Chainsaw Man – ep 5 – A apalpada inesperada, o beijo prometido e o loop infinito
“O golpe tá aí, cai quem quer.” Aposto que você já ouvi esse sábio dizer popular, mas o refuto veementemente, afinal, não teria como o Denji (um virjão de carteirinha) imaginar a trollagem da Power, que começou com o pé direito um episódio bem legal como foi esse quinto.
A reflexão profunda, filosófica, existencial do Denji sobre o que vale mais, a perseguição de um objetivo ou sua realização, nos demonstra que, ainda que sem perceber, nosso pequeno gafanhoto está amadurecendo, mas claro, perto de uma mulher ele é só um garoto…
Mas um garoto ainda esvaziado em conexões reais, combustível mais que suficiente para um desejo latente. A Makima seduzente desse episódio, sensual não só visualmente, mas também em atitudes, veio para corroborar com o que venho dela heroína faz tempo.
“O golpe tá aí, cai quem quer” e me parece que o Deni vai cair em um golpe de novo… E nem escrevo isso pelos pequenos “spoilers” que a nova ED deu, até porque eles no máximo levam a especulações e não especulo quando cravo sobre a Makima: “É uma cilada, Bino!”
Se não fosse, ela não ofereceria “algo” tão irresistível ao Denji, nem o teria dado um gostinho “disso” com a apalpada que o permitiu desfrutar. Makima quer a cabeça do Demônio Pistola (Demônio das Armas é o meu ov*) e está usando o protagonista para consegui-la.
Em meio a isso temos o Aki, outro cachorrinho sendo usado por seu desejo de vingança. Nesse episódio vimos a situação de m*rda em que ele perdeu sua família para esse demônio, o que não surpreende, afinal, fosse como fosse, seria uma situação de m*rda.
Pelo menos uma coisa me pareceu sutil, mas perceptível, em suas ações, que o Aki é naturalmente bom, como sua senpai, a Himeno, também é. Sim, ela o pede para não morrer para que ele se prove útil, coisa que só pode fazer vivo, mas será que é só isso mesmo?
Como ele, ela também perdeu pessoas para as quais dedicou seu tempo (seus ex-subordinados) e com as quais construiu laços. Himeno me parece não querer reviver essa dor novamente, motivo mais que suficiente para que o Aki a imite ao evitar se apegar aos outros?
Percebe como Chainsaw Man não precisa deixar na cara construções que poderiam mesmo ser bem mais sutis? E sim, eu sei que o Denji em sua perversão adolescente não é lá muito sutil, mas, repito, se coloque no lugar dele. Como um ex-adolescente tarado consigo fazer isso.
Entendo o jeito de ser atual do Denji, mas mesmo assim reclamaria se o enredo chafurdasse só nisso, o que claramente não faz ao incitar em seu protagonista um pensamento reflexivo que pode não não ser aproveitado nesse momento, mas o deve no futuro.
E claro, pelo lado da comédia algumas zoeiras são inevitáveis, tem que acontecer mesmo, tanto que achei uma maldade deixar em “off” a pequena trollagem da dupla dinâmica com seu senpai. Por outro lado, o tradutor meteu um “pistola” bem sugestivo na legenda…
O anime tem me agradado muito com esse “tira casaco, bota casaco” entre seriedade e zoeira, mas claro, eu me deixo sorrir mais pela segunda, não à toa me diverti com o pequeno aprofundamento que os outros três integrantes da unidade especial tiveram na segunda parte.
A ousada e misteriosa Himeno prometeu aquele que talvez se configure como o terceiro “golpe” no virjão do Denji, o Arai demonstrou o quão virjão, mas certinho, é e a Kobeni apavorada é muito fofa. Podem esperar que teremos mais desses personagens no decorrer da história.
Apesar da morte estar sempre a espreita… Mas como não estar quando o primeiro grande obstáculo apresentado é a p*rra do demônio das armas de fogo, não é mesmo? Pareceu bem audacioso, senão insano, por parte da Makima contar com o Denji para derrotar esse genocida.
Isso retoma ao que comentava antes, que ela quer arrancar o couro do seu cachorrinho, pois se um demônio que apenas engoliu uma das partes do corpo do Pistola é capaz de provocar um loop infinito em um hotel, imagina o que o próprio Pistola não é capaz de fazer?
E foi com esse cliffhanger instigante que o episódio foi de comes e bebes, após mais sangue roxo (reclamo ou passo pano?), a Power sendo c*zona (a primeira natureza dela), um demônio só cabeça e mão bizonho e a certeza de uma coisa: nem tudo é o que parece (nem f*dendo).
O futuro é pika!
Até a próxima!