Por mais clichê que seja, devo confessar que amei a caracterização da Kinako nesses dois episódios. Por quê? Porque acho a voz da seiyuu muito simpática, fofa, mas nem tanto, e com um sotaque diferente das suas colegas. Além disso, ela tem caras e bocas hilariantes!

Sei que isso não é sinônimo de profundidade para uma personagem, mas dizem que a primeira impressão não é a que fica? E não só isso, casar as dificuldades dela com as dificuldades que espantam novas integrantes passou muito bem uma ideia de determinação.

Kinako pode ser atrapalhada e hesitante, mas não é fraca, longe disso, e se o regime de treino da Keke não vai torná-la o Saitama, certamente a colocará em pé de igualdade com suas companheiras, com o plus de que ela comprou essa briga e dobrou a aposta.

Como não simpatizar com uma personagem dessas, ainda mais após o discurso dela no final desse episódio? Mas antes de chegar lá gostaria de passar pelas outras integrantes (futuras) e começo enfatizando o quanto a Shiki é a mais “peculiar” entre elas.

Como é que a Shiki consegue mexer as lentes dos óculos sem tocar em nada? Isso nem parece ciência, mas bruxaria. Outra coisa que achei interessante nela foi o fato de ser fria, mas se importar tanto com a amiga ao ponto de armar para que ela entre no clube.

Tirando a Natsumi, as outras três já foram pinceladas além dos arquétipos nos quais se encaixam, tendo a Mei tido um papel muito bacana, ainda que contraditório, nesse episódio e sobre o qual comentarei mais a frente. Antes disso, e o convite hilário da Kinako?

É por isso que as caras e bocas, além da atuação da seiyuu, são tão importantes, pois elas trabalham muito em favor da comicidade que algumas cenas carecem para tanto entreter, quanto trazer o contraste que potencializa cenas de drama subsequentes, como rolou aqui.

A Mei, sem surpreender ninguém, recusou o avanço da Kinako. Por quê? Talvez pelo motivo pelo qual todas as suas colegas estão recusando se candidatar ao clube, talvez porque ela ama demais school idols e não se sente à altura delas, o que é a extensão do “problema”.

Problema entre aspas mesmo porque a gente sabe que isso deve se resolver relativamente rápido, ainda mais após o conselho que a Mei dá a Kinako, deixando transparecer todo seu amor e respeito pelas schools idols. E sim, vou usar só “school idol” a partir de agora.

Em todo caso, sim, é no mínimo “inusitado” que ela incentive a Kinako e ela mesma fuja de ser uma school idol, mas, repito, não é difícil de imaginar o motivo, até porque isso acontece o tempo todo em Love Live!, mas nem por isso diminui a qualidade da personagem.

Ela, como a Kinako, nos presenteou com uma cena muito bonita e bem escrita, como não ir começando a se afeiçoar a ela? A Shiki já é mais discreta, mas está saindo bastante de seu itinerário pela amiga, até porque ela mesma parece já ter entrado em um clube da escola.

A Natsumi que está deslocada, mas sua necessidade de aparecer logo deve envolvê-la com o grupo, o qual passou por maus bocados nesse episódio em sua empreitada de angariar novas integrantes e por isso teve que ceder, e isso “traindo” sua própria natureza.

Fazer parece que ser school idol é mais fácil do que realmente é poderia causar uma situação pior caso alguém entrasse, mas isso foi evitado com o movimento individual, mas no fim coletivo, das garotas, o qual proporcionou um clímax de convicção exuberante.

Entendo o temor das alunas de entrar e tanto não acompanhar o ritmo das senpais, quanto possivelmente atrapalhar a vitória no Love Live!, assim como a flexibilização das heroínas a fim de melhorar a imagem do clube; então não me incomodou terem insistido nisso.

E ainda teve a declaração da SunnyPa, né? Aliás, a nova garota que apareceu vai ser uma rival, isso é óbvio (e não escrevo isso só porque o terceiro episódio já saiu no Japão, é óbvio mesmo), até para “equilibrar” o frescor entre mocinhas e rivais. Love Live! é tão…

Bom, ainda que previsível, e é por cenas como as da Kinako convencendo o bonde que afirmo isso. A direção foi muito feliz com a composição de trilha e o fundo, mas me cativou foi no roteiro e na atuação sensível, mas não menos pungente, da Nozomi Suzuhara.

A princípio fiquei receoso com essa adição de integrantes ao Liella!, mas com míseros dois episódios eu já me rendi completamente. A Kinako é uma fofura e vê-la, apesar de todas as dificuldades pelas quais passou, abraçar a ideia foi muito recompensador e reconfortante.

Kinako lembrou a suas companheiras (mas também a nós, telespectadores) que na vida precisamos ter convicção no que fazemos e apostar nisso, para que quem quer que entre nisso conosco saiba com o que está lidando e possa amar de verdade fazer o mesmo.

Por isso foi tão acertado ela só compor o grito de guerra ali, não porque ela ainda não fazia parte do grupo, mas porque nesse episódio ela compreendeu o que é ser uma school idol, o bônus e o ônus, e aceitou seguir por esse caminho em seu coração, convicta.

Kinako é uma personagem apaixonante e mal posso esperar para me apaixonar pelas outras, ainda mais após esse episódio, que teve como cereja do bolo o encerramento da temporada, uma bela música com cenas tão incríveis que nem tenho palavras para elogiar.

Até a próxima!

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