In the Land of Leadale – ep 3 – Depressão pós-perda
Nesse episódio vimos o quanto a Cayna ainda se sente ligada ao mundo no qual vivia antes. É como se ela procurasse pessoas que conhecia a fim de se situar no jogo, mas estivesse perdendo de vista que os NPCs de outra hora não são mais isso e sim pessoas reais, de carne e osso.
Felizmente, não é nem que ela teve exatamente um problema com os nativos de Leadale, mas acredito que depois de seu período depressivo se atente para esse fato, de que sua vida agora é essa, não a de uma humana em um jogo, mais de uma elfa superior em um mundo de fantasia.
Por sorte cada vez mais a Cayna vai ganhando popularidade na cidade grande, pois não só ficou famosa por andar sobre as águas, como é mãe de três figuras importantes. Aliás, o Kartatz nem apareceu nesse episódio, mas cedeu espaço para os seus irmãos reencontrarem a “mamãe”.
Não sei se você notou, mas há um contraste na relação da Cayna com os filhos. O anão, que não é da mesma raça, é o que mais rejeita carinho, mas o que mais recebe, enquanto o Skargo e a Mai-Mai, que são da mesma raça, são os mais melosos e que são mais tratados com frieza.
Sei que a posição deles denota altivez (o Kartatz até é importante, mas nem tanto), mas a Cayna não é um pouco fria demais, e justamente com os que são mais amorosos com ela? Será que isso tem a ver com o que falei sobre ela não estar levando o mundo tão a sério assim?
Não sei, me pareceu mais uma sacada cômica mesmo, que funcionou comigo, só fiquei um pouco triste porque gosto de ver uma mãe mimando seus filhos. Também gosto de ver a Cayna cagando e andando para a lógica do mundo, apenas usando e abusando da mecânico do jogo.
Digo, mais tarde o anime pode explorar mais desse elemento, afinal, a heroína é especial justamente por isso, porque ela abre um menu e resolve tudo no automático, e talvez se ela passar a se interessar pelo modo de fazer das coisas isso seja um sinal de aceitação de sua realidade.
E eis que chegamos a segunda parte do episódio, que apresentou uma quest que deu abertura para duas situações distintas. A primeira foi o reencontro com o garoto, a segunda o reencontro com o vigia de outa torre. Uma foi sacana, a outra também; mas de formas diferentes.
Enquanto achei válida a zoeira da baba praticamente afogando o garoto, será que ela não poderia ter secado ele? Além disso, ela vai embora sem nem se despedir, pelo menos chegam os guardas para levá-lo. Quanto ao que é revelado para ela, não dá para dizer que foi uma surpresa.
Jogos são descontinuados o tempo todo, além disso, é de se imaginar que ninguém mais tenha morrido e ido parar lá além dela. Haviam apenas treze no grupo de amigos com os quais ela jogava e que se intitulava “Mestre das Habilidades”, além disso, tem algo pior.
Se ela só foi parar lá porque morreu, para os outros terem tido o mesmo destino só morrendo também, né? O jogo ser descontinuado e ela ter ido parar nele 200 anos à frente do que ela conhecia faz mais sentido assim. Seria bizarro ela reencontrar alguém que não morreu na Terra.
Mas é óbvio que por mais que essa possibilidade existisse, só de posse de mais informações é que ela a acataria. Ela fez isso mal, ficou de cama, depressiva, mas não temos como julgá-la também, foi um baque grande, ainda mais para alguém com a idade mental de uma adolescente.
Assim a Cayna vai assumir de vez sua identidade de elfa superior e aceitar esse mundo como ele é, a sua única e preciosa realidade? Acho que será o primeiro passo para isso. Não que ela estivesse vacilando por ainda estar apegada ao passado, mas é melhor que não se apegue a ele.
Por fim, o Skargo da showzinho e apanha da mãe em mais um momento de frieza seu, ainda que ele tenha exagerado também. Sei que o anime é de comédia também e que essa não é exatamente tóxica, mas queria ver a Cayna versão mãezona também. Vamos ver o que o futuro reserva.
Até a próxima!
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