Olá novamente, pessoal. Tudo Bem?

Como vocês podem ver, hoje eu vou dissertar um pouco sobre um anime erroneamente hypado e até um tanto ovacionado como sendo um clássico cyberpunk: Ergo Proxy.

Esse é um anime antigo que eu há muito tempo tinha interesse em assistir pelo fato de ser bastante elogiado e, principalmente, por ser cyberpunk, que é uma das minhas temáticas favoritas. Outra coisa que me chamava bastante a atenção era a obscuridade que a obra parecia ter, mas que, ao assistí-la, isso se mostrou como um ponto extremamente negativo.

Ergo Proxy apresenta o que todo cyberpunk possui: uma distopia ética, moral, política, social, tecnológica etc. Não há nada de novo nisso. O importante mesmo nessa temática é o que apresentar para o seu espectador e como desenvolver uma história coerente, lógica e cativante. Ergo Proxy seguiu esse esquema até o episódio 13. Dali em diante, o anime escambou de vez para uma obra extremamente experimental, o que contribuiu para gerar muitos defeitos na obra como um todo. Claro, na minha visão.

O anime começa com um primeiro episódio bom. Nada de mais ou muito surpreendente. Bem, pelo menos pra mim que sou bastante acostumado com a temática, logo fica naturalmente mais difícil me pegar de surpresa, por assim dizer. Daí em diante, o enredo vai sendo desenhado e bem construído, mostrando pontos que estimulam certas reflexões. O anime estava sendo desenvolvido de maneira consistente e estava muito bom. Contudo, lastimavelmente e repentinamente, decidiram transformar o anime em um laboratório de experimentos “enredísticos”, “roteirísticos”, filosóficos etc. Com isso, o anime mostrou uma pegada quase que completamente diferente da sua primeira “metade”. Por exemplo, as coisas ficaram mais confusas de se entender, pois a linearidade que o enredo possuía foi miseravelmente quebrada a partir do episódio 14. E a partir do episódio 18 mais ou menos, volta-se a mostrar um pouco de linearidade e sequência lógica de acontecimentos. Essa segunda “metade” de Ergo Proxy foi uma confusão generalizada. As coisas ficaram difíceis de absorver não exatamente porque eram coisas extremamente bem elaboradas, mas sim porque foi muito mal feito estruturalmente. Isoladamente, há sim coisas interessantes nessa segunda “metade”, mas no conjunto da obra não funciona, fica um enredo muito problemático. Fora que a atmosfera do anime mudou bastante nesses episódios; ficou mais chato de assistir; cheguei em muitos momentos a ficar com sonolência, pois quase nada ali me importava mais; eu só queria terminar o mais rápido possível…

O roteiro do anime foi outro ponto que caiu de qualidade de um jeito que eu nunca esperaria. Na primeira parte foi muito bom. Teve defeito, mas relevável. Agora, na segunda parte foi uma tentativa megalomaníaca de tornar a obra em um “berço filosófico” que certas coisas nem faziam sentido. No anime como um todo pôde-se ver momentos em que algumas falas dos personagens não só não faziam sentido como não deveriam existir, pois sentido de uma palavra chegava a ir contra o sentido da outra; e isso em uma única frase. Em Ergo Proxy, você precisa bastante de suspensão de descrença ou abstração, mas tem coisa que nem com isso dá pra resolver o significado do que foi dito.

Eu sinceramente nem tenho muito o que falar dos personagens. Nenhum personagem, exceto a Pino, que é uma androide, conseguiu me cativar muito. A opção pela experimentação quebrou a linearidade de desenvolvimento que os personagens necessitavam. Dessa forma, como ter uma boa experiência com uma obra que não trabalha bem os seus personagens? Não dá. Pior ainda quando param de desenvolvê-los de maneira lógica, coerente e consistente.

Um bom ponto positivo de Ergo é certamente a trilha sonora. A abertura é muito bacana, é um rock com uma sonoridade e significado que ilustra bem o anime. E a decisão de colocarem uma música de encerramento feita por uma banda alternativa ocidental como Radiohead foi perfeita. Ambas as músicas deram um ar sombrio e até um pouco inquietante que foi muito bom.

