A Power é uma cuz*na de mão cheia, né? Já o Denji demonstrou empatia nesse episódio, por outro lado, ele notou sua “frieza,” uma perca de sentimentalismo, de envolvimento com o próximo, que pode ser perigosa a longo prazo para o nosso herói.

E ele vai precisar dessa capacidade de se comover? Depois de ver seus colegas humanos dizimados, acho que sim. Além disso, o prognóstico para o Aki exposto nesse episódio foi o pior possível. A death flag já está dando a volta em torno do pescoço dele.

Não tinha com o Aki não chorar mesmo, esse é o tanto que ele se importa, e se não se importasse, teria aceito o convite da Himeno para sair do serviço público. O Denji já não se importa tanto, ou melhor, ainda consegue se distanciar de toda essa m*rda.

Inclusive, essas sacadas meio instantâneas de virada de humor ou perspectiva do personagem são muito interessantes, pois tornam o prosseguimento da trama todo mais dinâmico, além de fazerem sentido nessa construção de um herói “sem sentimentos.”

Sentimentos que se tornam ao menos frustação nas mãos do f*dido da cabeça do Kishibe, uma mistura de Yami com Aizawa piorado pela bebida, o cigarro e a marra; uma figura com total cara de sensei que não ensina p*rra nenhuma além de violência. E isso é ótimo!

O questionário dele teve como resultado que o Denji e a Power são dois grandessíssimos filhos da p*ta, o tipo perfeito para passar por seu treinamento infernal, necessário em um mundo capaz de agredir ao menor momento de calmaria. CM precisava do Kishibe.

O melhor de tudo é que esse tipo de abordagem casa perfeitamente com o que é a trama, nada ortodoxa. Se um pouco ortodoxa, apenas na maneira como aproveita a Power e o Denji, com ela sendo menos “imortal” que ele, mas com o Aki mesmo a coisa já inverte.

A ideia dele firmar contrato com outro demônio, dar ainda mais da pouca vida que o restou e seguir sendo uma ferramenta do governo (da Makima, para ser mais exato) é o tipo de sacrifício em prol de vingança que a gente vê em protagonistas, mas CM não faz isso.

Jogar esse peso nas costas do Denji tiraria bastante do que é o personagem por essência, um garoto que ainda está conhecendo o mundo, tateando novas experiências, relações e objetivos. Quão mais uma página em branco o Denji for, melhor ele poderá ser “preenchido.”

Ao longo da trama camadas estão sendo adicionadas ao personagem, se não estivessem ele sequer notaria ou refletiria sobre seus sentimentos ou a ausência deles. Contudo, ainda não o suficiente para que ele siga o caminho suicida do Aki. Suicida para dizer o mínimo.

Aki não bate bem da cabeça, mas quem bate na Divisão Especial? Se voltarmos a duplinha dinâmica, a cena da conversa deles pensando em como poderiam derrotar o Kishibe é de uma vergonha alheia tão divertida que só me faz gostar ainda mais dos personagens.

E não é nem como se tivessem sido só papo, o plano que bolaram foi objetivamente melhor e passou mais perto de derrotar o Kishibe, o que chama atenção é a idiotice deles, que não ficariam mais inteligentes com óculos na cara, e muito menos acreditando num sensei sacana.

Com a saída de alguns personagens, era normal que outros fossem anexados a trama, e mais serão nos próximos episódios. Eu só queria saber como vai ser o clímax dessa temporada, que deixou a desejar em ação, mas não exatamente em história.

Outro detalhe que me chamou atenção nesse episódio, não achei que a animação como um todo decaiu, mas o trecho no subsolo foi muito robótico, deixando muito na cara o uso da estrutura base em CG. Em questão de estilo não destoou, mas faltou fluidez.

Por fim, Aki firmará contrato com o Demônio do Futuro, mas qual futuro? Ele o jogou fora ao recusar o convite da Himeno para ir para o setor privado e esquecer sua vingança. Uma escolha que só adiciona mais culpa em seus ombros e afunila ainda mais seu caminho.

É um pouco como o anseio do fandom por uma frase polêmica muito querida (e questionada também) que pode (e eu diria que deve) aparecer no próximo episódio. Sabe o que o fandom de CM tá querendo e tá sabendo pedir? Sabe o que é o futuro?

O futuro é pika!

Até a próxima!

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