Subaru e Haru continuam levando adiante sua vida de descobertas e partilhamento juntos, apesar do escritor ainda não ter dado esse nome oficial a ela até o presente momento. Ele continua sem entender uma série de coisas sobre os seres viventes, em especial a sua gata, mas do seu jeito ele continua tentando e nesse episódio vemos mais um capítulo desse par tão estranho.

Subaru inicia o seu dia com o pé direito, decidindo continuar sua história de onde havia parado e por no papel as suas recentes inspirações. Isso não dá muito certo porque Haru é mais rápida e se apossa do material de trabalho dele. Quem nunca passou por isso com seu bichinho? Eu sinceramente nunca criei um gato dentro de casa, mas já convivi de perto com vários deles e se tem algo que digo é que gatos são animais curiosos e muito espaçosos.

Uma vez já passei por uma situação bem similar a de Subaru com a gata de uma amiga, a bonita simplesmente decidiu se deitar em cima do nosso projeto por provavelmente achar que a ideia era interessante ou por querer a atenção dela, até hoje não sei. Assim como ela, Haru também tem suas razões pra se aconchegar no notebook dele e por seu próprio egoísmo ela não pretende abrir mão de tal conforto – e eu ri bastante com as expressões dela.

Já deu pra perceber que o convívio não será fácil, já que os dois ainda não tem uma comunicação boa e sequer um elo de ligação forte entre eles, e Subaru ainda tem o acréscimo de não ter tato com animais ou humanos. No impasse com a gata ele decide tirar ela do seu caminho do mesmo jeito que a atraiu, com comida.

Buscar comida pra gata era uma atividade que estava requerendo muito do psicológico de Subaru, já que ia requerer que ele saísse de sua casa e encontrasse pessoas no processo, o que o tira completamente de sua zona de conforto e sua paz – mas considerando o obstáculo que Haru representava pro trabalho e o seu próprio medo do desconhecido, é um comportamento compreensível.

O episódio então prossegue e nos joga uma situação que nos apresenta a nova personagem, que por sinal é bem simpática. Subaru depois de apelar pra tudo o que é possível acaba se batendo com um pet shop e lá passa por um constrangimento imenso apenas por um pouco de comida.

Realmente se comunicar com as pessoas não é algo simples dependendo do que você pensa a respeito delas e de sua própria personalidade pra iniciar a conversação e desenvolver ela. Algumas pessoas ainda enfrentam barreiras que decorrem de transtornos psicológicos como autismo e muitos outros. O caso é que Subaru está realmente preso ao seu conceito sobre as pessoas e generalizando isso a todas, o que gera uma dor de cabeça enorme, além de dificultar essa socialização mínima e que é necessária. A prova disso está na cena em que ele compra a ração pra Haru, criando toda uma complicação por não querer falar com a vendedora, quando ele podia simplesmente fazer seu pedido e acabar com seu suplício.

A doideira já começa com ele evitando que ela se aproximasse pra perguntar, mas com a chegada inevitável dela era de se esperar que no mínimo ele aceitasse a derrota, pedisse logo o negócio e ponto final. ERRADO. Subaru preferiu o caminho mais longo e decidiu ficar na base do cara monossilábico, apenas respondendo as perguntas da moça sem muito pensamento, perguntas essas que ele mal interpretou e criou uma situação desnecessária com ela – embora toda a cena tenha sido engraçada justamente pela burrice dele.

O que chama atenção é a ingenuidade da moça com todo o ocorrido e a incompetência comunicativa de Subaru. Esse fato é extremamente curioso dada a habilidade dele de interpretação, uma vez que ele é um escritor e lida com palavras, seus significados e tudo que envolve isso para se chegar a mente do leitor.

Isso mostra que realmente não importa o quão inteligente e letrado você seja, a relação física demanda muito mais que saber lidar com as palavras certas e tentar criar uma fachada com elas. O ato de se relacionar pede uma certa “entrega emocional” do indivíduo – não sei se seria esse o termo correto – por mais simples e boba que essa interação possa parecer, porém o nosso protagonista não parece querer assimilar isso na sua brilhante caixola.

Enfim, depois de uma verdadeira odisseia pela ração – ou pelo menos foi no que ele acabou tornando uma mera compra -, Subaru retorna com a arma que pode tirar Haru do seu caminho. Qual não foi a surpresa dele quando ela saiu? Em compensação ela apenas largou de um canto pro outro – e dessa vez foi por conta de outro mal entendido, por culpa de Hiroto e dela mesma.

Agora Haru estava dominando o material de pesquisa dele, seus livros. E é nesse momento que Subaru se lembra de algo que todos amolaram ele ao longo do episódio “a gata precisa de um nome, qual vai ser o nome dela?”. Depois de entender que um nome podia dar a ele o “controle” comunicativo que ele precisa sobre sua relação com ela, Subaru começa a chutar uma gama de nomes aleatórios, e quando já estava sendo vencido pelo cansaço, a pequena gata reage a um deles: Haru.

Esse pequeno momento o deixou levemente feliz por essa nova conquista e pela boa resposta da gatinha – mal sabendo ele que na verdade ela respondia a tudo aquilo porque o nome a lembrava de uma experiência passada e que tinha a ver com comida.

O episódio mostra que no fundo Subaru é apenas uma pessoa que ainda não entende certos valores e noções, mas que no fundo não é tão averso ao contato assim. Ele só precisa das pessoas e animais corretos pra mudar seu pensamento e tenho certeza que daqui pro fim ele e Haru mudam essa situação.

    • Particularmente eu gosto bastante dele James, acho que a história em si é bem divertida, os outros personagens que aparecem também (mesmo com pouco tempo de tela) são bacanas e o anime tem um quê diferente com essa dinâmica entre a gata e o dono, que por si só já são bem excêntricos.
      É como você mesmo descreveu, tá bem redondinho e espere que melhore ainda mais.

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