Souma gosta de inovar e sempre procura tomar o máximo de cuidado em cada passo que dá. É normal, afinal, ele está à frente de uma nação e suas decisões impactam a vida de milhares de pessoas. Mas será que não há um excesso de cuidado?

A ideia central desse episódio girou em encontrar mais gente talentosa. Como? Simples, buscando por pessoas que têm feito a diferença por conta própria. Sabemos que o reino precisa de mais gente valiosa e claro, a ideia é totalmente válida.

Mas confesso que senti um mix de emoções um tanto quanto negativas durante o episódio. Enquanto estava assistindo, confesso que fiquei levemente decepcionado com a forma que o Souma escolheu lidar com a escravidão e fiquei na expectativa de algo realmente interessante.

Sendo sincero, em grande parte das situações o nosso querido “herói” sempre tirou um coelho da cartola. E isso é ótimo, claro… a menos que ele tente resolver as coisas fora desse padrão.

Não estou dizendo que sua forma de solucionar o problema com o sistema escravista tenha sido ruim. É uma alternativa demorada e que no longo prazo fará com que a escravidão seja desconsiderada por questões culturais.

Além disso, a ideia de criar um centro de treinamento é ótima, mas não soluciona o grande problema que seu país e o mundo como um todo possui: a educação. Não pude parar de pensar no quão legal seria ele investir em educação e com isso, montar um sistema de ensino.

Eu sei que não é simples e mesmo a implantação disso não é tão rápida assim. Estamos falando de um reino que ainda está resolvendo problemas relacionados à fome e que querendo ou não carece de uma estrutura boa o suficiente para tal.

Mas vimos um cara com recursos limitados e com muita boa vontade para fazer uma revolução no sistema escravista. Não teve que pensar em coisas difíceis e mesmo assim se tornou um importante pioneiro.

A decisão de evitar mudanças repentinas e muito radicais é legal, pois previne problemas de preconceito, por exemplo. Mas como Roroa disse, não é alto tão necessário. Fora que ele poderia e até deveria preparar o terreno para iniciar um sistema educacional.

Claro que isso é apenas uma opinião minha, mas aqui nós temos um isekai com um foco bem diferente do restante. Não há grandes aventuras ou inimigos, o protagonista não é um grande herói que salva as pessoas da forma convencional e por fim, a temática realista é a proposta principal.

Mas até agora nós temos visto muitas mudanças políticas e poucas mudanças sociais. Claro, a infraestrutura foi uma área contemplada e querendo ou não as mudanças políticas eram necessárias. O que quero dizer é que as mudanças que elevam a qualidade de vida do povo teve pouco ou nenhum destaque.

Com isso, penso que há uma certa demora em dar destaque para  assuntos tão importantes quanto saúde e educação. Até agora não foram abordados e dessa vez, quando houve espaço para isso, deixaram passar a oportunidade.

Claro que eventualmente isso deve acontecer, mas fica complicado quando tu gasta um episódio inteiro para contar sobre uma reforma tão “simplória” (considerando métodos e afins). Usaram todo esse tempo para justificar mais uma escolha do Souma, quando poderiam ter feito algo mais interessante.

Aliás, é bom lembrar que o Souma tem dito sobre iniciar algo – uma espécie de mudanças que até então não estavam aptas para acontecer e agora que certos problemas foram resolvidos, podem sair do papel. Espero que sejam as mudanças que mencionei aqui.

Enfim, no final das contas foi um episódio fraco. Legal pela iniciativa, mas cansativo e desinteressante para assistir.

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