O Ragnarok do Tokoyami se impôs e inseriu de vez o personagem na baguncinha que seu mestre armou. Eu só achei uma pena que ele não tenha lutado mais, mas vai que ele encontra o Hawks? Quanto ao Twice, tem como ele sobreviver uma segunda vez?

Sabe como os vilões podem se safar dessa? Com o Shigaraki acordando e o Gigantomachia por tabela. Acredito que isso vai acontecer, mas até lá são os ratos que fazem a festa, como o Twice fez nesse episódio (mais um) centrado no irreverente vilão.

Irreverente, mas não tratado a panos quentes. Nós sabemos que ele é um vilão, ponto. Contudo, isso não impede o Hawks de achá-lo uma boa pessoa, de reconhecer seus valores e respeitá-lo ao ponto de querer salvá-lo, o que, aliás, os heróis sempre buscam.

Eu entendo o Twice, pois, mais do que pensar sobre o mal que ele e os companheiros podem causar, ele estima essa conexão, foi onde ele se sentiu parte de algo pela primeira vez na vida. É mais do que condizente que bote a vida dele na reta pela União.

Sobre o Dabi, ele não parece aberto a mudar de vida, mas quem sabe sua conexão misteriosa com o Hawks (de onde ele sabia o verdadeiro nome do herói?) não seja o indício de uma possível segunda chance para o primogênito da casa Todoroki?

Não sei se vai ser esse caso e isso pouco interessa agora, pois o foco desse episódio foi mesmo o Twice e seu misto de sentimentos pela “traição” do Hawks e o fato de ter sido a segunda vez que ele é “tapeado.” Se fechar a trinca ele pode pedir música no Fantástico?

E coloco traição entre aspas mesmo, afinal, o objetivo do Hawks sempre foi espionar a União para implodi-la, tanto é que, por maior que fosse sua consideração pelo Twice, ele não titubeou em atacá-lo quando teve a chance. E por que não o matou para garantir?

Porque não é assim que heróis agem normalmente, eles fazem isso apenas em último caso. Será contraditório se ele tiver matado o Best Jeanist para entrar na União? Não sei, o Best morreu mesmo? Duvido muito que ele tenha ido a esse extremo por esse plano.

Do que já não duvido é de que a despedida do Twice para seus amigos (principalmente a Toga) foi gratificante, o tipo de momento que perderá impacto caso o vilão não morra. Na verdade, esse é um problema crônico da obra, a falta de mortes.

Matá-lo agora seria corajoso, além de que tiraria um pouco a muleta que ele é, pois a toda hora é passada a ideia de que basta o Twice se enputecer que a União virará o jogo. Por outro lado, não parece um pouco que ele poderia mais como personagem e individualidade?

Se o Twice morrer agora vai partir cheio de culpa e cólera, sem ter “compensando” os companheiros por seus “erros,” os quais nem considero tão ruins quanto ele pinta, mas entendo que isso o incomode. Não foi uma vez, foram pelo menos dois “vacilos.”

Será que um novo Twice surgirá, tal qual um novo vilão deve se erguer para manter viva a franquia referenciada no título desde artigo? Não sei, só o que sei é que gostei da ação e emoção desse episódio, assim como das reflexões do vilão. Se ele morrer, sentirei sua falta.

Até a próxima!

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