A vida de um jogador de beisebol é agitada, não é mesmo? Além de se preocupar com sua posição no time e o tempo que pode ficar no diamante (é o nome dado ao campo de beisebol), os jogadores também precisam se preocupar com outra coisa muito importante: o dinheiro.

Gurazeni (dinheiro no campo, em tradução livre) é a adaptação do mangá de mesmo nome. Ele foi criado no período de 9 de dezembro de 2010 até 28 de agosto de 2014, sendo publicado na revista Morning, uma revista seinen, a mesma que publica Vagabond. A história foi criada por Moritaka Yuuji, e a arte foi feita por Adachi Keiji.

Ser um jogador de beisebol é algo muito inconstante. Quanto mais tempo você fica em jogo, quanto menos erros cometer, e quanto menos injúrias sofrer, melhor. Mas isso é uma questão bem básica de todo o esporte. O que o anime/mangá de Gurazeni apresenta não é o simples fato do pessoal ir lá, jogar beisebol e perder ou ganhar, e sim todo o dinheiro investido no jogador em campo.

É assim que ele descobre quanto cada jogador ganha.

Bonda, um jogador reserva de 26 anos (que parece ter mais idade por causa do traço, e que faz permanente enquanto assiste TV), é um arremessador que usa a mão esquerda. Quem já viu Ace of Diamond sabe que é difícil à beça um canhoto se sair bem. Mas em Gurazeni a pressão é mais constante. O protagonista não está contente com o fato de ganhar 18.000.000 de ienes por ano, então ele se esforça como pode, mesmo sendo um reserva.

No primeiro episódio, nós temos um impasse: o jogador do time adversário é conhecido por ser jovem, ter dois filhos e ganhar 7.000.000 de ienes por ano. Não que esse valor valha para a imprensa de TV, mas para quem sabe tudo sobre o salário anual de cada jogador, assim como Bonda, isso conta bastante, principalmente para mostrar se as habilidades dele são boas o suficiente contra o seu time. Ele ganhando trouxe um aperto no seu coração (e no meu também), porque o mancebo foi rebaixado, e consequentemente passou a receber menos.

O fato de perder para um arremessador canhoto foi bem difícil de ser aceito, além da queda no seu salário.

Na segunda parte, mostra como era o relacionamento de Yamanashi Tsurumigawa com Bonda e os outros membros do time Spiders. O protagonista conta um pouco mais sobre a vida após a aposentadoria de um jogador de beisebol e os caminhos que cada um pode tomar. Dependendo de como for o desenvolvimento em sua vida como profissional, pode se tornar ou comentador, ou técnico. Toku (é como chamam Yamanashi) foi o estrelinha do time por 10 anos e se tornou comentador após rebaixamento. Mas sua vida não foi muito boa depois disso acontecer, pois ele estava indo de mal a pior.

Para ser um comentador, é necessário saber tudo o que precisar sobre os jogadores, e isso lhe faltava. Até que chegou o jogo dos Spiders, e como ele viu que Bonda seria o arremessador durante os primeiros turnos, ficou mais tranquilo. Aquilo subiu à cabeça, e ele conseguiu mostrar o seu potencial ao seu chefe.

Saber tudo sobre o Bonda possibilitou com que comentasse de maneira mais séria e com uma quantidade de detalhes que antes não conseguia.

O anime, na minha opinião, foi muito bom. O protagonista é completamente animado e motivado, e podemos observar isso em sua forma de falar, além de suas ações. Ele saber ou tentar adivinhar quanto cada jogador ganha atualmente mostra o quanto o mundo do beisebol pode ser traiçoeiro, apesar de ser divertido para quem aposta.

As músicas de abertura e de encerramento são muito boas, pois têm um ritmo de música dos anos 80. A mistura de inglês com japonês me pareceu bem mais agradável que em outras músicas que já ouvi. A ambientação, tirando os personagens em 3D enquanto jogam (apesar disso ser padrão hoje em dia), é bem legal e enérgica, e traz uma sensação de tensão também. Espero que o anime continue nesse ritmo.

Que Bonda consiga ganhar muito mais dinheiro!

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