Inu ni Nattara Suki na Hito ni Hirowareta (My Life as Inukai-san’s Dog) é um anime de ecchi e comédia do estúdio Quad que adapta o mangá de Itsutsuse. Segue abaixo a sinopse traduzida e adaptada do mangá.

 

“Um dia o protagonista acorda como o cachorro de estimação de sua bela e popular colega de classe, Karen Inukai. Enquanto Karen é fria e inexpressiva na escola, em casa ela mima seu cachorro de todas as formas.”

 

Quando você pensa que o Japão não pode inventar mais nada para promover fanservice, eis que aparece um anime como Inu ni Nattara, que ainda é adaptação de mangá, provando que a ideia vem de antes…

Sim, a estreia desse anime foi (como prometido) um prato cheio de fanservice (e isso mesmo para quem viu a versão censurada como eu), aproveitando todas as curvas da heroína e os ângulos de câmera “sapientes.”

Contudo, também não foi só isso, agora é claro, só vale a pena tentar aprofundar algum comentário sobre esse anime se você tiver comprado a ideia e sabendo que, mesmo na tentativa de levá-lo a sério, o fanservice é sua finalidade.

A heroína, Inukai-san, age de forma bem diferente com o protagonista (cujo nome nem lembro se foi citado), mas isso porque ele é seu doguinho. Inukai-san tem dificuldade em expressar toda a sua fofura mesmo na frente da mãe.

Seria legal se o anime desenvolvesse a personagem ao longo de seus episódios de 12 minutos, mas você acredita que isso vai acontecer, ainda mais levando em consideração as duas outras heroínas que devem dividir os holofotes?

Duvido… Ainda assim, eu seguirei vendo, mas não porque gostei da sacada nos nomes das heroínas (que indicam seus pets) e nem por causa do fanservice (por incrível que pareça), mas porque achei o anime realmente bem feito.

Um anime bem feito não é necessariamente profundo ou minimalista, basta que cumpra sua proposta, que nesse caso é entregar fanservice para o público mantendo o mínimo de coerência narrativa e sentido de “aventura.”

Sentido esse trazido por nosso “nobre” protagonista, que achei bem esquecível, mas ah, isso talvez se deva ao fato de que ele sou eu, ele é você, ele é qualquer um que vê o anime (pelo menos na maior parte da narrativa).

Essa ideia de misturar POV (Point Of View, tag famosa no pornô pelo sentido de imersão que passa ao telespectador) com bestialidade (tag também do pornô, essa já dispensando explicações) foi maquiavélica, genial e… questionável.

Por quê? Porque isso potencializa o envolvimento do telespectador, facilitando com que ele seja fisgado por algum elemento da trama, o qual provavelmente será o fanservice, mas é questionável pelo meio intermediário usado.

E sim, eu sei que a tag de bestialidade só seria ativada com algo a mais que apenas ver, mas quando você coloca a mente de um adolescente, e alguém que conhece a heroína, no cachorro você pede para pensarmos besteira, né?

Okay, talvez eu que seja malicioso demais. Em todo caso, funciona para o objetivo primário e rende algumas cenas fofas e divertidas, mas acho que passa um pouco do ponto quando ela morde o nariz do animal, por exemplo.

Além disso, na cena em que ele dá a patinha (e a roupagem faz parecer um safado aperto de mãos) toda a reflexão dele sobre a situação foi um pouco vergonha alheia. Ele pareceu um perdedor falando aquelas coisas, ainda que eu…

Digo, também tenho uns fetiches estranhos, todo mundo tem… agora, o quanto isso justifica se divertir vendo esse anime são outros 500, e olha que acho que para a proposta funcionou muito bem, apesar dos momentos “WTF.”

Por fim, você também fez paralelos com Chainsaw Man? Ambos os protagonistas são tratados como cães (e um literalmente é), ambos as mascotes têm o nome Pochita e a gente sabe quem vai se ferrar no final, não é mesmo?

Zoeiras a parte, a Karen não é a Makima, então ela deve tratar seu cãozinho bem, e sem segundas intenções. Espero que com menos cenas cringes e ainda mais fanservice. Sem hipocrisia, é por isso que se vê esse tipo de anime.

Até a próxima!

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