Saudade de animes como Gurazeni, que mostra a vida de pessoas adultas tendo envolvimento com algum tipo de esporte. No caso, Gurazeni mostra a vida de Bonda, um arremessador substituto de beisebol, que está por dentro de quanto cada jogador ganha, além de alguns dramas envolvendo aposentadoria, por exemplo, e Ryman’s Club (Salaryman Club, ou Clube dos Assalariados), mostra a vida de pessoas que trabalham em uma empresa de bebidas, mas também têm um time de badminton.

Eu não lembro de ter visto algo parecido (por favor, se tiverem animes com a temática trabalho + esporte, avisem), mas parece que o treino deles é mínimo com o comparado com times profissionais, e Shiratori Mikoto, o protagonista, está ciente disso, já que tinha sido demitido de sua antiga equipe em que se dedicava exclusivamente.

O primeiro episódio me deu a impressão de que Shiratori é uma pessoa que, além de levar tudo a ferro e fogo, ainda é dependente de várias pessoas. Parece que ele fugiu de onde morava para ter a vida como um jogador profissional e perdeu tudo, pois um trauma no Intercolegial o tem travado. O problema é que Shiratori sabe muito bem que é melhor jogando em dupla, e não se permite mais arriscar.

Por causa desse bloqueio com o acidente do parceiro de badminton, achou mais seguro jogar sozinho, mas sabemos que, quanto mais insistimos no que não dá certo, tudo acaba indo para lugares em que o resultado é péssimo. Shiratori foi demitido e era mais que acordado que aquilo aconteceria. Na hora que ele tenta devolver a peteca, o acontecimento ressurge e nada acontece, pois ele literalmente trava.

Recebeu flores depois de ser demitido e ainda o companheiro de time o chama de “fracassado”.

Voltando para casa, nós descobrimos que a mãe dele é completamente sem noção (quem criaria um quarto só para uma iguana, sendo que ela tem um filho que poderia voltar, sei lá, para visitar?), mas fica subentendido (pelo menos para mim), que imaginou que Shiratori não tinha mais intenção mesmo de voltar nem para dizer um “oi”, porém, foi algo impulsivo e incompreensível.

A sorte dele é que, minutos depois, a empresa que ele trabalhará o resto do anime (pelo menos eu acredito, porque, se ele sair de lá, o título do anime perde o sentido) ligou para ele, dizendo que foi contratado. A “Sunlight Beverage company” (Companhia Bebidas Luz Solar) é uma empresa de bebidas (como diz o nome) que tem uma equipe profissional (mesmo que todos vão mal nos jogos de todas as categorias) de badminton (a piada do “tem mais bad que minton” cabe aqui).

Enfim, e parece que ele não vai mais precisar dividir o quarto com uma iguana, já que passará a viver em um dormitório cedido pela empresa. O negócio é que Shiratori não parece ter feito nada além de jogar badminton e ficar preso em sua bolha depressiva, pois ainda é muito desatento, tanto na vida, quanto no trabalho. Já não bastava ter aceitado que Miyazumi Tatsuru ajeitasse sua gravata de maneira engraçada, também é péssimo com vendas.

No trabalho, também se encontrou com outras pessoas interessantes, como o fofoqueiro Takeda, o cara que estudou com ele no ensino médio, Saeki Touya, e um cara de outro setor que joga badminton na categoria solo e é irmão de Touya, Souta. Como o treino só iniciava às 16 horas, Shiratori tirou diversas conclusões, um tanto quanto julgadoras e preconceituosas, sobre a equipe, e isso quase gerou uma briga.

Outra característica que dá para se considerar é que o treinador deles tem uma pinta muito forte de delinquente da década de 90, com seu topete lá para frente e sua maneira meio rude de falar e se comportar, mas parece ser respeitado por todos ali. Acredito que Shiratori ainda terá diversos problemas com ele, pois tem mania de bater peito com os outros e achar que está certíssimo.

Uma pessoa difícil lidando com outras pessoas difíceis.

O maior problema de Shiratori é descobrir que foi obrigado e jogar em dupla, não sozinho, e quem terá que fazer o par com ele é Miyazumi. A recusa foi grande, mas a aposta era que, se Makoto perdesse em um jogo contra Tatsuru, Shiratori teria que aceitá-lo como dupla.

Parece que Shiratori tem uma espécie de “poder”, que é observar as jogadas do adversário até os primeiros sete pontos marcados e depois vir com tudo, pois já sabe de tudo o que poderá ocorrer. Movimentos, saques e etc. Como diz aquele livro: “O Corpo Fala“. É uma espécie de clarividência, mas é por conta de sua observação, não um poderzinho que alguns shounens de esporte utilizam. Mas Shiratori não imaginava duas coisas: que Miyazumi entendesse como ele funcionava, e que sua memória do Intercolegial voltaria a assombrá-lo.

Makoto sempre se lembra do seu trauma no Intercolegial quando faz o mesmo movimento em quadra, e isso o acaba travando.

Ele perdeu o jogo e acabou tendo que fazer par com Miyazumi no final, mas foi por muito pouco ponto. Mais um pouco, teria vencido. Ao final, além de ter que fazer par com Tatsuru nos jogos, Makoto também terá que ficar no mesmo dormitório que ele, e um é vizinho de cima do outro.

Eu gostei muito da estreia, acredito que Shiratori ainda tem muito para amadurecer, pois ainda parece uma criança no meio de vários adultos, e também crescer com ajuda do esporte e de sua dupla. A animação é bem fluida e a história é bem bacaninha.

Muito obrigada por acompanhar este artigo até o fim! o/

Seja você também um “petecalariado”!

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