Logo de cara nós somos apresentados aos novos personagens, pessoas desconhecidas que vivem em uma realidade igualmente desconhecida para nós. E essa apresentação foi feita da melhor maneira possível. Pois esse episódio foi simplesmente incrível. Muita novidade para todos os lados, assim como tiros de rifles e de metralhadoras. Guerra, isto é o que vimos.

Assim como diversas informações, algumas novíssimas e outras que já sabíamos parcialmente. Enquanto os protagonistas de Shingeki no Kyojin envelhecem e amadurecem nós cruzamos o oceano para ver essa história de outro ângulo e novamente pelos olhos de crianças inocentes. Ou como todo mundo nesse anime, nem tão inocentes assim.

Seja como for, a Gabi mostrou de imediato o seu potencial. Se colocou em perigo, fez uso de um plano muito arriscado e conseguiu um triunfo heroico. Sua forte motivação nos lembra de imediato uma certa pessoa, mas sua realidade é bem diferente. Os “demônios” para ela são as pessoas da ilha de Paradis, mas eles próprios eldianos são também os “demônios” para os marlenianos.

Logo percebemos como Shingeki no Kyojin foca nesse tema do ódio que se retroalimenta. A solução dela para o ódio e a morte é mais ódio e mais morte. Mas como disse, Marley e na verdade o mundo inteiro odeia e teme os eldianos. É como se tivéssemos um círculo que se entrelaça em si mesmo, igual um novelo de lã sem começo e nem fim.

Ou pelo menos não se pode mais ver com precisão onde ele começou e se em algum lugar irá acabar. Como escapar então desse círculo vicioso? Bem, esse é o problemão que esse anime e que em especial essa temporada tentará responder.

O que nós tivemos nesse episódio foi um completo massacre perpetrado por Marley. A batalha foi extremamente acirrada até ser definida pelo poder dos titãs. Em especial pelo Zeke e pelo Reiner. Embora o poder dos próprios titãs que conquistaram essa vitória tenha sido contestado pelas dificuldade que tiveram para faze-lo.

Temos aí um tema interessantíssimo; os titãs. O episódio mostrou muitos titãs e fez questão de citar os “nove titãs”. Não irei falar sobre eles, mas se você pegar seus dedinhos e conta-los um por um, desde que seja bom em matemática, vai ver que já vimos oito deles contando com o progenitor que está com o Eren. Então onde está o outro? Isto ainda saberemos.

Perguntas, muitas perguntas esse episódio levanta. Ele não foi confuso, mas é fato que muitas informações necessitam de certa atenção para serem captadas. Mas vamos deixar de preguiça e prestar um pouco de atenção, difícil de entender não é. O anime está fazendo a parte dele, vamos fazer a nossa também.

Aliás, continua fazendo a parte dele. Eu estava preocupado com as mudanças, principalmente quanto ao novo estúdio. Mas o estúdio me surpreendeu pela grande qualidade. O MAPPA está com dois dos animes mais bem produzidos do ano em uma mesma temporada! E sim, esse outro que falo é Jujutsu Kaisen.

É tão inacreditável isso que eu sou obrigado a duvidar que o estúdio conseguira manter o nível em ambas as produções. Que não apenas na qualidade da animação se destaca, mas de fato na produção como um todo. A direção está muito boa, esse episódio foi muito bem adaptado e a trilha sonora está fantástica.

E falando em música, temos a abertura “My War” da banda Shinsei Kamattechan que é bem diferente do que estamos acostumados. Não é “música para se ouvir”, daquelas que se escuta no dia a dia. Mas como abertura talvez seja a minha favorita desse ano, pelo menos da parte visual eu não tenho dúvidas disso. E o encerramento “Shock” de Yuko Ando é muito bom também.

Para finalizar, o anime encerra com o Jean comprando um jornal nas ruas lotadas de Marley como quem não quer nada. Um sinal daquilo que ainda virá. Um episódio incrível e que me deixou bastante confiante. Então digo que confiem também. Isso tem tudo para ser a melhor temporada desse anime. Até mais.

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