Com a sequência de episódios incríveis desde o oitavo, ocupando o topo do meu saldo semanal desde então (e vai estar no topo dessa vez também, já adianto), com um bom começo e com um meio que, se não foi excelente, variou entre razoável e bom, Euphonium se tornou um sério candidato a melhor anime da temporada antes mesmo de eu assistir seu episódio final. Tendo assistido-o, e tendo assistido o final de quase todos os demais animes que acompanhava, não me restam mais dúvidas: é o melhor da temporada.
Episódio totalmente dedicado ao esforço da Kumiko em tocar melhor e coisas que decorrem disso, sem no entanto deixar de lado os demais personagens e o que vem acontecendo. Se esse episódio fosse uma peça orquestral, teria sido o momento em que o instrumento Kumiko se sobressai e os demais o seguem harmonicamente. Um episódio perfeito para a véspera do gran finale.
Quarto episódio seguido de Euphonium que eu avalio com nota máxima. Começo a achar que não sou capaz de avaliar corretamente esse anime, sei lá. Eu simplesmente estou adorando todos os episódios desde o oitavo, alguns mais e outros menos, e repetiria tudo o que disse sobre os anteriores. Mas não posso evitar me perguntar se estou certo, se o anime é mesmo assim tão bom, ou se eu que estou com a percepção sobre ele prejudicada por algo intenso e pessoal. Bom, entre tantas coisas acontecendo achei importante, no artigo desse episódio, falar sobre percepção. A Hazuki e a Midori já perceberam que a Kumiko gosta de passar tempo com a Reina (não sei se perceberam mais do que isso). A Asuka parece ter percebido que a Kaori se importa muito com o que ela pensa. Kumiko e Reina percebem alguma coisa uma na outra e em si mesmas, mas … o que elas realmente percebem?
Mal as audições acabaram e a banda já entrou em crise de novo. Dessa vez espalhou-se entre os alunos que o professor Taki já conhecia a Reina de antes deles chegarem a escola, e daí a isso se transformar em suspeitas de favorecimento foi uma ilação bem simples. Não há nada que prove que o professor venha favorecendo a trombeteira, mas como ter certeza que não houve favorecimento? Considere que ela ganhou a posição de solista em detrimento de uma das mais queridas componentes da banda e a suspeita se torna em certeza e as chamas da desconfiança se alastram. Qual a relação entre os dois? Como eles vão reagir? O que outros membros importantes da banda farão? O que a Kumiko pode fazer?
Não tão espetacular quanto o episódio da semana passada, mas aquele é um nível difícil de manter e nem sempre desejável, não é? Mesmo assim, por seus próprios méritos esse foi um episódio excelente. É a audição! Todos estão se preparando para isso há muito tempo, com o festival tendo sido apenas um alívio, não estão? Agora chegou a hora de cada um deles mostrar ao professor Taki porque deveriam ir para o concurso. No caso das trombetas há uma disputa adicional: quem deve ser a solista. E no caso da Kumiko, há mais uma preocupação além da música…
Sabe uma coisa em que sou ruim? Bom, são várias, mas me refiro a uma que sou particularmente ruim e que tem tudo a ver com esse episódio. Com o anime inteiro, talvez. Enfim, aposto que você sabe do que estou falando. Está no título até. Sou péssimo com amor, com romance (e isso explica muito minha situação atual, mas isso não vem ao caso). Se não for algo óbvio e seguindo um conjunto de regras facilmente reconhecível (em geral aqueles que se aprende na TV), eu não vou perceber. Eu percebi com sucesso que a Hazuki estava apaixonada pelo Shuuichi, mas tanto o desenvolvimento do sentimento dela quanto seu encontro e sua rejeição seguiram regras de manual de romances adolescentes em anime do começo até o fim (apenas a declaração foi um ponto fora da curva, mas explicável). Escrevo tudo isso para dizer que eu não estava preparado para o que eu iria ver nesse episódio.
Nada de música ainda, mas esse episódio se construiu sobre dois temas importantes para o desenvolvimento de seus personagens (um deles virou o título desse artigo), e ainda contou o que foi e como foi afinal a tal briga entre novatos e terceiranistas no ano anterior. Mesmo sem música, que foi o motivo pelo qual escolhi assistir esse anime, eu posso me entreter bastante com esse tipo de desenvolvimento. No final até terminou em um gancho que pode virar um triângulo amoroso no futuro, e dá-lhe drama!
Quem não sabe cozinhar nada, sabe pelo menos fritar um ovo e colocar no pão. E quem não sabe tocar, toca Brilha, Brilha, Estrelinha. Se nem fritar um ovo você conseguir, então é melhor jamais chegar perto do fogão. Da mesma forma, se nem Brilha, Brilha, Estrelinha você consegue tocar em um instrumento, então esse instrumento não é para você. Felizmente para Hazuki, a iniciante na banda do grupo da protagonista, parece que ela consegue pelo menos fritar um ovo na tuba.
Se você é um dos poucos e bravos que vêm acompanhando Hibike! Euphonium e os artigos que eu escrevo, então você já sabe onde o título vai levar. Senão, olá, bem-vindo! Espero que volte aqui mais vezes, obrigado por me emprestar um pouco de seu tempo! Enfim, como não poderia deixar de ser, no título do artigo há uma referência à música tocada pela banda do colégio Kitauji nesse episódio. Você já ficou curioso e pesquisou também? Essa música é a primeira do anime que não é originalmente erudita. O anime trouxe uma versão para banda marcial fantástica de uma música eletrônica (isso mesmo, eletrônica) do tempo que música eletrônica ainda era novidade. Na verdade, mal havia nascido ainda. Chama-se Rydeen (lê-se Raiden, como aquele personagem de Mortal Kombat, e agora você deve ter entendido o título do artigo) e é da famosa (que eu não conhecia, mas é porque não conheco nada de música eletrônica e a simples menção aos seus infinitos subgêneros me deixa com preguiça, mas gosto de algumas músicas quando ouço) Yellow Magic Orchestra, banda japonesa que surgiu no final da década de 1970 e, com indas e vindas, ainda existe até hoje e é uma das mais influentes desse gênero de música. Sim, eles faziam músicas em sintetizadores e computadores na década de 1970. Agora, o episódio … não consigo dizer que foi ruim. Mas eu queria que eles tivessem tocado mais Rydeen.
Nesse episódio o professor Taki leva uma aluna aos prantos ao criticar sua falta de habilidade com a flauta, dizendo que se ela está há anos tocando o instrumento e aquilo é o melhor que ela consegue, então ela gastou tempo à toa. Quando outra aluna intervém dizendo que o que importa é que se divirtam tocando juntos, ele responde que foram eles que escolheram ir para o concurso nacional, ficando implícito o óbvio ululante que para ir ao nacional eles não podem apenas se divertir tocando juntos, precisam de muito mais esforço do que isso. Esse professor é um escroto, mas conseguiu tirar dos alunos o que ele queria.