Após descobertas, mortes (muitas delas) e desespero, a guerra parece ter finalmente começado de verdade. A cautela será necessária, por outro lado, como ser cauteloso num conflito em que a sua vida e a de outros está em jogo? E enquanto tudo se desenrola, aquele que pode ser a esperança parece ter seus próprios problemas para resolver.

Um detalhe que tem me agradado bastante nesse início é a mistura de perspectivas. Isso é algo dentro do esperado, claro, mas quando vemos que até mesmo figurantes ganham destaque, sinto que a intenção é trazer uma sensação mais “realista” do conflito.

Vendo apenas a situação dos capitães, é legal e tal, mas o desespero que os mais fracos e sem nome possuem ao ver tamanho poder é definitivamente algo bem interessante e necessário. É aquela coisa, você perde a bankai mas continua lutando, porém, quando a única alternativa é correr por sua vida…

E isso tudo não nos mostra o quão forte os quincys são, ainda mais que a luta do Ichigo já fez esse trabalho. Agora, a ideia é mostrar que eles são um perigo real que precisa ser enfrentado com urgência e se possível, cautela, afinal, eles podem roubar as bankais.

Infelizmente a informação correta e completa veio tarde demais para alguns capitães, o que traz uma sensação de urgência e perigo ainda maior. Diante deles há inimigos que não podem ser derrotados sem o uso da bankai, porém, usá-la significa correr o risco de perder seu grande e talvez único trunfo.

Esse pequeno detalhe nos traz novas dúvidas sobre a possibilidade de retorno das bankais e claro, como os capitães vão se ajustar numa situação tão atípica. Se pensarmos bem, de certa forma há uma dependência das bankais dentro da Soul Society.

As shikais não são tão úteis contra inimigos desse nível e aqueles “feitiços” nunca são usados (mesmo tendo uma centena deles). Além disso, não dá para arriscar perder as poucas bankais de tenentes, afinal, numa guerra é necessário evitar perdas.

Com tudo isso em mente, podemos ver que a guerra realmente começou e cada capitão parece estar numa situação complicada, mesmo tendo sua bankai segura. Kyouraku, por exemplo, parece que vai enfrentar um adversário com alta velocidade e agilidade, algo que talvez não seja o melhor dos cenários para ele, visto que logo de cara um de seus olhos foi atingido.

Resta saber como será administrada essas lutas entre capitães e quincys. Quem leu o mangá sabe que dessas lutas iniciais, tem uma que particularmente é péssima, enquanto que as outras tem um desenrolar bem interessante do começo ao fim.

E claro, temos o fator Ichigo. Desde antes da invasão ele é visto como um fator chave nessa guerra, independente do lado. Ele é a esperança, ao mesmo tempo que também é um poder a ser temido e que precisa ser parado.

Inclusive essa questão dele ser o símbolo da esperança tem sido feita de uma maneira realmente bacana. Seja nos pedidos de ajuda da Soul Society e da Nel, como principalmente nesse episódio, onde um personagem claramente depositava suas esperanças nele. Tudo gira em torno dessa esperança.

Nada vai mudar a importância do Ichigo nessa guerra. Um conflito onde capitães podem ser derrotados, onde centenas estão mortos e muitos outros ainda estão morrendo ou sofrendo, ele surge como uma alternativa, ainda mais pela possibilidade de não ter sua bankai roubada.

Enquanto isso, o velho comandante olha de seu escritório o caos sendo instalado. Está bem claro que ele deseja vingança, mas confesso que como sempre ele decepciona. Mesmo num momento tão crucial ele só consegue pensar em vingar seu tão fiel companheiro, algo que acaba sendo patético para alguém tão experiente.

Mas no final do dia essa guerra é sobre vingança, né? O ciclo de vingança não vai acabar enquanto algum inimigo estiver de pé e se possível, é sempre bom enfrentar aqueles que lhe tiraram algo. Se isso vai dar certo eu não sei, mas fato é que tudo se resume a lutar por sua sobrevivência, mesmo que a esperança não esteja presente.

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