Lembra que lá no início da resenha eu falei sobre a obscuridade ter se mostrado um defeito no anime? Mais especificamente na animação. Minha nossa… acredite, o anime é predominantemente escuro. Muito escuro. Exageradamente escuro… Por que raios fazer uma animação com tanta utilização de preto e cinza??? Será que é aquele famoso motivo “orçamentário”??? Honestamente, os episódios são tão escuros que literalmente você não pode assistí-los com algum reflexo maior na sua tela. É quase impossível ver os detalhes das cenas muitas vezes. E na maior parte do anime há uma visível carência de finalização nos detalhamentos da animação.

Para terminar, o anime encerrou bem? Na minha opinião, nem de longe. Procurou-se responder a reflexões mostradas desde o início do anime, mas ficou tudo muito difícil de engolir, uma vez que fez-se uma bagunça terrível no enredo e no roteiro. Eu realmente gostaria de recomendar a primeira “metade” do anime, pois foi muito boa, mas do que adiantaria, se a segunda parte da obra destrói a sua experiência? Acreditem em mim, Ergo Proxy não vale a pena, se você for crítico. A complexidade de Ergo Proxy é uma falsa qualidade.

Bom, por aqui eu encerro. Espero não ter esquecido de expressar nada que eu queria falar.  E caso queira comentar algo sobre o anime ou sobre a minha resenha, vá em frente.

Grato por ter lido até aqui. Até a próxima!

  1. Então vamos em frente!!! Hehehehe…
    De Ergo Proxy o que tenho a dizer:
    Foi um anime legal, na verdade o cara que o criou tentou misturar a estetica dos quadrinhos de Neil Gaiman (aquele de Sandman que eu particularmente não gosto muito a ponto de ser fã) com o Matrix e mais algumas referências excelentes (como Alan Moore em Watchmen) em Sci-Fi e descobre-se que não é misturando coisas boas que deram certo em outras obras que vai ser uma obra a qual vc, com autor, nunca será esquecido. Um “magnus opus” desse só será lembrado como um panaché de legumes sem sal.

    Mas é assistivel (os primeiros capitulos são magistrais, mas são magistrais em manipular sua necessidade de ver o enredo resolvido) digo não é memorável como outros animes que foram rompedores de barreira (como Welcome to NHK ou Psycho Pass), mas tambem não o colocaria classificado como um “time waster” ele tem seus méritos….Como por exemplo, a qualidade da animação nunca cai de qualidade e a abertura inesquecível (para quem quer saber é só digitar Monoral no Youtube) sinceramente (e eu estou ouvindo essa abertura agora) é a MELHOR MÚSICA DE ABERTURA DA HISTÓRIA DO ANIME!!!!!!!!!!! EM TODOS OS TEMPOS!!! Não via uma musica tão boa (aquela que vc se obriga a buscar o MP3 para botar no seu Motorola veio) desde Serial Experiments Lain (aquele anime que dizem que “inspirou” os irmão Warchowski a fazer algo chamado “The Matrix” e que não tem – se tem me desculpe não localizei – resenha aqui).

    Pq eu digo isso? Pq vc não precisaria de uma abertura de anime para achar ela boa…Ela é boa por si só..A qualidade dos musicos fala por si só…Experimente…E eu duvido que alguém virá aqui dizer “James vc tá exagerando!!” Duvido-de-o-dó! (o mesmo vale para Serial Experiments Lain).
    No resto eu acho foi um grande anime, não foi um “Akira” não foi um dos Studios Ghibli não foi um Satoshi Kon, mas é aspiracional a um grande destino. Talvez não o teve destino que merecia devido ao acima descrito, mas quem procura um anime Sci-Fi de qualidade deve assisti-lo, depois faça as elucubrações que quiser.
    Vale a pena a experiência…Só aviso que vai ter um “filler” num episódio qualquer…Mas não me obrigo a dizer qual…Afinal, até em andar em montanha russa vai ter aquela “reta” que vc acha que tudo acabou, mas não…Não acabou…Ainda…
    Tem de ir até o final!

    • A primeira parte é muito boa? É sim. Só que a primeira “metade” do anime representa apenas a introdução e uma parte do desenvolvimento e a segunda “metade” do anime não dá o devido desenvolvimento, clímax e finalização que a primeira “metade” demandava, por causa dos vários problemas que eu falei no texto. Por isso eu não consigo ver Ergo Proxy valendo a pena ser assistido, já que o espectador verá algo provavelmente muito insatisfatório, se for alguém crítico.

