Já é de nosso costume assistir “Kaguya-sama” esperando por diversão, batalhas psicológicas e até algumas cenas de romance. E esse episódio não decepcionou em trazer todas essas coisas, cada uma em seus próprios momentos.

Mas ele também trouxe algo novo, e esse “algo” foi um sentimento de despedida. Pois, tudo há de acabar algum dia, e “Love is War” não é exceção. Se de fato não foi um fim, ao menos pode muito bem ser um sinal de um fim que se inicia. Não digo o fim da obra, mas sempre há a possibilidade de se reinventar.

Como provado no artigo anterior, há alguns detalhes de “Kaguya-sama” que me fogem da memória. O mesmo aconteceu com a informação sobre o Shirogane sonhar em ser um astrônomo. Se já foi falado, eu não lembrava.

Ele que por sinal, e sem dúvidas, é o único capaz de encarar a Shinomiya de frente em uma disputa psicológica, porém quando se coloca estrelas e astronomia na equação a Kaguya não tem nem chance contra o presidente. Na verdade foi ele que perdeu por ter feito e falado coisas embaraçosas, mas ela é que foi “nocauteada”.

Depois disso o episódio passou para algo que foi muito inesperado para mim. Estranhei, e não entendi direito de onde saiu toda aquela coisa do conselho ser dissolvido. Quero dizer, a narrativa seguiu um rumo inesperado já que o anime não havia nem citado isso. Ou se citou eu é que não vi outra vez.

O decorrer desse episódio, em especial a sua conclusão, deixou muito claro o porquê disso não ter sido previamente trabalhado. Pois não iria mudar ou acabar nada do final das contas. Na verdade o simples fato desse ser ainda o terceiro episódio, de uma adaptação de um mangá que ainda está em andamento, já deixava tudo muito suspeito. Sim, muitas histórias tem grandes reviravoltas narrativas e mudam por completo, mas mesmo nos casos em que é mal feito sempre recebe um trabalhado prévio. Quase nunca uma mudança brusca, como a que aconteceria aqui.

Então esse episódio teve um inesperado clima de despedida, como se a obra fosse de fato acabar aqui, como se fosse um último episódio, e cada minuto que passava parecia um minuto a menos, cada vez mais se dirigindo a um fim inevitável. Não li o mangá, mas supondo que tenha sido adaptado com fidelidade, acho que para quem acompanhava à época essa impressão deveria ter sido muito mais forte. Mas aqui, em pleno episódio três do anime, não convenceu muito.

Deixando esse episódio um pouco de lado, essa ideia de que “Love is War” precisa daquela escola e daquele conselho estudantil para colocar em pratica sua história é ao meu ver verdadeira. Sim, o principal são os personagens, mas cada obra estabelece seus próprios limites, e tentar alterá-los ou ultrapassá-los é uma tarefa complicada, então de fato o melhor fim para “Kaguya-sama” seria um fim em circunstâncias próximas da que vimos nesse episódio. E voltemos a ele.

Uma das coisas que mais gostei do episódio foi o grande foco no Shirogane, que é por sinal o meu personagem favorito do quarteto. Aqui foi exposto o sonho dele, além de lembrar o quanto ele se dedica para manter a tão estressante posição como presidente do conselho estudantil.

Para fechar a conta, fica claro que ele não iria continuar como presidente, e a impressão de que ele só fazia aquele drama como estratégia contra a Kaguya ganha uma reinterpretação. Foi o pedido dela que fez que ele permanecesse, foi por ela que ele achou válido todo o estresse desse trabalho. Enfim, não sei como será essa eleição, então talvez o anime aborde esse ponto no próximo episódio, ou quem sabe pule.

Ademais, esse episódio está cheio de cenas onde a Kaguya tem problemas com sua relação com o presidente, mas ao mesmo tempo com uma sinceridade perceptível acerca desses seus não tão confusos sentimentos. Digo isso porque dá para perceber que o problema dela se trata não em aceitar, mas em expressa-los em ações. Coisa que ela faz com aquele pedido do final.

Também é interessante notar como ela se perde em devaneios, onde imagina como seria se as coisas permanecessem as mesmas, uma clara tentativa de fugir da realidade, uma forma de mentir para si mesma. E justo esses diálogos, e o clima criado por eles, são a parte mais elogiável desse episódio.

Enfim, acho que o principal foi comentado, então é só isso mesmo. Até mais.

Comentários