Rolling☆Girls – ep 1 – Bastante colorido
[sc:review nota=3]
Outro anime que eu não tenho a menor ideia do que esperar. Vai ser comédia? Ação? Slice-of-life? Confuso com essas coisas, e para me lembrar dos nomes das personagens, fui ao MyAnimeList e me surpreendi em descobrir que quem eu achava que era protagonista não vai protagonizar nada. Quero dizer, ou isso ou o MAL está errado, o que não é impossível, mas aí eu fui olhar no AnimeNewsNetwork e ele também não lista a Macha Green como protagonista. Eu não sou tão idiota assim, eu entendi a intenção de Rolling Girls em transformar a Nozomi na protagonista, ainda que nesse episódio ela não tenha feito quase nada digno de protagonismo a não ser narrar parte da história. Mas a participação da Masami (Macha Green) é tão grande e, para um episódio, ela parece ter demonstrado tanto potencial, que eu pensei que pelo menos ela seria uma das protagonistas. Parece que me enganei. Ou não, vai saber. MAL e ANN são plataformas colaborativas online, e não a voz do criador do anime. Ainda assim, consigo imaginar como Macha Green poderia não ser uma protagonista. É só que isso faz o primeiro episódio parecer tão vazio. Bom, chega de especulação sobre o papel futuro dos personagens, vou começar a falar agora sobre esse episódio.
Se você já leu a sinopse, sabe que em Rolling Girls o Japão teve uma batalha por algum motivo estranho e por outro motivo ainda mais estranho se separou em vários países independentes. Se eu entendi o episódio, eles são dez. Se estivéssemos falando de política de verdade, isso teria grandes consequências e poderia render muitas histórias, mas em momento nenhum pareceu que Rolling Girls tenha qualquer coisa semelhante à política que temos no mundo real. O mundo em si não foi muito detalhado, mas parece o Japão do seu anime médio, só um pouco mais colorido. Há disputas entre os países, nesse episódio vemos uma disputa por território, mas a motivação dela é simplesmente idiota: o conquistador quer poder se chamar de toquiota, e por alguma razão precisa dominar o território em litígio para poder fazê-lo. Nota: nenhum dos países nessa disputa é ou inclui Tóquio. Eu realmente não entendo. Provavelmente a motivação não importa e se trate apenas de um anime com pretextos para garotas vestindo fantasias malucas lutarem com poderes que parecem vir de um pingente em forma de coração. Bem, esse último detalhe é apenas chute meu, em momento nenhum eles dizem isso mas as duas garotas com poderes especiais (e pessoas assim são chamadas de “Melhores” nesse mundo) tinham um pingente desses e mais ninguém tinha.
O combate é bem legal. Gostei da movimentação, das expressões e reações, até dos poderes. Ficou tudo bem animado e dá para acreditar que Macha Green e Shigyou estavam mesmo lutando uma contra a outra, e melhor ainda, em momento nenhum da luta ela foi previsível. Mas é tudo colorido e brilhante, então ninguém se machuca, ninguém se corta, ninguém sequer sua. Tem muita gente dizendo que parece Kill la Kill, mas eu discordo. Em Kill la Kill as pessoas se machucavam e o cenário era destruído. Em Rolling Girls tudo parece muito mais fantasioso, quase como um mundo feito de algodão doce.
Macha Green defendia o território atacado (não me recordo o nome, mas não é importante) contra uma força invasora comandada por Shigyou. Macha Green é Utoku Masami secretamente vestida com uma roupa verde que parece saída de um tokusatsu, enquanto Shigyou Kuniko é uma executora (o que quer que isso signifique) que luta com um alfinete gigante e veste uma roupa que mostra quase toda a sua pele e parece ter o hábito de colecionar fantasias e armas de “melhores” que ela derrota Japão fragmentado afora. Ela é a vilã do episódio, em resumo, e no final dele até descobre que Masami é Macha Green. Não que ela esconda isso muito bem, pois anda com a fantasia no sidecar de sua moto dentro de uma sacola para quem quiser ver. É Masami quem vai conversar com quem parece ser a autoridade máxima desse país acerca de missões futuras para Macha Green, é ela quem mostra preocupação com seu país, é ela quem o salva no começo do episódio e é ela quem é chamada a salvar o dia mais uma vez no final do episódio, quando todo o resto de seus companheiros se deixa estupidamente cair em uma armadilha em um parque de diversões e agora estão em uma montanha russa a caminho da morte. Bom, da morte eu duvido, acho que vão só quicar no chão com luzes e efeitos especiais, pelo padrão do anime. Em resumo, embora Nozomi seja apresentada como protagonista, é Masami quem de fato protagonizou o episódio inteiro e se eu já não sabia o que pensar dele mesmo acreditando que Masami seria uma das protagonistas então eu sei menos ainda se nem isso ela for. O episódio é simplesmente vazio. Acho que é uma espécie de Ikkitousen na Ilha dos Yoshis.