certos.” Todos foram elementos que conduziram bem essa estreia até o que será de fato a história.

Sendo assim, não devemos levar Mashle tão a sério? Com certeza não, ainda que o protagonista seja para lá de sério e que a piada não escorra pelos ladrilhos, não é como se a gente não soubesse que tudo é mais questão da piada encaixar que fazer sentido.

Por fim, achei essa estreia excelente, bem divertida, bem dirigida, bem conduzida, capaz até de gerar em mim (alguém que lê o mangá) um certo hype para a sequência. Assista Mashle, tenho certeza de que a história pode te render boas gargalhadas (potterhead ou não).

Até a próxima!

Comentários