Ayakashi Triangle é um anime de ação, ecchi, comédia e romance do estúdio Connect que adapta o mangá de Kentarou Yabuki (ilustrador dos mangás de To LOVE-Ru e Darling in the Franxx). Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Kazamaki Matsuri é um ninja exorcista, que espanta espíritos malignos conhecidos como ayakashi. Sua amiga de infância, Suzu Kanade, tende a atrair ayakashi, e ele a protege em segredo desde pequeno. Mas agora Suzu tornou-se alvo de Shirogane, que apesar de ter a aparência de um gato, é tido como o rei dos ayakashi!

 

Ayakashi Triangle não é To Love-Ru (obra mais famosa na qual o autor trabalhou), mas bebe nas mesmas fontes ao apostar no ecchi, no romance e até na troca de sexo (apesar disso ser menos relevante na outra obra). Pelo menos aqui não parece que teremos um harém.”

Por quê? Porque a trama fez questão de deixar claro qual é o casal e que a comédia e romance devem orbitar o recurso narrativo da troca de sexo, que soa um tanto cafona e preconceituoso por parte do youkai que o traz a trama, mas, convenhamos, deve atingir seu propósito.

Que é? Atrasar o máximo possível um romance para lá de óbvio, trazer cenas cômicas, ecchi e “peculiares” as nossas telas e, com sorte, explorar melhor o papel feminino em uma trama de ação, afinal, o protagonista deve lutar com corpo de mulher na maior parte do tempo.

Isso, claro, se a obra explorar bem um elemento bem-sucedido em sua estreia animada, que foram as cenas de ação. Aliás, a animação em si entregou, a única ressalva que faço é a ridícula da censura. Acho que raios de luz ou nuvens teriam sido menos bruscas aos olhos.

Contudo, naquilo que mais importa, que eram os protagonistas e a relação deles, acho que essa estreia acertou, pois a apresentação atendeu bem ao propósito de comunicar ao público como um personagem se importa e quer bem ao outro, cada um a sua maneira.

A garota cai no clichê de se apaixonar primeiro, mas não inocentemente, dando vazão ao potencial ecchi que o pós-clímax traz com tudo a trama. Já o garoto faz mais o perfil tapado, mas que se preocupa e protege, mostrando uma figura cool pela qual faz sentido se apaixonar.

Se não houve inovação nos tropos, descarados clichês contemporâneos, pelo menos as estruturas sobre as quais a trama se sustentará soram suficientemente bem apresentadas para que entendêssemos o que esses personagens têm e como a mudança de sexo se meterá entre eles.

Em um mundo mais “mente aberta” a garota se assumiria bissexual e se relacionaria com seu amado no corpo de uma donzela normalmente, mas a gente sabe que isso não vai acontecer e que, inclusive, seria um contrassenso que trabalharia contra a comicidade pretendida.

E não, não estou defendendo a troca de sexo estapafúrdia e muito menos o gato empata-f*da, é só que, para usufruir da história minimamente, sei que a pessoa terá que aceitar isso ou de outra forma o anime será apenas combustível para thread de cancelamento no twitter.

Convenhamos, animes ecchi (mangás e light novels também) costumam ser tudo, menos inquestionáveis, todos têm escolhas narrativas polêmicas intimamente ligadas a putaria que se quer explorar. Sendo assim, ou você aceita isso ou não indico que consuma esse tipo de obra.

Por fim, indico Ayakashi Triangle? Sim se você gosta de ecchi e/ou gostou da relação dos protagonistas explanada nessa estreia. Além disso, também é importante falar da censura, pois se não tiver saco para ela, sugiro que espero pelo BD e torça para ela não estar lá.

Só não espere que seja um super anime de ação, um super romance e, com essa censura ridícula, muito menos um super ecchi. Ainda assim, pode ser divertido de assistir. Não é todo dia que vemos o clichê de cair em cima de seios sendo protagonizado por duas moças…

Até a próxima!

  1. Sabe o que seria muito doido, mas impossível de acontecer? Lá pro final da trama, tendo passado lutas, perrengues, enganos, tudo, o protagonista decide que quer ser mulher mesmo e fica com a menina, que concorda porquê né? xD
    Mas dai estou esperando demais do autor, acho eu. ç_ç

    • A troca de sexo é só fetiche, nenhum autor (mesmo grandão) teria coragem de fazer isso (até por recepção do público), talvez só de comédia, infelizmente…

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