      Sobre as músicas de abertura e encerramento, eu só a dizer que são excelentes, tanto dentro do anime como cada uma isoladamente.

      Desculpa a demora pra responder, James. O texto deveria ter sido publicado na sexta, mas saiu no domingo e eu só percebi ontem de noite que tinha saído no domingo kkkk

      • Nisso eu concordo plenamente…Mas a história do entretenimento está cheia dessas histórias…Quem viu “Duna” (o filme com o Sting de 1985 o livro pelo que me falavam era muito bom) foi a mesma sensação esperado como um “Star Wars” se deparou com “Flash Gordon” (de 1980) um pouquinho melhorado, mas uma lástima. Mas eu acho que ainda vale a pena a experiência pq dá mais gancho para nós analisarmos quando o cara “escapa” no roteiro ou não. Que o Dai Sato é um campeão na industria não há duvida, mas até Spielberg coleciona seus fracassos (Hook, p.ex., meu Deus o que foi aquilo?).

      • E não precisa se desculpar em nada, sabemos que vcs resenhistas fazem tudo isso aqui por prazer e tem uma vida civil complicada (quem não tem…) para cuidar. Sem problemas, bruv…

    • Se você quis dizer no sentido de o Foo Fighter passar a música mais para o estilo próprio deles, não sei se ficaria legal no sentido de combinar com o anime. A música parece até que nasceu para compor o anime por se encaixar conceitualmente tão bem. Mas seria no mínimo interessante poder ver o Foo Fighter colocando as mãos nessa música e mostrando a pegada deles.

  2. E sim “Ergo Proxy” está no meu “Hall da Fama” pelo que eu falei…Só espero não levar chicotada de “pemba de boi” aqui…KKKKKK

  3. Só para constar Ergo Proxy foi de um carinha qualquer chamado Dai Sato só criou umas coisinhas chamadas “Cowboy Bebop” (meu amigo se vc for contra a isso vc é contra a industria do anime como um todo) “Ghost in the Shell” e “Samurai Champloo” só…Mas nem sempre gênios da industria tem seus dias bons…

      • Pra vc ver que quando o cara trabalha sozinho as coisas desandam um pouco…Em Eureka Seven ficou um gosto de remix de Neon Genesis Evangelion (tambem nada que desemereça a obra que tambem é legal e que ficou mas bem resolvida de que Ergo).

  4. Ergo Proxy é um dos meus Animes favoritos, mas não é um anime para qualquer um. A arte e trilha sonora do Anime são impecáveis. A grande graça do Anime é você desvendar o roteiro, o que ele dá algumas dicas, mas não explica. Quanto ao que você diz das falas dos personagens. Filosofia é contraditória amigo… E as legendas de algumas versões são horríveis, então isso dificulta a experiência já que o Anime tem falas complexas. Lendo pausadamente, dá para sacar que tá mal traduzido (versão de internet) a na real os personagens estão dizendo outra coisa. Acho que ele poderia ter menos episódios, e a forma como algumas informações chave para entender a trama são reveladas, deixa os menos atentos babando (tipo o cara que escreveu a crítica aqui, Kkkkkkkkk). É um Anime difícil, é. Mas é ótimo. O roteiro é muito bom! É uma obra ousada, porque pode trazer a tona esse tipo de crítica, que na minha opinião é superficial, é um trabalho diferente no sentido de que faz o expectador pensar e não explica o que está acontecendo, ou melhor… O que aconteceu antes mesmo do Anime começar. Como você pode criticar algo que não entendeu? Isso é dar sua opinião, e não fazer uma crítica. Aposto que é eleitor do Bolsonaro com esse intelecto Kkkkkkkk.

    SPOILER ALERT!

