Rokudou no Onna-tachi (Rokudo’s Bad Girls) é um anime de harém e comédia do estúdio Satelight que adapta o mangá de Yuuji Nakamura. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Um estudante ganha um poder inesperado: tornar-se muito popular entre as “meninas más”.”

 

O design e a abordagem “antiquada” do animê (sim, essa foi proposital haha) me agradou genuinamente por me remeter a animes de uma outra época, uma época em que certos elementos e abordagens faziam mais sentido do que fazem hoje. Funcionou, vendeu o peixe? Sim, eu sai da estreia me divertindo.

Me conte como não gostar da Ranna porque eu não sei. Ela é uma loira bonitona que usa uma roupa muito da antiquada e mete a porrada em pilantra, além de demonstrar uma faceta fofa e graciosa após ser “enfeitiçada” pelo Rokudou, um pivete comum, mas que “pelo menos” tem alguns princípios.

Inclusive, gostei disso, como mesmo abraçando a comédia do absurdo a trama se preocupou em dar o mínimo de dignidade a seu personagem principal, que demonstra, ao menos nesse início, potencial de evolução como indivíduo ao se preocupar com garotas, mais especificamente sua bem feitora.

Sua inexperiência com pessoas, mulheres principalmente, atenua o descaramento que é depender de uma para se proteger, até porque, convenhamos, a história não funcionaria sem esse elemento, o qual rendeu algumas cenas para lá de inusitadas envolvendo as garotas já nessa estreia.

A única ressalva negativa que faço é ao preconceito embutido na definição de “garota má,” o que pode partir do inconsciente do garoto, mas a gente sabe que é como os japoneses enxergam qualquer mulher que não seja bela, recatada e do lar. Nós não podemos comprar o livro pela capa, você sabe, né?

Digo, ter um visual arrojado ou ser uma gyaru não deveria ser associado prontamente ao “mal” sem se conhecer o caráter e as atitudes da pessoa. Em todo caso, isso se dilui um pouco porque a proposta da trama é justamente contrastar essa preconcepção através do “carinho” que as garotas demonstrarão.

Voltando a Ranna, o primeiro contato dela com o prota não poderia ter sido melhor pelo simbolismo empregado, quase que entregando que ela será mesmo a principal das heroínas, afinal, o “akai ito” (fio vermelho do destino) não foi parido com sangue por acaso, né? Já temos quem shippar nesse anime.

Por fim, se a delinquência juvenil é um tanto quanto exagerada e soa banal em alguns momentos, trazer mulheres para esse “ecossistema” me parece uma forma interessante não só de elevar a comédia, mas também dar protagonismo real a elas. Não tão cedo que o Rokudo vai aprender a se defender sozinho.

E é melhor assim, né? Rokudou no Onna-tachi é um anime simpático, que parece atrás do seu tempo, mas no ponto certo para te divertir, apesar de suas imperfeições. Sim, sei que é zoado amor por magia, mas a gente sabe que uma garota “má” vai amar de verdade. A melhor delas (pra mim) provavelmente…

Até a próxima!

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