Em um episódio onde pouco tenho o que dizer – mas muito o que elogiar como sempre -, o anime foca um pouco mais no olhar da Tsukasa e como ela está se encaixando aos poucos nesse novo mundo a dois e na sua nova família, que engloba não só o Nasa, mas todos aqueles que se importam com o rapaz.

Ao longo da jornada do casal para construir seu novo lar, algo que eu tinha observado é que diferente do Nasa que encarou a fúria da Chitose, a Tsukasa não passou por muitas dificuldades no círculo de amizades dele – que por sinal não é muito grande, ainda que o mesmo seja uma pessoa amada por quem cruza seu caminho.

Contudo, embora tenha sido tratada com muita simpatia pelas Arisugawa, a moça nunca teve uma oportunidade clara de conversar diretamente com alguma delas, para criar de fato um laço que definisse uma amizade para além do título de esposa do melhor amigo da família.

A mãe é divertida, porém sempre muito ocupada para aparecer mais na tela, já a Aya meio que sempre se posicionou como uma secundária sem muita interação – o que é uma pena, dada a tolice naturalmente cômica dela -, sobrando apenas a Kaname, que é a mais próxima e a conselheira “dúbia” do protagonista.

É legal a forma como a melhor amiga e a esposa puderam interagir, justamente por conta do que a menina coloca, que foi a falta de oportunidade para entender melhor a Tsukasa e se aproximar dela. Nessa junção não só vi como elas podem funcionar juntas, como pude perceber que a palhacinha é mais do que uma mente pervertida e debochada.

Curioso como ela parece tão a vontade para aconselhar um casal, enquanto é tímida para criar intimidade por ela mesma – algo que eu não esperava pela sua espontaneidade. Bom, se por um lado a preocupação dela era sacar a Tsukasa, por outro, elas se aproximaram por compartilharem o mesmo sentimento pelo Nasa e virtudes iguais como a diligência e a sinceridade.

Gosto da cena em que ela agradece pela moça ter salvo a vida de seu melhor amigo, porque essa é importante para selar o início dessa nova amizade, que mais do que nunca dá a protagonista um lugar ao qual pertencer, uma família maior na qual ela pode se sentir querida e apoiada – assim como seu marido.

Falando em honestidade e pulando pro lado B dessa grande família Yuzaki, mais uma vez o anime sobe os degraus do relacionamento conjugal, com o Nasa dando um passinho maior. A Tsukasa assume o papel de atiçar o rapaz algumas vezes – voluntariamente ou não – e ao mesmo tempo que fica envergonhada com a franqueza dele, ela também gosta de como ele age no impulso para demonstrar que está apaixonado.

Ele por sua vez segue bem o seu roteiro de vida, se mantendo fiel as próprias convicções e sendo verdadeiro com a garota, sem exagerar. Ainda acho que eles vão custar um pouco a avançar mais, por conta do freio que eles se colocam – já que tudo é muito recente -, mas pessoalmente não é algo que me incomoda, pelo fato dessa relação já ter andado o suficiente para cativar e mostrar que se dosar os dois lados do romance, dá certo sim.

É bem verdade que agora eles coram com bem mais constância que no começo do anime, quando eles pareciam esquistamente mais a vontade e soltos. Só que aí entra o fato de que quanto mais a dupla se conhece, mais a visão de um sobre o outro muda e consequentemente os sentimentos e o comportamento de um para com o outro, então tá tudo numa boa.

No mais, Tonikawa continua divertindo muito e aquecendo corações sem qualquer esforço, apelando para um caminho que eu diria que é diferente do da grande maioria, sem polígonos, mal entendidos ou problemas de personalidade, sendo apenas uma história simples de uma boa relação a dois.

Agradeço a quem leu até o fim e nos vemos no próximo artigo!

 

 

Comentários