Kami Kuzu Idol (Phantom of the Idol ou Kamikuzu) é um anime do estúdio Gokumi (Endro~, Kiniro Mosaic, Ramen Daisuki Koizumi-san, Tonari no Kyuuketsuki-san, Yuuki Yuuna) que adapta o mangá de Hijiki Isoflavone de comédia sobrenatural com idols. Segue abaixo a sinopse extraída e traduzida do HIDIVE (o streaming oficial do anime).

 

“Yuuya faz parte de um duo idol chamado ZINGS, mas sua despreocupação e desdém com os fãs o coloca em risco de ser demitido. Isso até ele encontrar Asahi, o fantasma de uma antiga idol que está louquinha para fazer seu retorno ao possuir o corpo de Yuuya!”

 

Um idol que só trabalha pela grana é uma atitude preocupante, mas o tipo de premissa que combina demais com anime/mangá e é esse o caso de Kamikuzu. Para melhorar, temos a heroína, que é o exato oposto a está morta. Será que o Chico Xavier gostava de idols?

Zoeiras a parte, Kamikuzu é um baita anime legal, pois na mesma leva em que me fez concordar com uma patroa (a chefa da dupla), me fez gostar de um personagem peixe morto com o Yuuya, um cara de pau daqueles que só quer grana mole. Tem outros “meios”, né?

Em todo caso, parece que ele ainda quer manter um mínimo de dignidade e quanto a isso tudo bem, o mais preocupante para mim é ele enxergar uma fantasma e nem ligar para isso, pelo contrário, usar essa bizarra situação completamente ao seu favor.

Com isso se constroem as bases (absurdas, mas tudo bem, é uma comédia, afinal) sobre as quais o anime se sustenta. Kamikuzu não é uma comédia de piadas constantes ou situações cômicas tão forçadas, mas que funciona naquilo que se propõe a fazer.

Por exemplo, eu me diverti bastante com a interação dos dois, Yuuya e Asahi. Acho um tanto quanto exagerado o amor que transcende a vida da Asahi por idols, mas ao mesmo tempo é exagerado o desânimo do Yuuya, ainda mais quando isso vale o salário dele.

Por outro lado, é exatamente por isso que o anime funciona porque é absurdo de lado a lado e tá tudo bem. Aliás, é justamente aí que os dois encaixam. Eu diria até que demorou para o Yuuya se aproveitar da situação, precisou ele ver o que a Asahi podia fazer.

Isso prova que ele também não é um mau-caráter, um aproveitador em alto grau? Acho que sim. Além disso, ele meio que está ajudando ela, né? Se possui-lo satisfazer seu desejo interrompido de cantar e dançar como idol uma hora ela ascenderá aos céus, né?

Ao menos é nisso que eu quero crer e devemos ver, senão no final do anime, muito provavelmente ao fim do mangá, que eu nem conheço, mas já considero pakas, pois deve ser divertido, além de que, é sério, quantas obras mesclam idols masculinos e femininas?

Não conheço muitos e fazer isso misturando o sobrenatural com um pouco do ponto de vista dos fãs é algo que tem tudo para dar super certo. Lembra de Oshibudo? Então, Kamikuzo certamente não será assim, mas terá seus trechos de Oshibudo e tá tudo ótimo!

Foi bem divertido ver as fãs do Yuuya, fãs de sua fase peixe morto, que viam valor nele mesmo ali e não deixaram de ver com sua mudança no palco, mas proporcionaram uma conversa bem idiota (e ao mesmo tempo divertida) que é a cara das conversas de wotas.

Eu seria um wota se fosse japonês, então entendo o sentimento, como entendo o anime apostar em uma ED legal, mas meio sacaninha, afinal, não teve performance alguma, nem ela e nem na OP, vale frisar. Mas vendo a música no episódio dá para entender.

Não foi uma grande animação, certamente não foi, foi um CG fraquinho. Entretanto, gostei da música, do “Bam” dele no meio e, principalmente, das fãs, da reação das fãs que têm o Yuuya como wota, como também das outras, entre a empolgação e a crítica.

Por fim, achei essa estreia sólida, não impressionante, mas eficiente em tudo aquilo que se propôs a fazer. Inclusive, o clima foi mais de comédia que de drama. Eventualmente o caldo pode entornar, para saber vamos ver aonde essa combinação vai parar.

Até a próxima!

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