Olá pessoal, aqui é o Iwan no Anime21, animado em fazer mais um artigo falando sobre Orange, começo o artigo fazendo um agradecimento especial a equipe do Kyoudai Podcast que me permitiu fazer parte do último podcast deles (o número 33), porei o link no fim do artigo e se vocês são do tipo que conseguem ouvir rádio enquanto fazem suas atividades diárias não se acanhem e ouçam como a gente fala besteira (mentira tá gente, o podcast tá legal e vale a pena, só eu que só falo merda mesmo).

Bom nos atendo ao tópico, achei esse episódio decente, num ritmo bom para um slice of life dramático, mas confesso que senti que faltou algo nele, achei um tanto parado demais, o que pode muito bem ser porque eu basicamente já sei toda a trama então as cenas dramáticas que ainda são trabalhadas de forma um tanto amadora na maioria dos casos (mesmo que talvez de propósito para passar uma ideia de colegiais sem experiência) simplesmente não me impactam tanto. Apesar de me sentir um tanto sujo ao dar a um episódio de Berserk que não gostei uma nota maior do que um de Orange que não me destratou, simplesmente não posso fazer nada se em Berserk eu fui presenteado com um orgasmo filosófico no final, enquanto em Orange… isso meio que ficou na expectativa.

Já começamos o episódio com uma forma bem clara de demostrar que as cartas não são infalíveis. O Kakeru do futuro não entra para o time de futebol (definitivamente porque não desabafou sobre a morte da mãe para a Naho), porém ao abrir a oportunidade para o Kakeru do presente fazê-lo as barreiras quanto ao futebol que Kakeru possuía (pois um dos últimos desejos de sua mãe foi que ele não jogasse por algum motivo ainda obscuro) ele aceita os pedidos insistentes de Suwa e se torna um membro integrante do time, o futuro já começa a se endireitar mesmo sem Naho ter que mexer muito mais nele, ou é isso que nossa protagonista otimista pensa…

Seguimos com slice of life e finalmente somos apresentados a Ueda-senpai (aquela que apareceu do nada no episodio 2 e ficou encarando o Kakeru jogando bola), fica bem claro que ela têm um certo interesse no Kakeru, apesar de nenhum dos amigos fazer alarde sobre o assunto, alguns por não entenderem, outros por não perceberem sentido em mencionar aquilo no momento, não leva muito tempo porém para até que a Naho comece a juntar as peças do óbvio quebra-cabeça na frente dela quando a senpai não só chama Kakeru pelo primeiro nome, como também lhe dá um caloroso sorriso apaixonado. Acho interesse reparar o quanto a Naho é desligada com relação a relacionamentos já nessa cena mesmo, já que, enquanto Anzu percebe de cara o que está acontecendo na primeira cena, Naho só começa a entender agora.

A partir daí vou deixar uma opinião minha clara, não têm a menor chance que, se a Naho só percebeu isso agora, o Kakeru, a mesma pessoa que desmascarou o Suwa quase instantaneamente no momento que o crush dele pela Naho tornou-se minimamente aparente não tenha percebido há séculos a senpai flertando com ele, prova disso é que o Kakeru, já prevendo uma eventual confissão de uma das garotas mais populares da escola, começa loucamente a tentar mandar indiretas para a Naho com relação aos sentimentos dele e também ao que ele faria se a senpai se confessasse a ele. Primeiro, Kakeru para bruscamente na escada, porém suas palavras escapam já que ele provavelmente ainda não havia amadurecido suas ideias o suficiente, o que o faz desconversar pedindo que Naho o acorde cedo todas as manhãs.

No fatídico dia que as cartas previam a declaração de amor da senpai Kakeru decide finalmente fazer sua abordagem direta, ele pergunta a Naho se ela gostava de alguém, logicamente envergonhada e incapaz de perceber o que estava acontecendo a sua volta, Naho simplesmente mente e diz que não, porém se infla de coragem e pergunta se Kakeru gosta de Ueda, ao que ele responde com um simples “a cara dela me agrada”, deixando claro que não estava apaixonado por ela e muito provavelmente já prevendo uma situação em que ele daria a Naho o ultimato que deu no fim do episódio e se sentindo extremamente satisfeito por confirmar que Naho estava com ciúmes dele. Porém é lógico que Naho não entendeu nada e passou o intervalo pensando em como queria fazer cirurgia plástica…

No intervalo Kakeru perde no jankenpô e termina por se encontrar com Ueda que finalmente confessa seus sentimentos a ele. É nesse momento que Kakeru decide depositar suas últimas cartas em Naho, ele lhe deixa um bilhete perguntando se ela gostaria que ele namorasse Ueda (para poder garantir que ele não estaria perdendo uma chance com a garota que ele está realmente apaixonado por conta de um romance fútil com uma veterana bonita), e estipula um horário especifico para responder a Ueda (para garantir que ele não perderia a chance de experimentar um romance com uma veterana bonita só pra tomar uma rejeição por parte da garota que ele ama). Kakeru tenta garantir suas chances e cobre suas bases o melhor que pode… mas não rola, porque infelizmente a vida não é tão fácil assim, Naho se descuida e deixa pra abrir a borracha na hora da saída deixando o bilhete para que Kakeru pegasse quando voltasse para casa, logo antes da suposta resposta a senpai. Ueda porém apressa a decisão e o impede de ver a resposta de Naho a tempo. Kakeru ganhou uma namorada bonita mas perdeu uma chance garantida ao lado de Naho até que ele resolva o que quer fazer da vida.

