Após duras negociações, o estúdio MAPPA (Maruyama Animation Produce Project Association) finalmente conseguiu comprar os direitos autorais do programa televisivo humorístico brasileiro conhecido como: “Zorra Total”. Entretanto, diferentemente do que muitos pensavam, o estúdio japonês inovou, e ao invés de apenas retransmitir o programa dublado em japonês, resolveu recriar do zero o programa brasileiro em formato de animê — animação que é produzida por estúdios do Japão. Com o nome de Shoukoku no Altair — ou Altair: Um Registro de Batalhas para nós brasileiros —, a “Zorra Total” pretende ganhar o coração do povo japonês com um pseudo-enredo pseudo-épico com pseudo-guerras, pseudo-personagens e uma mistura surreal da pseudo-história real com uma pseudo-história alternativa. O que podemos esperar desse novo programa televisivo? Foi me informado que na Terra do Sol Nascente, a transmissão já se iniciou há pelo menos um mês, então, de forma inedita, trarei para vocês a minha sincera opinião sobre dois episódios da série animada.

Aposto que se você leu a pseudo-introdução deplorável logo acima, pensou em algo como: “Isso realmente está tão ruim assim?”. Sendo sincero, ao navegar um pouco na internet, vi que algumas pessoas estão cada vez mais empolgadas com Altair, e ainda por cima, estão defendendo com unhas e dentes que o anime está cada vez melhor. Entretanto, infelizmente, até agora — após 7 episódios —, não consegui presenciar essa tal “melhora” que alguns estão comentando por aí. Bom, eu irei tentar expor —novamente — o meu ponto de vista com relação a Altair neste artigo com episódio duplo, já que umas semanas atrás não teve Altair, então, resolveram lançar um episódio duplo agora. Enfim, bora lá.

Na última vez que vimos Mahmut — um protagonista sonso que apenas “acha” que sabe das coisas —, ele e Kiros — um personagem que se tivesse continuado trajado como Jack Sparrow faria mais sucesso — estavam prestes a montar uma tripulação para sair do porto — de forma milagrosa — e irem em busca dos aliados pseudo-venezianos — porque de venezianos eles não têm quase nada. Neste semana, em uma canoa provavelmente alugada de algum país pseudo-neozelandês, Mahmut e sua trupe estavam prestes a “decolar” pelos mares pseudo-fenícios quando a coisa mais inteligente do anime apareceu diante deles. Entretanto, antes de dizer o que foi essa tal “coisa mais inteligente do anime” que apareceu diante de Mahmut, irei explicar como essa “coisa mais inteligente do anime” se formou, apenas para segurar a audiência, nada mais, nada menos.

Glalat, um soldado do Império, começou a tratar os soldados do Império igual mrda, literalmente. Por que diabos um comandante faria isso com seus próprios soldados? Isso não geraria uma revolta? Desistências? E a moral do exército? SE EXPLIQUE, GLALAT-KUN! Bom, isso realmente foi explicado… felizmente, não foi algo como “apenas um personagem psicopata *risos”. E então, por que ele fez isso, no final das contas? O objetivo de Glalat era justamente criar um sentimento de revolta nos soldados do seu exército, mais especificamente por parte dos soldados que não são originários do Império em si. Porém, ao invés de se revoltarem contra Glalat, a galerinha apenas resolveu fugir e pedir abrigo na pseudo-Fenícia, que — no maior clima do fundamental — fez uma “votação de mãos”. Ou seja, quem concordasse com a entrada dos desertores, deveria levantar o braço. Enfim, no fim, após alguns braços levantados — por pura pressão do Mestre dos Ofícios — eles resolveram permitir que os desertores entrassem. Contudo, ao abrir os portões da cidade marítima, não contavam que Glalat já havia posto um plano em ação: ele “arrancou” do seu navio o lastro — que costuma ser de chumbo, fazendo com que o barco fique mais pesado, porém, mais estável — e foi transportado por dois navios — que estavam com seus lastros intactos. S-Sei, Michi-chan, m-mas o que isso tem a ver? Eu não entendi muito bem. Simples, caro(a) leitor(a), muito simples! Sem o lastro, o navio ficará mais leve, ou seja, ele ficará menos fundo com relação a água, então, por estar menos fundo, o navio será muito mais dinâmico, permitindo que alcance uma velocidade muito maior. Além disso, eu diria que Glalat contou com um pouco de sorte, já que uma poderosa ventania acelerou ainda mais o navio sem lastro, permitindo que o mesmo fosse capaz de adentrar dentro da pseudo-Fenícia.

