Nada como poder da amizade não sendo usado para justificar protagonismo. Vamos ao Deus do Colegial! 

A animação do episódio foi bem na primeira metade, mas arrasou mesmo foi na segunda com a melhor parte da luta entre o protagonista e seu amigo. Não vou mentiir que acho zoado lutar se divertindo após perder o melhor amigo, mas não sou eu lutando nem fui eu que me libertei de um dever indesejado. Parte do papel de quem critica também é tentar se colocar no lugar do personagem e dadas as circunstâncias vejo o clímax e o pós-luta com bons olhos, mas… 

A justificativa safada para as ações do Han não me agradou, nem me convenceu, pois apesar de não duvidar da canalhice do magnata (trocar a ajuda ao amigo do competidor pelo que ele fez foi bem isso), matar o amigo do Han só para fortalecer os laços entre o trio me pareceu pesado demais, além de ser uma saída clichê. Aliás, o episódio todo foi isso, menos mal que a segunda metade foi o “clichê bom”. 

O drama do Han com o amigo não foi dos mais criativos, mas a mensagem foi legal, além da amizade dos dois não ser tão longa, mas intensa. Uma amizade não é algo determinado pelo tempo que as pessoas se conhecem, mas pela intensidade das situações que passam juntas e a afinidade que têm, além, é claro, do contato no dia a dia. Sabe o que é legal? O anime já vinha trabalhando isso na relação do trio principal, e com muita naturalidade. 

Sendo assim, há a conexão e com isso a mensagem da amizade é passada de forma clara, sem nenhuma forçação de barra. A cena no rio procurando a espada, a cena da Mira motivando o Han, a própria atitude do Jin ao lutar com força total e sem guardar rancor; tudo serviu para fortalecer a ideia de que o Han não está mais sozinho e que, por mais pesado que possa ter sido, o amigo dele pôde partir em paz. 

Isso ficou ainda mais evidente na segunda parte, que contou com o melhor da luta (não foi só a animação, mas também a abordagem) e com ela o episódio melhorou. Antes eu não estava conseguindo me empolgar, pois além do anime manter os mesmos problemas de sempre, apresentou um embate bem animado, mas que não empolgava. Entendo que foi assim para contrastar com a outra parte, mas não é como se uma boa ideia apagasse outros defeitos.

Não consigo engolir mesmo esses poderes especiais descontextualizados, o combinado para “estimular” o Jin foi uma ideia pobre e por mais que no geral o tema amizade tenha sido bem explorado, não fica uma sensação de que falta alguma coisa? Corre o risco do anime acabar sendo bem esquecível, infelizmente.

A segunda fase do anime promete mais ação e o torneio de verdade, não só uma eliminatória, mas se seguir essa pegada de contextualizar menos do que seria o ideal e não sair um pouco dos clichês, não tem como sair do mediano. Não que eu espere muito mais que isso de toda forma…

Apesar dos pesares, The God of High School teve talvez seu melhor episódio até então e acho que sua primeira fase fechou razoavelmente bem. Vamos ver como será a segunda, eu espero mais explicações, um melhor aproveitamento dos secundários e umas lutas mais plásticas e prazerosas de assistir como foi o clímax das eliminatórias de Seul. 

Não dizem que a amizade é o melhor amor que há? Eu penso que quem fala isso está coberto de razão. 

Até a próxima! 

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