Bom, como tava escrevendo no artigo passado, eu meio que falei da parte do greed e a filosofia do Ed… e, adivinhem! Eu esqueci da Izumi, palmas pra mim. Agora to aqui, escrevendo sobre ela. Mas enfim, vamos falar da dona de casa s/2

Eu não acho que preciso falar dela pelo simples fato dela ter uma fama bem sólida. Eu não lembro se tem alguma mudança muito brusca nela entre as duas versões. Porém, creio eu que a fama dela é mais baseada no fato dela ser a professora/mestra dos irmãos Elric. Se você sabe disso, ótimo, metade desse post fica mais fácil. Bem, indo pra personalidade dela: auto-proclamada dona de casa, mas mora em um açougue (e eu acho que ela é açougueira também), agressiva nas horas vagas, e o mais importante, ela viaja pra caramba. A personalidade não é o foco desse post. Mas, pra outros, deve ser porque ela como um personagem é bem interessante, só pelo jeito de ser agressiva, mas frágil ao mesmo tempo, e como ela demonstra “coragem” sem perder a feminilidade. Creio eu que em termos de perfil ela é a única assim.

Mas falando do arquétipo, “The God teacher”, ela é um bom exemplo. Ed e Al só tiveram dois “professores”, entre aspas porque o Hohenheim é aqueles professores que passam a apostila e esperam que você aprenda sozinho (#BestTeacher). Tanto que os dois já se conhecem, isso cria semelhanças entre eles. Não na personalidade, a personalidade deles é bem diferente. A única semelhança é nos arquétipos mesmo, em personalidade eles são gato e rato. Mas no atual momento da história, eles são os grandes professores. Ed e Al foram introduzidos à alquimia pelo Hohenheim e aperfeiçoaram ela com a Izumi. Como professores, eles são ótimos alquimistas, porém, diferente dos que vimos até agora (Roy, Armstrong e os figurantes que a autora mostrou morrendo pelo Scar), é que eles não são alquimistas do estado. E a Izumi é um pouco mais rebelde, chegando ao ponto do governo não saber da existência dela. Como falei antes, o professor deus é uma ponte que conecta do inferno pro céu. Ela é uma das pontes que fizeram os irmãos encontrar o seu paraíso. Em outras palavras, ela aperfeiçoou a alquimia deles, ao ponto deles conseguirem transmutar a mãe deles. E isso era o paraíso, porque eles eram inocentes demais, ignoraram a possibilidade de falhar. É “engraçado” como os irmãos tiveram o mesmo destino que a professora deles. Buscando alguém que ensinasse soluções para os problemas deles, a salvadora deles, porém, eles encontraram o oposto. Pois é, os irmãos só tiveram professores estranhos. No geral, isso não é um problema, já que mesmo eles terem vacilado assim, ela não os largou. E fora que, aparentemente, os irmãos deixaram a ideia de transmutar a mãe deles em segredo, então né, não tem como prevenir algo que você não sabe.

Bem, pra terminar esse arquétipo, como falei antes, fma meio que tem duas histórias. E cada uma tem o seu professor. Eu gosto de separar o Hohenheim da Izumi. O Hohenheim atua mais como um professor pro sub-plot (O plano maligno dos homúnculos), enquanto a Izumi é a professora dos irmãos Elric. Bem, vai conter um pouco de spoiler essa parte, mas desde que a autora começou a focar no plano dos homúnculos, sempre que ela achava oportunidade de desenvolver a situação dos irmãos Elric, ela desenvolvia. Pra mim a parte que melhor demonstra isso, é quando Edward liga para a professora e pergunta se o que ela transmutou era realmente o filho dela. Eu acho essa parte genial, só pelo fato de ser onde os dois professores estão envolvidos. O professor, é aquele que cria uma ponte da era de ferro pra era de ouro. Então, eu acho que essa parte representa muito bem. Tudo bem que eu falei que a Izumi fazia o papel de professora deus também, porém, como ela “expulsou” os discípulos dela, ela deixou de ser uma. Fora que ambos, Ed e ela, compartilham semelhanças, como transmutarem entes queridos. Pensando em termos de arquétipos, seria mais impactante se a Izumi fosse quem tivesse a ideia de checar o corpo da transmutação e ver se era realmente quem eles pensaram que era. Mas, o Hohenheim é mais significativo pra história, por ser da família. Voltando ao arquétipo, geralmente, quando o professor deus “cria” essa ponte, é na maioria das vezes com um poder novo. Como uma bankai do Ichigo, ou o Gear Second do Luffy. Mas nesse caso é totalmente diferente, a força que o professor deu é mais emocional. E graças ao Hohenheim, ele meio que tira uma parte do peso na consciência do Ed, o que aumenta a determinação dele e o deixa mais decidido. Eu acho legal como FMA é diferente em evitar qualquer tipo de “power up”, dando super poderes pros personagens. Alguns personagens já são roubados, imagina dar poder extra para eles. Mas em troca, ela dá essa ajuda extra, usando a história, em outras palavras, criando mais suspense.

father-son

“Insira algo engraçado aqui”. Anyway, Foda mesmo é o Hohenheim que ensina sem ta presente.