    A maior parte das pessoas não entende Ergo Proxy. O roteiro é ótimo, só que ele não procura se explicar em momento nenhum. A humanidade saiu do planeta Terra. Todos que vivem no Domo são robôs inteligentes que acham que são humanos, e tem até escravos robôs. A Detetive, filha do governador, é um projeto de desenvolvimento de vida real, é uma tentativa de criar vida orgânica. Os proxys são mistos entre humano e máquina, e mais forte que os dois, são os tutores desse mundo, enquanto os humanos estão no espaço esperando a Terra recuperar seus recursos. Só que os proxy se revoltam contra seus criadores humanos, percebem o próprio poder, e elegem a si mesmos como Deuses. Nada do que eu disse aqui é explicado no Anime, você tem que sacar por você mesmo. O anime termina com os humanos voltando para o Planeta, e o Ergo Proxy aceitando seu fardo de destruidor, ou seja, se revoltou contra os humanos. É um anime absolutamente genial. Achei a crítica muito ruim. Pesquisa mais antes de sair falando abobrinha.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Crítica é opinião. Uma opinião fundamentada, mas uma opinião. Senão poderiam os próprios produtores de qualquer material artístico publicar a “crítica oficial” logo depois de lançar a obra, não é? Não, não é. É opinião, é subjetivo, é diferente para cada um. Essa é a graça.

      “Se fala mal do que eu gosto, não entendeu, deve ser burro mesmo” é um péssimo argumento.

      Eu gostei do anime, ao contrário do redator, e concordo que o suspense é interessante. Mas e daí? Isso é suficiente?

      “Filosofia é contraditória”, o que isso deveria querer dizer?

      Problema de tradução vários animes sofrem, inclusive alguns com traduções oficiais. De todo modo, isso não vem ao caso.

      Enfim, obrigado pela visita, mas por favor evite atacar o redator ou qualquer outra pessoa. Se discorda dos argumentos apresentados, responda com contra-argumentos.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Olá Smith!

      Mas é claro que filosofia permite contradições. Só depende de qual filosofia você está falando.

      Se estiver falando da filosofia aristotélica, da qual deriva a lógica aristotélica, que tem como um de seus pilares a lei da não contradição, então sim, contradições não são permitidas.

      Se estiver falando de qualquer outra lógica aí a gente vê =)

      E esclareço, para eu mesmo não correr o risco de soar “contraditório” (vide minha resposta ao FreeLand acima), que uma filosofia permitir contradições não implica que a própria filosofia seja contraditória.

      Obrigado pela visita e pelo comentário!

  5. Muito legal as considerações de vocês sobre o anime, e eu não queria me meter na conversa mas não resisti, desculpa, queria acrescentar apenas uma observação: Ergo Proxi está na lista dos 100 melhores animes para os brasileiros, na frente de Monster e Basilisk, por exemplo. Achei um despautério. e quanto a opening, gostaria de perguntar aos amigos: Já viram as aberturas de a Lenda dos Heróis Galácticos(remake) e de Muchishi? são minhas preferidas. Aliás, A de Ergon Proxi também me agradou muito.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Apelo à popularidade de lado, deixa eu te perguntar: quantos animes você acha que o “brasileiro” médio assistiu? Quero dizer, uma lista de 100 animes é uma lista bastante grande.

      Obrigado pela visita e pelo comentário 😁

  6. Caralho, nunca vi tanta asneira escrita num comentário aqui no site. O cara vem com um discurso completamente pretensioso pra se pagar de “cult intelectual que entendeu um desenho complexo”, não bastando isso, tem que vir com um complexo de superioridade porque não soube lidar com uma crítica a algo que gosta. E o pior, força política onde não foi mencionado nada sobre, e pra completar, ainda fala isso como se os eleitores do Haddad/Ciro (ou qualquer esquerdista) não fossem tão burros quanto os do Bolsonaro (são apenas dois lados da mesma moeda). Pra quê ter “inteligencia” se não passa de um ignorante metido a sabichão?

  7. Se o redator é eleitor do bolsonaro, você só pode ser eleitor do andrade/tironomes pra ser tão burro e arrogante, nego viajou totalmente na teoria dele(leia-se, teoria), não respeitando a -opinião- do redator, considerando que a interpretação do anime fica por conta de cada um que assistiu, e suas devidas considerações finais, você é o falso esperto comedia.

  8. Comecei a assistir, estou no episódio 14 e já sinto essa “traição” ao que foi proposto no começo da animação. Sim, a história é sobre existencialismo, mas dava para manter esse conflito sem se desconectar do rumo do enredo nem aplicar tramas sem nexo algum. O ponto positivo e atrativo da série era a temática cyberpunk e o mistério em torno das criaturas chamadas Proxies e os segredos de Romdo, mas o autor decidiu deixar tudo isso de lado como se fosse lixo e abraçou um experimentalismo pseudo-intelectual na tentativa de parecer inteligente(erro que muitos ou todos os diretores cinematográficos ‘cult’ cometem).
    Fico triste em falar de Ergo Proxy(sim, sou dramática) pois achei que veria uma das melhores séries de animação japonesa(comparável até às demais séries de TV), mas a produção se auto-sabotou e cagou tudo.
    O meme do desenho do cavalo que começa bem trabalhado e termina um rabisco horroroso é a melhor maneira de definir Ergo Proxy.

