KamiKatsu: Atividades Divinas em um Mundo sem Deuses (Kaminaki Sekai no Kamisama Katsudou) é um anime isekai de ação e comédia do estúdio Palette que adapta o mangá escrito por Aoi Akashiro e ilustrado por Sonshou Hangetsuban. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Filho do líder de um culto, a vida inteira de Yukito girou em torno da misteriosa deusa Mitama… Até o dia em que um ritual dá errado e ele morre. Para sua própria surpresa, Yukito renasceu num mundo que nunca sequer ouviu falar de deuses, e a vida e morte são decididos por ordem do Império. E quando Yukito decide lutar para proteger a pequena vila em que nasceu, alguém de sua vida passada aparece para lhe dar uma ajudinha.”

 

KamiKatsu é o melhor tipo de isekai que existe! Por quê? Porque abraça a zoeira do primeiro ao último segundo e até quando tenta flertar com o drama não se “perde” nele. Achei o tom dessa estreia todo muito conciso até quando rola o “plot twist” no fim do episódio.

Na história temos um jovem que se dá mal, mas acaba se dando bem, um senso de humor escrachado e um mundo para lá de estranho, que não se apoia em religiões para promover o controle das massas, mas no final faz algo bem parecido ao se centralizar na figura do reino.

É como se nesse outro mundo a ausência de um deus, de uma crença, desse respaldo ainda maior aos governantes, que ainda não conhecemos nessa estreia, mas sabemos que serão questionados pelo protagonista e sua deusa a tiracolo. Porque sim, estava na cara que ela apareceria.

Surpreendeu alguém que fosse uma loli e que sua primeira aparição tenha sido nua (felizmente com luz o suficiente para não mostrar nada)? É nesse nível de avacalhação que KamiKatsu se cria, e eu diria que funciona, pois tem o mínimo de substância, de contexto.

O protagonista sente empatia pelos aldeões porque se enxerga como alguém semelhante a eles, e se sentia assim antes mesmo de saber que eram “transgressores” do regime social vigente. Para isso não precisa de um trabalho de personagem muito aprofundado, convenhamos.

Até porque essa é apenas a estreia, e se trata de um isekai, e um que entende seu mecanismo, tira sarro dele e ao fazê-lo aproveita para destacar suas características adversas ao que tem sido feito no isekai contemporâneo. Yukito não é um enlatado de Kirito e isso é visível.

Ademais, realmente gostei das zoeiras desse anime, que se debruça em vários momentos no ecchi, mas não apela para nada “gráfico” demais, inclusive fazendo piada com a diferença de parâmetros entre o mundo do qual o protagonista veio e esse mundo sem deus.

O deus do CGI também está em falta aqui, mas, sejamos sinceros, ninguém vai ver ou deixar de ver um anime desses (claramente mais de comédia que de ação) por causa disso. Indico KamiKatsu? Se não tem muito pudor e curte isekais não preguiçosos, esse aqui é para você!

Até a próxima!