Sendo sincero, essa estratégia utilizada por Glalat foi a coisa mais inteligente do anime. Sim, exato, o plano do cara foi genial. Porém, dá pra notar que teve uma forçadinha de barra para o plano dele funcionar perfeitamente. Veja bem, a pseudo-Fenícia é uma cidade marítima, ou seja, eles são grandes conhecedores do mar e de embarcações, certo? Então como não conseguiram notar que uma das embarcações do inimigo estava estável a ponto de precisar de duas embarcações de suporte? Como diabos não pensaram na possibilidade daquele navio estar sem lastro? São cegos, por acaso? Esse tipo de idiotice é tão idiota, que nem dá pra notar, mas como sou um grande idiota, é óbvio que eu notaria. Bom, eu vou dar um desconto, eles estavam apenas confusos, não acham? risos

Mahmut e sua tripulação — em uma canoa pseudo-neozelandesa — conseguiram interceptar o navio de Glalat mas, no fim, não resultou em nada, pois o verdadeiro papel de Glalat não era “invadir”, e sim “atrair”. Enquanto todos estavam desesperados — porque um navio com uma dúzia de pessoas vestidas com um macacão branco revestido de algodão invadiu a cidade —, o pessoal que estava escalando a montanha roxa finalmente conseguiu invadir a cidade. E, logo após invadirem, colocaram fogo em algumas casas, deixando o pessoal mais desesperado ainda.

Exato! A pseudo-Fenícia caiu porque a galera se desesperou antes do tempo. Na verdade, provavelmente foram arrogantes o bastante para nem sequer deixarem alguns guardas na parte da montanha roxa, já que ninguém nunca conseguiu escalar ela. O orgulho pode ser a fraqueza de qualquer cidade, e foi justamente isso que aconteceu. O orgulho desenfreado do Mestre dos Ofícios o cegou, permitindo que errasse dezenas de vezes seguidas. No fim, a pseudo-Fenícia se rende e é anexada pelo Império. Bye bye, 3000 anos de história!


Ao ver que a cidade despencou, Mahmut e Kiro fugiram sozinhos da cidade, mas logo foram apanhados pela frota da pseudo-Veneza. Como deu pra perceber, eles responderam o pedido de ajuda da pseudo-Fenícia, mas como provavelmente não queriam se envolver em algo muito maior que eles, não ajudaram de verdade. O protagonista espertão, infelizmente, não conseguiu entender isso, e agora pretende perguntar diretamente ao rei da pseudo-Veneza o motivo de tal “traição”, já que para o garoto, o mundo é multicolorido com as flores de um jardim holandês. Aliás, a pseudo-Veneza é bem pseudo mesma, o autor tentou misturar fatos reais com fatos da história alternativa do mundo dele. Não está ruim, mas não está exatamente igual, talvez apenas o salão do rei — que lembra bastante as construções renascentistas — seja algo “perfeito”.

Concluindo, o episódio foi hilário com um monte de trapalhadas e confusões por parte da galera da pseudo-Fenícia. Claro, nosso protagonista inocente também ajudou bastante no humor. A MAPPA realmente deve estar adorando Altair, até porque a animação está chique até demais, apenas 4 sakugas em 7 episódios. Sabe o que significa isso? Aham, a produção do anime está tão porca quanto um porco. Eu não sei o que esperar de Altar, sendo sincero, quando parece que vai começar algo bom, aquilo rapidamente se torna algo ruim. A conclusão desse arco não foi horrível, mas também não foi algo bom, definitivamente não gostei tanto. Espero que o rei da pseudo-Veneza — Doge Lucio — possa ensinar algumas coisas para o Mahmut, pois ele realmente já está me irritando com essa personalidade de ONUman.


  1. Eu não entendo uma atitude de Glalat: ao invés de pisar em seus soldados para transformá-los em desertores de verdade, por que ele não os enviou como espiões para simularem ser desertores? Com isso, ele poderia até usar uma tática “Guerra de Tróia” e usá-los para dar suporte a sua invasão por dentro. Será que ele não confiava na capacidade de encenação de seus subordinados? Mas se até seus espiões são maus atores, que comandante incompetente ele deve ser!

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