  9. Quanto aos outros aspectos: pensar na música de abertura me deixa ainda mais deprimida, pois uma coisa tão linda que estava em perfeita sintonia com a trama passou a ser uma propagando enganosa, ou melhor, uma pérola no meio do chiqueiro.
    Sobre os personagens, q produção poderia ter se dedicado mais em trabalhá-los, e às vezes chegam a ser inverossímeis(como a submissão exacerbada de Vincent a Re-L e a ranhetice aleatória e inexplicada da última), a única coisa boa é Pino e sua fantasia de bichinho.

  10. Ergo Proxy é um dos melhores animes já produzidos, uma verdadeira obra prima do gênero, destacando-se entre as milhares de criações de lixo comercial tão visível nas indústrias de animes.
    Não tem um roteiro evidente, desconforta o expectador e não fornece respostas fáceis. Talvez esse seja o grande erro do anime, distorcer tanto o próprio enredo na aspiração de ser complexo demais, mais complexo até do que necessário. Mas, analisando por outro lado, o como e o que é contado, são lados indissociáveis da mesma moeda, e uma obra com uma premissa tão complexa e multifacetada como Ergo Proxy, Não poderia ser muito mais evidente que foi.
    Ergo Proxy não é uma obra deglutivel e evidente poé que sua premissa básica, que combina existencialismo, filosofia, ciberpunk, distopia, etc, jamais permitiriam um roteiro de compreensão exata, portanto, é inevitável a interpretação é grande preparado do expectador.
    O anime é de todo genial e uma das melhores experiências que alguém pode ter com o gênero, esse que tenha preparo para assistir uma obra tão complexa e abstrusa, mas que vale muito a pena assistir.

  11. eu amo ergo proxy e é pra ter uma continuação, já assistir 3 vezes pq eu gosto e amo esse anime, e queria que fizessem a segunda temporada dele.por que no final do episodio mostra os humanos voltando pra terra e queria muito sabe o que iria acontecer com vince e os outros já que eles mudaram a historiam,isso seria muito bom…

  12. Só uma observação sobre a observação colocada em um dos comentários: a “lógica” é que não permite contradições, a “filosofia” parte das contradições em busca da verdade, podendo usar ou não lógica, pois nem sempre a verdade é lógica apenas, exemplo: Matar é errado (A), se matar é errado, pela lógica apenas, não admitiríamos em nenhum momento que matar em defesa própria seria certo pois é “não-A” , porém, como há outros valores que superam a variável A (preservação da própria vida e vamos chamar aqui de variável B) então não-A na situação B, por via filosófica, é verdadeiro, também.

    Então, sim, para dissolução de situações não simplesmente de ordem lógica, usamos filosofia baseado não somente na lógica, mas em outros valores como beleza, moral, usos e constume sociais, etc. Por isso filosofia se enquadra (mas não se limita) à área de humanas e não de exatas, apesar de poder ser usada como ferramenta também aqui para a busca da verdade.

    Me alonguei nessa explicação pois, a meu ver, o anime trata disso, do que é REAL, por isso fala do “despertar” e do virus “cogito”, aliás, não sei se perceberam mas os nomes usados são um trocadilho “Cogito, Ergo sum” (Penso, logo sou – René Descartes) então o virus infecta maquinas que passaga a pensar, cogitar (cogito).

    Explicando o trocadilho não evidente no anime (ou a brincadeira com a sentença de Descartes): cogito, ergo proxy… penso, logo sou o intermediário (proxy é um termo inglês, não sei qual a origem etimologica, mas que quer dizer intermediário ou substituto, alguém responsável por uma intermediação, por isso em tecnologia temos os “proxys” que te conectam ao servidor, creio que a a intenção do anime seja essa, pois exitem varios proxys que são criados para cuidar das cidades e os humanos acabam por tê-los como deuses)

    O rapaz raivoso mais acima deu alguns insights interessantes, mas me parecem um pouco equivocados, pois as cidades que foram criadas não estão “no espaço” mas sim bem acima do nível do solo, afirmar que todos são “robos” dentro da cidade me pareceu uma bola fora, uma vez que há evidências durante o anime que foram criados “uteros artificiais” não se sabe se os “humanos” ali seriam de fato robôs, mas por que um robô teria um outro como criado?

