Depois de algumas semanas, Bleach chegou ao final de sua primeira temporada após o retorno. Mas ainda não vamos falar sobre o conjunto da obra, afinal, temos que comentar sobre os últimos 4 episódios desse prelúdio da guerra.

No episódio 10, o foco acabou sendo a luta entre Unohana e Zaraki. Tenho minhas críticas sobre o desfecho, afinal, ao meu ver ela poderia e deveria ter sido aproveitada ao longo da obra e claro, nessa guerra. É um potencial desperdiçado, algo que parece ter uma frequência maior nesse arco, mas tudo bem.

Fato é que Unohana tornou-se um sacrifício para que Zaraki pudesse avançar, evoluir ou talvez simplesmente se livrar das amarras que estavam bloqueando seu potencial. No final, talvez não tenha sido um sacrifício de fato, mas sim um pagamento de uma dívida, uma remissão de um pecado.

O pecado da Unohana não era por culpa exclusiva dela, mas talvez uma ação do destino que cruzou dois seres quase iguais, mas muito diferentes. O fim não poderia ser outro, ainda que no fundo esse não seja o resultado ideal para quem ficou para trás.

Talvez o grande problema desse mini-arco foi a forma como conduziram tudo. Começou num episódio, pegou metade do seguinte, parou no meio e “terminou” no final. Provavelmente foi a pior decisão dessa primeira parte, afinal, atrapalhou o ritmo que a obra estava tendo.

E assim como fizeram com o arco do Zaraki, com o do Ichigo aconteceu algo similar, ainda que de maneira sutil e sem grande importância. De qualquer forma, tudo nos leva para o episódio 11, onde enfim começamos a conhecer o passado do Ichigo.

Até aqui, seu passado era bem simplificado e até mesmo a morte de sua mãe era envolta de mistérios. Seu pai, um ex-capitão, também nunca foi muito ativo e muitas dúvidas estavam envoltas sobre essa área de sua vida.

A explicação de tudo acabou sendo incrível, não pela história em si, mas como tudo foi apresentado visualmente. O ápice ocorreu no episódio 12, na cena em que temos a mãe do Ichigo numa colina em pleno pôr do sol estendendo a mão para seu futuro marido.

Já sobre a história em si, bem, era de se esperar que tivéssemos algo envolvendo a pureza do sangue e afins. Porém, acima de qualquer coisa, o que ficou mesmo foi a curiosidade em saber mais sobre os dois casais que surgiram depois desse evento.

Sim, talvez seja algo que do ponto de vista da história não seja útil, mas particularmente eu gostaria de ver. Por outro lado, também é interessante notar os planos do Aizen se desenrolando naquela época e como tudo culminou na morte da Masaki.

Gostaria que explicassem melhor sobre a origem do Yhwach e sua ligação com todos os quincys, mas isso talvez seja algo a ser explorado lá para o final. Todos possuem o sangue dele correndo por suas veias, mas como isso seria possível e como ele se tornou esse tipo de ser, entidade ou o que quer que seja?

De qualquer forma, o importante aqui é que duas decisões foram tomadas. Ishida se juntou aos quincys e o Ichigo finalmente conseguiu sua verdadeira zanpakutou, a verdadeira Zangetsu. E o processo para chegar nesse resultado final foi bem interessante, visto que ele precisou conhecer sua origem e claro, se resolver com os seus companheiros internos.

No final das contas, foram episódios ótimos que adaptaram com primor tudo aquilo que o mangá apresentou. Tiveram algumas mudanças simples aqui e ali, algumas das quais eu confesso que discordo da decisão. Mas não dá para reclamar do resultado final, visto que acabou sendo ótimo. 

Agora, resta esperar até o meio do ano que vem, que é quando a segunda parte será lançada. Ainda não há informações sobre a quantidade de episódios, mas é provável que isso seja informado logo mais. Por fim, recomendo que leiam o one-shot lançado em 2020 que fala sobre um possível retorno do mangá.

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