Tensei Oujo to Tensai Reijou no Mahou Kakumei (The Magical Revolution of the Reincarnated Princess and the Genius Young Lady) é um anime de comédia e aventura do estúdio Diomedéa que adapta a light novel escrita por Piero Karasu e ilustrada por Yuri Kisaragi. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“A princesa Annisphia Wynn Palettia guarda memórias de sua vida passada. Apesar de reencarnar num mundo onde a magia é natural e corriqueira, por algum motivo, Annisphia não é capaz de usar magia, e se dedica dia e noite a estudar maneiras de manipular esse poder a seu favor. Ao participar de uma festa para mostrar seu novo experimento, Annisphia acaba encontrando Euphilia, que apesar de ser uma filha exemplar e um gênio da magia, teve seu noivado cancelado por seu futuro noivo. Nesse momento, Annisphia lhe estende a mão, sinalizando o começo de uma linda amizade.”

 

Caramba, como eu gostei dessa estreia, teve um pouco de tudo, ação, aventura, drama, yuri bait, até uma ou outra coisinha que não gostei, mas que pode ser melhorada ao longo da jornada. Mesmo o fato da protagonista ter vindo de outro mundo não me afetou.

Mas por que não incomodou? Porque não ficou claro o quanto ela lembra de sua vida passada, o máximo que vimos foram reminiscências. Além disso, se pensarmos na caracterização de diferentona da heroína, casa ela ter vindo de outro mundo, e quem sabe por isso não tem magia?

Aninha seria filha do Asta com a Noelle que nasceu no nosso mundo? Brincadeirinha, brincadeira. Mas agora, falando sério, gostei também do que ela cria em seu mundo, que é a tal da magicologia. Não tem uma célebre frase que diz que tudo é magia até entendermos como funciona?

Sei que esse anime (e nenhum) irá tão fundo ao ponto de reger magia sobre as diretrizes da ciência, mas só de trazer isso a mesa exalta muito a proatividade e coragem da heroína, que quebra o status quo da nobreza para realizar seus sonhos e meio que fazer todo mundo feliz.

Inclusive, disso já não gostei muito, dessa motivação abnegada de herói de battle shonen sem graça. Pelo menos ela conserva desejos egoístas, como voar. Outra coisa que também não me agradou foi o excesso de referências ao status de transgressora que a heroína tem.

“Não diga, mostre,” não é a regra infalível para qualquer história? Falar demais cria um hype desnecessário em cima da personagem, o qual acho até que a estreia cumpriu, mas nem tanto, visto que o máximo que vimos foi a Aninha manejando artefatos e lutando.

Contudo, sua transgressão final resgatou esse status, dando também a heroína uma base sólida de contraste com sua co-protagonista, Euphyllia. Enquanto uma tem tudo, mas é sozinha, a outra teve tomada aquilo que mais gosta, mas compensa com muito espírito.

Aninha e Euphyllia são quase que completos opostos que têm tudo para dar certo, e talvez até como um casal, já que o tom em que a Aninha (adorei esse apelido que dei para ela) fala sobre “tomá-la” para si abre margem para isso (e tem Girls Love como gênero no MAL).

Em todo caso, por ora só o que podemos analisar é essa estreia e acho que ela foi tanto consistente com a heroína, quanto com sua parceira. No caso da Euphyllia, foi bacana ver as circunstâncias de nobreza que a envolviam, e também a seu noivado, e como foi injustiçada.

Euphyllia tinha boas intenções, além do mínimo de orgulho, ao pedir para que o príncipe se afastasse da ex-plebeia, mas a verdade é que armaram para ela, o que também limpa um pouco a barra do príncipe, exceto se ele souber ou tiver armado ele mesmo esse complô.

Outra coisa que acho interessante comentar sobre ele é como, em um primeiro momento, pensei que se preocupasse com a irmã (na cena em que os nobres fofocam sobre ela pelas costas), mas em um segundo ficou claro que ele inveja a liberdade que ela tem.

Aninha é transgressora, vive a própria vida e faz o que quer, enquanto ele precisa segurar as pontas e agir de acordo com regras que ele não definiu. Cancelar seu noivado e confrontar a pessoa que ele pensar estar errada pode ser um sinal de que cansou disso e quer mudar?

Por fim, a estreia termina com um clichê bom, um encontro (reencontro por parte da Aninha) predestinado fofo e a sensação de que a história tem potencial, e que este será cumprido se investirem nas duas heroínas e na potência que são para mudar o mundo.

Até a próxima!

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