Em um grupo de crianças sempre tem uma mais infantil e uma que já quer ser adulta. No caso da Anya, ela é só criança, já a Becky não, e se isso gerou uma comédia meio questionável, mas que foi só um dos vários focos de riso desse episódio.

O resumo da Anya foi impagável, assim como a “sutileza” na execução de seu plano infalível. Uma das melhores coisas de Spy x Family certamente é a forma inteligente e divertida como a Anya faz a gente rir, tornando todo momento seu um prato cheio.

Quanto a Becky, se sua paixonite pelo Loid é creep, a resposta que ela deu para o velho foi muito perspicaz. Não aprofundou a pequena co-heroína, mas a deu um espacinho na história que estava faltando. Só espero que ela não encontre com o Loid tão cedo…

E não tão cedo a Anya vai conseguir seu objetivo, mas é melhor assim mesmo, pois é adorável vê-la tentando ajudar o pai e tropeçando nos próprios passos ao mesmo tempo em que, por motivos de “roteiro,” tudo acaba dando certo por linhas tortas no final.

E nem vou elogiar as caras e bocas dela, a gente já sabe do que Spy é capaz nesse aspecto, o que eu não sei é do que o anime é capaz no que tece ao drama, mas gostei da forma como o Damian voltou a ser explorado quanto ao “peso” de sua situação familiar.

Acho que essa é uma forma bem razoável de aprofundar o personagem e torná-lo mais simpático ao público, pois o garoto pode ter seus defeitos, mas ainda é muito jovem para ser julgado completamente, e é fofo vê-lo tentando impressionar o pai.

A Anya, a seu modo, não tenta sempre fazer o mesmo? E convenhamos, é algo quase inerente do ser humano tentar impressionar aqueles que lhe são queridos. Isso inclusive tem a ver com a “paixonite” que o Damian nutre pela Anya.

Ela foi alguém que chamou sua atenção e se opôs naturalmente a ele, e o mais legal é que ela só tenta se aproximar dele o agradando, mas as coisas nunca dão certo como ela imagina. Se dessem o autor perderia uma grande oportunidade de fazer comédia.

E sobre o amor na faixa etária do elenco mirim do anime, não tenho mais nada a dizer além de que isso funciona para a comédia, mas, obviamente, não deve sair disso, não faria sentido, mesmo em uma história na qual a heroína é criança, mas compreende o entorno.

“Compreende” naquelas, né. A história avança justamente porque ela bota os pés pelas mãos o tempo todo e o melhor, age como uma criança se divertindo mesmo com a pressão que põe em si. A Anya não precisa de Red Bull ou amor para voar hahaha…

Enfim, o último terço do episódio foi permeado por esquetes breves, sendo uma delas sobre a “Dama Metálica,” Sally, e a outra sobre o Yuri, uma Tonari (só quem viu a estreia de To Your Eternity 2 vai pegar a referência) de farda e cap.

A segunda foi curta demais, só pós-créditos, e chafurdou demasiadamente na piada do personagem. Na verdade, ela ficou apenas nisso, o que não me impediu de rir da situação, mas, com certeza, não agregou nada além de comicidade boba.

A esquete da Sally já foi um pouco mais demorada e até proveu uma cena final cômica, dado o relatório inusitado para um espião, mas eu sinto que falhou justamente naquilo que eu esperava, que era dar um pouco mais de profundidade a personagem.

Saber que ela é vigiada e como se safa não agrega nada, e muito menos surpreende, ao que já sabíamos da personagem, ainda mais poucos episódios após ela ter deixado escapar que já teve uma filha. Sinto que a oportunidade foi desperdiçada.

Por fim, até consigo engolir a justificativa para o prêmio de arte ter sido dado ao Damian, mas sei que ela é o que menos importa. Para Spy x Family o que vem antes é a satisfação do “cliente” e eu sinto que tudo está indo de acordo com o keikaku

Até a próxima!

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