Fiona Frost (Codinome: Nightfall) quer virar a nova madrasta da Anya, mas não por causa da garota e sim por sua paixão pelo famoso Twilight, mais famoso do que um espião deveria ser, mas anônimo o suficiente para assumir a identidade de Loid Forger de uma vez por todas.

A visita para espionagem da nova personagem não me agradou muito pelo aproveitamento da Yor e nem mesmo pelas características da “antagonista,” mas é inegável como esse climinha de ciúmes, de competição, pode, a longo prazo, realçar a relação do espião e da assassina.

Yor, em sua inocência bizarra, chegou ao cerne do problema rapidamente. Fiona quer roubar seu posto e, diferente dela, a espião realmente ama o “Loid.” Contudo, quem ela gosta realmente existe? Ou melhor, ela conhece o “Twilight” em todas as suas inúmeras camadas?

Por um lado Fiona trouxe consigo uma interação cômica bacana, principalmente quando a observamos pelos olhos da Anya. Por outro, ela trouxe um senso de urgência a Yor que pode até ter chafurdado na mesmice, mas ao menos foram introduzidos novos questionamentos a trama.

A Fiona, como uma figura fria e pragmática, pode se apaixonar por outro espião? É claro que pode, mas no coloquemos em seu lugar, não é mais difícil para ela desse jeito? Se achei a personagem antipática por antagonizar a Yor, acabou que no fim entendi um pouco o seu lado.

E o pior é que ela está apenas seguindo o que seu amado Twilight a ensinou, coisa que ele mesmo não parece mais estar seguindo a risca visto o quanto está se deixando envolver pelos Forger e tudo que foge ao escopo teórico da missão, mas é pungente ao prático.

A cena da Fiona se virando para encarar o Loid na chuva, como se a esconder suas lágrimas, foi uma das mais belas e intensas dessa temporada, trazendo uma maturidade (ainda que mais simbólica que prática) incomum a trama, mas maravilhosa, pelo menos se for melhor aproveitada.

Minha única grande crítica a Spy x Family talvez seja essa, o desenvolvimento pedante do relacionamento da Yor com o Loid. A gente sabe que eles vão se apaixonar no final, então por que não evoluir mais nisso? Indícios foram dados, mas pouco se evoluiu até esse episódio.

A introdução da Fiona e desse aspecto romântico da relação humana talvez chacoalhe a trama e finalmente dê ao casal um desenvolvimento digno, explorando o contentamento de ambos com a família que constroem ao lado da pequena Anya, cujos plots nunca, nunca falham.

Inclusive, me surpreendi (positivamente) quando vi que a esquete de ciúmes se referia a Anya, o Bond e o Sr. Pinguim e não ao novo (melhor, primeiro e único) triângulo amoroso do anime. Por quê? Porque na simplicidade o acerto foi estrondoso (mais uma vez).

A Anya é fofa até chorando, mas é claro, eu não quero que ela chore, nem tema por uma mãe linha dura. Aliás, a atuação dela é de centavos, mas quando a Anya é sincera com seus sentimentos, em se tratando de chorar ou mesmo pedir desculpas, é de encher o coração.

E se a Yor só sabe matar (sério, chafurdam demais na piada dela), o Loid já sabe amansar (ele é um bom pai, isso é inegável) e a Anya acerta tratados de paz com a doçura e a leveza de quem não está na vida para guardar mágoas ou cultivar ciúmes, só ser feliz e nos fazer felizes no processo.

Até a próxima!

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