Indo pra personalidade dela, a personagem é sem sentido, no bom sentido. Pensa em alguém que consegue mudar de calma pra agressiva em um segundo, ser forte e frágil ao mesmo tempo, e não perder a feminilidade. Ela só tem características que se contradizem. O que não é ruim, ela meio que quebra o dilema das personagens femininas serem frágeis e cuti cuti. E faz sentido, se considerar a posição dela. Ela é fiel ao marido, mas é agressiva com os pupilos se necessário, por ela ser a professora deles. Mesmo sendo forte, forte até demais, ela ainda é frágil por ter alguns órgãos retirados. Porém, a fragilidade dela não é algo ruim, isso meio que ajuda, já que essas “cicatrizes” são as marcas dela ser uma mãe. Fazer a transmutação humana para ressuscitar o filho dela, foi uma forma de demonstrar que não importa quantas características anti-femininas ela tenha, mãe continua sendo mãe, ela sempre vai fazer o que puder pelo filho. Anyway, só falei da personalidade dela, por dois motivos: um porque eu acho legal como ela não tem meio termo, no sentido de personalidade, ou ela tá de boa ou não tá, e geralmente é difícil criar personagens assim. O outro motivo é porque eu acredito que todo bom professor sofreu na vida. Esse segundo vai fazer mais sentido, quando mais “professores” aparecerem.   

Eu achei essa cena mais impactante no mangá. Desculpa.

Eu achei essa cena mais impactante no mangá. Desculpa.

Bem, o post deveria acabar aqui, mas, como eu fiquei sem postar uma semana por problemas, eu vou acrescentar algumas coisas do próximo post aqui.

O que eu ia cobrir depois dela, é a operação do Mustang, para descobrir o assassino do Hughes. Pra começar, eu não acho que tem um arquétipo em específico nessa cena. Nada contra, eu acho essa uma das partes mais legais da série toda. Mas falta informação. O que eu vejo que posso aplicar é Good vs Evil. Tirando isso, eu só acho que à Lust faltou um pouco de destaque. Deixar a luxúria um pouco mais evidente, ter um corpão e morrer com cara de safada não foi e nem é o suficiente s/2. Vamo concordar né, até o Sloth teve mais destaque que ela. Bem, eu até posso arranjar uma desculpa, como era o começo da série e talvez ela precisasse dar destaque para o Mustang ou adicionar mais tensão na série, fazendo com que ela sacrificasse a Lust.

Cara de quero mais. s/2

Cara de quero mais. s/2

Indo pro arquétipo, sabe aquele post que falei sobre o nível de malandragem/maldade nos vilões? Então, minha opinião é que o Mustang, nessa série, é o melhor personagem que faz isso. Ele, na série toda, tá entre uma linha que se ele der um passo errado, ele se corrompe. Mas, ao mesmo tempo, não importa quantos passos ele tente dar pra frente, ele não consegue aceitar a morte do amigo dele. Por esse e outros motivos (clarificados mais no futuro da série) que eu acho que é bom em medir a maldade das pessoas. Se você pensar que o Ed é muito do bem pra matar pessoas só por causa de vingança e o Scar é puto demais pra fazer isso. Fica difícil dar mais significado pros homúnculos. Se o Ed e o Scar fossem por aí matando os homunculus, seria difícil demais deixar eles mais únicos. Simplesmente pelo fato deles irem muito pro lado emocional. Já o Mustang tentar evitar ao máximo possível suas emoções, fazendo com que os vilões tenham mais chance de se expressarem. Bom, vocês sabem o que acontece quando alguém é movido a emoções em uma luta. Nesse caso, temos a Lust, que foi aniquilada só pelo fato do Roy decidir proteger a tenente Hawkeye (porque ninguém liga pro Alphonse). Ou em Bleach, na luta do Ichigo vs Ulquiorra. Se não fosse a Orihime, Ulquiorra não teria tanto amor assim. Graças a Orihime que o Ulquiorra teve a chance de dar os toques finais na personalidade dele. Ah é, o caso do Ling vs o Fuhrer entra aqui, sabe, usar de tudo pra salvar a Lan Fan. Tudo bem que isso é algo a ver com o arquétipo dele, se ele largasse ela lá, ele não teria mais o arquétipo do herói. Voltando pro Mustang, pessoalmente, na série toda, eu sinto ele tendo dificuldades em lidar com o que é certo e o que é errado. E essa operação é só um pedaço disso.

Olha o ship s/2

Bem, depois, eu não tenho a mínima ideia do que eu vou cobrir. Mentira, eu sei sim, é segredo.

Ah é, eu desisti do meu sonho de terminar FMA antes do Natal, mas algum dia eu termino isso. 

