Não acho que a Luka tenha aversão a quem fica de ressaca, mas com certeza o cheiro de bebida não deve tê-la ajudado em seu desafio para chamar a Cayna de mãe, um plot que não surgiu do nada se pensarmos na solidificação da família da nossa heroína. E a aventura continua…

Enquanto Rox e Cie brigam como cão e gato, os moradores da vila doam um terreno a Cayna, o que parece uma ação muito abnegada, mas se pensarmos objetivamente nem é, afinal, eles sabem que a elfa superior protegerá a vila, então é interessante tê-la mesmo por perto.

E isso vira desculpa para dar mais uma festa. O pessoal da vila parece brasileiro que arruma todo motivo possível e imaginável para comemorar, arrastando a Cayna consigo e aproveitando a vida da melhor maneira para quem vive no interior sem as atrações de uma capital.

Nisso a Cayna acorda de ressaca mais uma vez e fico me perguntando se ela já não deveria estar desenvolvendo resistência ao álcool, ou melhor, se não há no próprio jogo uma skill para isso. A Cayna resolve tudo, se ainda não resolveu isso é pela piada, certeza.

Quanto a construção, por que choras Odebrecht? Não teve muita graça o que a Cayna fez e, ainda por cima, cadê os quartos de hóspedes? Em todo caso, bastou para me agradar que a Luka tenha finalmente entrado na casa e ganhado um lar físico, pois já o tinha em sentimentos.

Sim, ela hesitou de novo para chamar a Cayna de mãe, mas na segunda parte do episódio a gente viu que isso era só questão de tempo e que o tempo foi algo importante nessa aventura/slice of life, afinal, foi com ele que a heroína foi se encontrando em sua nova realidade.

Outra personagem que se encontrou com o tempo foi a Mimily. Acabou que o buraco negro só deu vazão ao seu desejo de sair de um local no qual não se achava para outro em que encontrou propósito e paz de espírito, algo parecido com o que aconteceu com a própria Cayna.

Em Leadale ela tem a liberdade para ir e vir, vivendo novas e intensas experiências que jamais poderia viver na Terra. E mais, ela constituiu uma verdadeira família, fez amigos e está preservando o legado de seus antigos companheiros. A jornada foi intensa e ainda não acabou.

Mas claro, o anime sim, e com chave de ouro depois de vermos a Cayna não só atacando de professora, como também se emocionando genuinamente ao ser chamada de mãe. Uma mãe não precisa engravidar ou ter um marido para ser “mãe”, basta amar sua criança.

E a Cayna ama a Luka, um sentimento que vem sendo cultivado desde que a garota surgiu na trama. Como bem vemos na cena em que ela repreende a Cie, a Cayna é muito humilde e gentil, o tipo de pessoa que pode até judiar dos mais velhos, mas cuidará bem da mais nova.

Tudo após uma jornada que é relembrada em tom de nostalgia, apesar do pouco tempo em que convivemos com a heroína. A Cayna viveu intensamente e ainda viverá mais, mas provavelmente só na light novel, duvido que tenha mais anime, o que acho uma pena, pois o adorei.

Por fim, ela cumpre a promessa que fez a Lytt e junto da Luka as três partem pelos céus para conhecer o mundo e se deslumbrar com ele, sem ignorar seus dissabores, mas entendendo que as alegrias compensam. Leadale foi bem isso e terminou tranquilo, como foi toda a jornada.

Até a próxima!

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