Depois de 5 anos (e não parece ter passado tanto tempo), Youjitsu retorna para sua segunda temporada com a “missão” terminar aquilo que começou e claro, nos mostrar mais sobre esse primeiro ano do Ayanokouji nesse colégio peculiar.

Para quem não conhece, Youjitsu é uma obra de drama e mistério escolar. Ela chama a atenção por conta de seu protagonista genial e um elenco bem genioso (seja para o bem ou para o mal). Eu até ia colocar a sinopse aqui, mas cada lugar fala sobre algo diferente (ainda que similar). De qualquer forma, o colégio em que a obra se passa é no mínimo peculiar.

A primeira temporada fechou no meio de alguns acontecimentos e logo após um teste. Sim, foi um final que não teve nenhum problema em particular, porém, não fechou a questão como um todo, sabe? É como se tivesse apresentado grandes acontecimentos, mas que eram parte de algo maior que ainda está pendente.

Frase “misteriosa” e com versão em latim – faltou ter um autor

E a segunda já começa de onde a outra parou, o que eu considero um erro bem comum. Como mencionado acima, fazem 5 anos que a primeira temporada foi lançada e dessa forma, ninguém vai lembrar com exatidão o que aconteceu no final. Ah, e ninguém deveria ser obrigado a rever para que possa entender.

Isso acaba atrapalhando a continuidade de certos detalhes da obra também. Talvez o exemplo mais claro disso foi com relação a conversa entre Horikita e o Ryuuen. São dois dos personagens centrais da obra, há um “problema” ali e você não entende nada pois o estopim aconteceu na temporada passada, num ínfimo momento.

Ora ora, temos um Sheroque Holmes

De qualquer forma, em geral o anime foi exatamente aquilo que já se esperava. O Ayanokouji ficou analisando tudo e todos durante todo o episódio e no final, mais um evento (com uma explicação complicada) começou. Dessa vez, trata-se de um evento mais complexo, apesar de seu simples funcionamento.

A grande ideia por trás desse evento é utilizar da argumentação para obter informações que possam ajudar a si e sua classe – ou então não ajudar ninguém e manter o balanço de poder no mesmo nível. Como foi mencionado pela Ichinose, é um sistema que beneficia a classe A, considerando a posição da mesma.

A troca de informações poderia ser bem viável, mas o risco da traição ainda existe e é alto. Não tem como julgar como errado as diferentes opiniões de cada “facção”, afinal, todo mundo tem o que proteger, seja a sala ou a si mesmos.

Infelizmente ainda não sabemos da posição do Ayanokouji e claro, ele está apenas analisando e comentando o que está acontecendo. Só vamos saber o que vai ser feito ou acontecer mais para frente, então nem vale a pena especular muito.

Eu gosto bastante da obra, mas praticamente todas as outras desse tipo (incluso essa) possuem o mesmo problema: a desonestidade. Você não deixa de descobrir o que vai acontecer porque não pensou o suficiente, deixou de entender ou passar algo, mas sim porque a obra adiciona elementos que transformam a situação progressivamente.

Com isso, você sempre estará longe da “verdade”. Enfim, também não vale a pena reclamar, mas sim, prestar atenção nos outros detalhes e aqui, temos a Karuizawa Kei como “detalhe”. Ela pareceu meio perdida durante esse início (e com o novo evento) e pior, alguns problemas podem ter surgido em seu horizonte.

Nosso querido Ayanokouji só observou, como sempre, mesmo ela estando em uma situação ainda mais desconfortável. Entendo que a ideia ali é bem simples: muita gente ali no entorno, logo, alguém iria intervir. Aliás, não só isso como também o grupo da sala A parecia o tipo de gente que faria isso.

Eles têm um senso de unidade e de certa forma, todos fazem parte do mesmo grupo nesse momento. Tudo isso pode não significar muita coisa, mas são possíveis indicativos de que ele sabia que não precisava intervir naquela situação. Porém, com a cena do choro no banho eu acho que fica claro que ele vai ter que fazer algo logo mais.

No mais, é sempre bom lembrar que o Ayanokouji não é bem um mocinho, tendo em vista que ele considera tudo e todos como um meio para um fim (o qual ainda não sabemos). Ele pode estar ali “ajudando” a galera, mas no final do dia ele sequer se importa, apenas ajuda por conveniência. Estou bem curioso para saber como ele vai agir nessa segunda temporada, principalmente agora que sabemos um pouco (bem pouco) mais sobre ele.

Um rapaz muito expressivo, eu diria. Parece até qualquer outro personagem calculista que temos por aí

No geral, a nova temporada é a definição mais fiel de sequência. Não é uma adaptação fiel da light novel, mas ainda assim consegue se manter interessante e não tão distante do original. A equipe encarregada é a mesma, o que é ótimo também, afinal, ter uma sequência dessas com outra equipe seria a receita do desastre (ou não, vai saber).

  1. Mangá tão desinteressante quanto o anime. Enrolação demais protagonista ali tá dormindo, muito pegado. Demora pra porra pra se desenvolver a história e clímax peba demais perda de tempo. Prota ali tá morto.

  2. É, tem esses detalhes complicados. Acho legal também que os eventos sempre tem uma explicação difícil, sendo que muitas vezes nem precisava disso. Quer complicar a situação? Ok, mas talvez variar seja uma opção bem válida também

Deixe uma resposta para Kiraht Cancelar resposta