    Porém concordo, sem deixar a raiva tomar conta de mim, que o roteiro começou ficar um pouco solto, porém há coerência até o final, pois o despertar foi concluido, uma vez que o desmemoriado Vincent (alter ego criado pelo proxy de Romdo para provocar o processo de despertar dele próprio, por isso Vincent Law aparece como uma máscara, pois é uma “persona” criada pelo proprio proxy e por isso ele não tem memórias de quem era antes, pois a persona foi lançada ao mundo para sondar como o despertar estava ocorrendo e ele retorna à romdo justamente por ter coletado informações importantesde que o mundo estava se restaurando e de que o amor por Re-l (amor pela realidade, pela verdade) tinha sido alcançado até mesmo por sua persona e a realidade não o quis matar…

    Percebam que Re-l é chata, egoísta, só pensa nela mesma ou seja, é REAL, de fato.

    O autor da crítica aqui falou que os personagens não foram bem trabalhados, mas sim, houve uma evolução enorme de cada um deles conforme o intrincado e aparentemente desleixado roteiro se desenrola… REalmente não é um roteiro óbvio, não dá pra assistir uma ou duas vezes e achar que entendeu tudo, (já assisti algumas vezes), precisa de bastante conhecimento de filosofia e mitologia (Daedalus, um personagem aparentemente contraditório e desnecessário) na verdade é uma das peças chave para o desfecho (aqui precisam ler sobre o personagem mitológio que é referencia pois o novelo de lá, a nova Real que ele cria, que voa para o sol, tá tudo ligado à mitologia grega) e ele cria a “nova Re-l” como o contraponto à Re-l que representa a realidade, de fato.

    Não sei se foi proposital (como não ser) mas a Real (criada a partir do grande amor do Proxy one – monad que segundo os filósofos gregos seria a primeira cratura metafisica, a totalidade de todas as coisas e posteriormente usada por Leibinis para definir as mônadas, não irei entrar em detalhes, mas seria algo como “a origem de tudo). E então, como em Matrix, o alter ego Ergo Proxy se vê entre voltar à seu amor original e esquecer a humanidade ou deixa-la e viver a realidade…

    Pessoal, o roteiro é tão insano que não dá pra falar se foi ruim ou genial, porém creio que a intenção foi atingida: alimentar o despertar para o “cogito”.

    No final, ele se proclamar o senhor da morte, me deixou com a dúvida se as pessoas nas cidades criadas eram eternas… vou assistir mais uma vez…

  13. Faço das suas palavras as minhas, é um anime denso, inteligente com MUITAS referencias.. falar que ” na segunda parte foi uma tentativa megalomaníaca de tornar a obra em um “berço filosófico” que certas coisas nem faziam sentido.” Mostra o quanto que a pessoa não entendeu, desde o PRIMEIRO episódio tem esse berço filosófico, em nomes de personagens.. em cenas… frases.. todo ele é imersivo e fazendo referencias e cita temas como solidão, aceitação, pertencimento, destino, propósito de vida..enfim.. assisti pela segunda vez e li os insights e comentário desse site : https://animerants.home.blog/insightful-anime-rants/
    Está em inglês (inglês tranquilo de entender) que ela foi EXTREMAMENTE DETALHISTA destrinchando CADA episódio, falando de cada referencia.. o que fez que me ajudasse a apreciar ainda mais essa obra prima.

  14. Eu ainda não li o link que vc postou, mas já concordo com oq vc disse sobre referências e tudo mais.
    Eu acabei o último episódio tem uma meia hora, maratonei o negócio, e eu estava lendo e pensando, gente, será q esse povo já viu Evangelion ou Ghost in the Shell, e se viu, entendeu?
    Eu não vejo essa “segunda metade” como tudo oq disseram, muito pelo contrário, entendi como um exemplo perfeito de como são os proxies e como eles se sentem.

  15. Eita crítica ruim da gota! O cara problematizou a estética em preto e cinza? Será se parou pra pensar que a estética parte da unidade criadora do autor, estando ligada à proposta distópica do anime????

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