Technoroid: Overmind é um anime original de sci-fi com idols do estúdio Doga Kobo. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Em busca de dinheiro para pagar sua conta de luz, quatro androides decidem desafiar Babel, a torre que simboliza uma nova era do entretenimento. Em Babel, artistas batalham em palcos com sua música e dança, para subir de nível e alcançar o topo. Após sua primeira performance, o quarteto encontra Esora, um garoto em apuros dotado de imenso intelecto. Ao se conectar com o coração do garoto, desperta nos quatro um programa especial, abrindo caminho para um novo e desconhecido futuro para humanos e robôs.”

 

Não sou tão fã de idols masculinos quanto sou de femininas, mas tenho me inserido aos poucos nesse mundo através do k-pop ao escutar grupos como Stray Kids (que fez a OP, TOP, e a ED, SLUMP, de Tower of God) e EXO (da mesma empresa do meu grupo favorito, o Red Velvet).

Quanto a esse anime, ele é um pouco diferente do resto, pois tem uma proposta mais sci-fi, se situando em um futuro no qual as mudanças climáticas foram acompanhadas de evolução tecnológica o suficiente para que robôs se tornassem parte do dia a dia das pessoas.

A pergunta para a qual não vi resposta é, o grupo dos protagonistas é o único grupo de robôs idols ou existem IAs tão desenvolvidas quanto eles? Aliás, sobre o mundo em si, gostei das inserções tecnológicas feitas na trama, até porque não tiraram o elemento humano da jogada.

O garoto, Esora, apresentou um problema que nem foi tão complicado de resolver, mas que, ainda que um pouco artificialmente, serviu ao propósito de mostrar aos personagens o que eles precisavam fazer. O que me incomodou um pouco foi a velocidade dessa evolução.

Entendo que eles são robôs, mas não poderíamos ao menos tê-los visto treinando? Aliás, depois de um anime com idols mais velhos, agora temos um anime de idols robôs, qual será o próximo? Um anime de idols reencarnados? Que tal idols que viram monstrinhos?

Em todo caso, grupos rivais foram apresentados já de cara e o sistema de avanço na tal da Torre de Babel dá toda a pinta de que o anime se desenvolverá em torno dessa dinâmica de competição, inserção de grupos novos/rivais e percepções sobre as IAs e os humanos.

Esse último tópico é menos garantido, mas acredito que será desenvolvido pela forma como o garoto foi usado nessa estreia, incentivando os personagens a agirem, falando alguma palavra importante que foi omitida (a fim de criar suspense) e conectando-os a si.

Na verdade, fiquei com a impressão de que a conexão entre Esora e os robôs pode ser maior do que ele imagina. Talvez tenha sido neles que o pai adotivo do garoto tanto trabalhava? Não sei. A existência deles é em si um mistério que também me aguçou a curiosidade.

Inclusive, a desculpa deles precisarem pagar boleto me ganhou, pois é o tipo de pepino que humanos tem que descascar o tempo todo e se a ideia é, e eu imagino que seja, sofisticar essas IAs para que se tornem ainda mais humanas, é bom começar por aí.

Senso de responsabilidade é algo muito forte, capaz de fazer as pessoas (e quem sabe os robôs) amadurecerem. Além disso, apesar de meio bobinho e calminho, nada no anime me ofendeu intimamente, consegui comprar a ideia mesmo tendo sido leve quase o tempo todo.

Outra coisa que me agradou demais foi o cliffhanger, um final que eu não estava esperando e mudou um tanto o tom do que vinha sendo o anime até ali. Se ele não escanteou o garoto que apareceu nesse episódio, deu toda a pinta de que a trama irá além dele.

Cobalt, Night, Neon e Chrom devem descascar pepinos ainda mais difíceis enquanto se desenvolvem como idols para pagar as contas. Tem como não simpatizar com esses robôs coloridos, alegres e sensíveis? E sim, eles cantam bem. Você pode não curtir a música, mas as vozes são ótimas.

Até a próxima!

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