Naho desesperada corre e rapidamente é detida por Suwa, que mostrando seus sentimentos facilmente percebe que ela amava o Kakeru. Ao ver o desespero nos olhos de Naho, Suwa não pode fazer nada além de deixá-la ir enquanto se culpa por ter permitido que Kakeru saísse com Ueda ao invés de apoiar seus dois amigos por mero interesse próprio (tudo bem Suwa, não é qualquer que sacrifica o seu amor pelo de um companheiro), ela chega em sua casa deprimida e vai descansar após refletir sobre como o suco de laranja representava tão bem a situação deles (Não foi isso? Não se preocupe foi sim, vamos falar disso mais tarde).

De volta para o futuro temos uma notícia chocante, a carta de Kakeru que os amigos puseram em uma cápsula do tempo era meramente um testamento endereçado aos quatro, não havia qualquer coisa para o Kakeru nem pretensão de que ele a leria. O Kakeru, se não se suicidou em seu “acidente”, certamente sabia que ele iria morrer bem antes de abrir aquela cápsula em 10 anos…

Obrigado pela leitura, esse episódio na verdade me deu algumas ideias paralelas, então se preparem para um ou outro “uma cena”. E clique aqui para acessar o podcast.

 

  1. Este episódio foi o melhor até agora, reparei que trocaram a ordem cronológica de algumas cenas, como por exemplo a da abertura da cápsula do tempo, que no mangá era aberta no inicio e neste episódio foi aberta no final, mas acho que ficou melhor assim. Este episódio foi apenas o inicio do prólogo de feels que este anime vai ser (tu deves saber tão bem como eu como este anime vai acabar em um mar de feels), este episódio introduziu a personagem mais odiável do mangá, não gostei no mangá da Ueda senpai, com a sua personalidade prepotente e arrogante, não vou dizer mais nada por causa dos spoilers. A Naho quando se trata de romance é meio tapada (se bem que ela sabe que gosta do Kakeru),não foi capaz de perceber dos apelos do Kakeru para ela nem os olhares apaixonados da Ueda para o Kakeru. O Suwa na minha opinião é o personagem mais humano tanto no mangá como no anime, ele tenta proteger os seus amigos, tenta confortá-los em momentos de sofrimento, mas ele é humano, gosta da Naho, mas sabe que ela não gosta dela, mas sofre com isso, mesmo 10 anos após a morte do Kakeru a Naho ainda nutre sentimentos por ele, mesmo tendo um filho com o Suwa e ele sabe disso. Gostei da tua referência ao cameo de Haru-iro Astronaut o spin-off das gémeas, bem me parecia que conhecia esse personagem de algum lado. Agora vamos às partes negativas do episódio, a animação continua com defeitos em algumas partes (principalmente nos lábios das personagens femininas), a dublagem em algumas partes está boa em outras está horrível, o melhor exemplo disso foi no final do episódio durante a leitura das cartas do passado, houve falta de expressividade facial nos personagens, principalmente a Naho quase não teve expressão alguma, já no mangá ela ficou muito abalada e fartou-se de chorar, eles deram muito mais destaque à Anzu nessa parte do que no mangá, eles deviam ter-se focado mais na Naho ela é que gostava do Kakeru, já para não falar na falta de expressividade emocional nas falas.
    Vou tentar ouvir o podcast, espero que seja engraçado.
    Como sempre uma excelente matéria Iwan e as imagens estás de parabéns, principalmente da do cameo.

    • Sim, uma coisa boa na adaptação é exatamente poder aproveitar ao máximo a ordem de introduçao de cenas, no mínimo não lembro da mãe da Naho sendo relevanrelevante como ela foi no episódio 1 ou 2 para que se estabelecesse um paralelo da onde a Naho é tao desligada.
      A Ueda é detestavel mas é aquilo né, ela até têm suas razoes, não justificam nada do que ela faz mas justificam o ódio dela pela Naho, não quero dar spoilers então vou esperar pra falar delas quando acontecerem.
      Alias o mesmo personagem aparece no episódio 1 também,inclusive postei a foto dele no artigo, todo o episódio têm alguma espécie de Cameo até agora (já foram dois de haru-iro e um da Ueda), talvez os outros personagens também estejam lá em algum lugar mas não reparei ainda.

      • Os cameos estão em todo o lugar, em relação à Ueda eu já li o mangá e sei os motivos dela detesta a Naho, mas né não precisava ser tão irritante. A Naho realmente está muito desligada será no anime qual será o problema na adaptação.

Deixe uma resposta para Iwan Cancelar resposta