 

  1. Excelente artigo de FMAB Akune, neste artigo referiste um dos dois personagens que eu mais gostei no anime e no mangá, a alquimista e dona de casa Izumi Curtis. Eu cada vez que via o anime e lia o mangá, cada vez que esta personagem tão distinta aparecia os meus olhos brilhavam, de tão diferente que ela era, a personalidade dela mudava de um momento para o outro, muitas das vezes tinha um comportamento bruto, mas sempre se preocupou com os seus discípulos Ed e Alphonse, além de que era uma esposa extremamente fiel ao seu marido. Concordo contigo, quando escreveste, que a cena em que a Izumi sensei descobre que o Ed fez uma transmutação humana, foi muito melhor no mangá, mas a mesma cena do anime também não ficou má. Para mim a Izumi não foi apenas uma professora e mestre para os irmãos Elric, ela de certa forma foi como uma mãe para eles, sempre se preocupando com o bem estar deles. Para mim o melhor ensinamento que a Izumi sensei deu ao irmãos Elric, foi quando ela os mandou para uma ilha deserta durante um mês, para ver se eles tinham o necessário para ser discípulos dela.
    Quanto ao Hohenheim, é um caso diferente, desde já ele é o pai dos irmãos Elric, e no inicio do anime, este dava a intender que ele não era boa pessoa e um pai irresponsável. Mas isto não se provou ser a verdade, o Hohenheim foi um excelente pai e professor para o Ed, aquela última cena dele no túmulo da mãe dos seus filhos já no limite da sua existência, onde ele diz que queria viver mais um pouco e tal, foi muito tocante, principalmente num momento em que ele já estava a dar-se melhor com os filhos.
    O Mustang para mim, foi dos personagens mais completos tanto no anime e no mangá, a relação de amizade profunda com o Maes Hughes desde os tempos da guerra, era muito bonita. Só que com a morte do seu melhor amigo, Mustang começa a descarrilar nos seus objectivos e planos que ele tinha em mente para se tornar alguém poderoso o suficiente para mudar a realidade do seu país. Para mim um dos momentos mais marcantes no anime, é quando o Mustang confronta o assassino do seu amigo, Envy, neste momento o Mustang já tinha sido engolido pelo desejo de vingança (tal sentimento ficou pior quando viu a sua subordinada e possível caso amoroso ser atacada pelo Envy), aquela conversa entre o Mustang e o Envy, depois a chegada dos irmãos Elric e o dilema que o Mustang tinha que enfrentar para seguir o seu caminho, simplesmente o episódio 54 do anime foi dos melhores episódios em anime que eu já vi.
    Essa última imagem do artigo deu-me um feels, ainda me lembro da minha reacção quando vi o episódio em que o Maes Hughes é morto pelo Envy, para mim o momento mais triste do anime para mim. Para mim o Maes Hughes era o personagem que eu mais gostava no mangá e no anime, aquele personagem tinha de tudo o que uma pessoa que goste de anime poderia querer num mangá/anime, bom pai, excelente marido, amigo verdadeiro, personalidade afável, ciente da podridão que corria nas veias do seu país, super gente boa. Gostei da forma como adaptaram esta cena no FMAB, desde a excelente perfomance do seyuu, o cenário tudo nesta cena do anime foi perfeito, ainda me lembro, quando o Envy se transforma na mulher do Hughes e este não foi capaz de lhe dar um tiro, simplesmente porque ele estava transformado na mulher que ele amava. Já para não falar da cena do enterro do Hughes que cena mais triste, principalmente por causa da filha dele.

    • Concordo comtigo, eu só não falaria que o Hughes era o meu preferido. Mas sim que o foi o mais injustiçado na série toda. Mas no geral ele é um dos meus personagens favoritos. Na série toda Hughes só demonstrava amor aos outros. Acho que raraamente ele se orgulhava dele mesmo, e quando digo isso, digo conquistas dele. Excluindo coisas como tenho a filha mias fofinha do mundo, ou a melhor esposa,etc. Fora que ele recebeu muito pouco tempo, pra mostrar tudo o que ele poderia ter feito. Mas isso meio que ajudou o personagem, Perder pessoas que se importam com os outros sempre da uma dor no coração, ainda mais quando você pensa que você não poder mais ter a presença dela mais. E isso é muito bem mostrado depois quando, Ed e cia, descobrem da morte dele. Concluindo, infelizmente eu não diria que o Hughes tem motivos o suficiente pra chegar a ser o personagem favorito das pessoas. Mas, sim que a saudades que ele causou nos outros afetou a popularidade dele.

      • Eu só comecei a achar o Hughes o meu personagem preferido quando vi o 4 ova que fizeram do FMAB, onde explica de onde veio a amizade do Mustang e do Hughes. FMAB tem tantos personagens bons que é difícil escolhe o melhor. Para mim o Hughes e a Izumi foram os personagens que eu mais gostei, mas também gostei e respeito o Hohenheim, e não me esquecendo da general Armstrong que era dos personagens mais fortes, mesmo não usando alquimia.

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