As Diversas Faces de Ito ou The Many Faces of Ito é um dorama original Netflix disponível no serviço tendo 8 episódios de curta duração (todos os episódios têm 23 minutos) para os padrões de doramas/séries.

Vale ressaltar que o dorama está em seu catálogo desde 2017 e é uma adaptação da novel Ito-Kun A to E, da autora Asako Yuzuki. Uma curiosidade interessante é que a obra original foi indicada ao prêmio Naoki.

Quando assisti esse dorama, confesso que tive um mix de emoções. Vi junto com uma das minhas irmãs e foi uma experiência bem interessante por conta de toda a construção que temos na história. São 8 episódios em que tanto você, espectador, quanto a protagonista, tentam descobrir quem é esse tal de Ito. Sim, apesar de termos um dorama focado em drama e romance, há um grande mistério no meio disso tudo.

Na história seguimos a autora Yazaki Rio. Ela é uma escritora/roteirista que tem um objetivo claro: fazer um romance tendo relacionamentos como tema principal. Para isso, um evento foi organizado para que ela desse conselhos amorosos e assim, ganhasse ideias que pudessem lhe inspirar em sua nova criação. E nesta palestra ela conhece quatro mulheres que chamam a sua atenção por uma peculiaridade em comum, um homem chamado Ito.

Com tudo isso acontecendo é preciso prestar atenção em algo muito importante nessa obra: os personagens. A própria Rio é muito interessante pois essa mesma reunião que ajudará em seu livro, não lhe traz interesse algum. Na verdade, ela meio que não se importa de verdade com as situações das mulheres envolvidas com o Ito, muitas vezes agindo como se estivesse empurrando com a barriga. Mas isso vai mudando conforme ela vai se aprofundando no caso e tendo seu desenvolvimento.

E cada mulher tem um problema diferente com esse cara. As relações mudam, a forma como elas enxergam ele e até mesmo o tipo de postura dele em cada situação é diferente. Sim, isso pode até ser óbvio, mas não deixa de ser intrigante. Aos poucos vamos vendo qual é a situação de cada uma e com isso, destrinchando um pouco mais sobre ele, ainda que seja muito difícil deduzir quem é (até certo ponto).

Resumidamente, dá para “dizer” que o Ito é um mulherengo. Suas ações causam vários problemas para essas mulheres, que tendo ou não apreço por ele, não conseguem se livrar da situação. E em cada arco vamos ligando os pontos e vendo o desfecho final da relação do Ito com elas. Vale destacar que a Rio não sabe se o Ito das mulheres é o mesmo, algo que acaba sendo confirmado no decorrer da obra.

Todo esse mistério que rodeia o dorama é muito bem trabalhado para que você não descubra quem é o Ito. Mas, a partir de determinado ponto, isso começa a ficar um pouco mais claro por conta de certas cenas e informações jogadas durante os episódios. Juntando isso ao fato que de o final não é tão conclusivo, me incomodou bastante, pois depois de tanta procura, a conclusão ficou devendo.

Sabe nos desenhos de Scooby-doo em que o grupo de protagonistas acha o vilão e ainda tem algumas coisas depois disso? Então, aqui acontece o contrário praticamente, pois quando tomamos conhecimento de quem é o verdadeiro Ito, o episódio simplesmente acaba. Ou melhor, quando poderia haver um confronto interessante entre o Ito e a autora é que a dorama acaba.

De qualquer forma, se tem algo que chamou a minha atenção é como a obra foi dirigida. Durante os episódios nós vamos conhecendo a história de cada uma das mulheres e enquanto isso temos comentários da Rio. É como se ela estivesse na cena sendo um fantasma, o que acaba sendo bem curioso pela abordagem escolhida e claro, pelos comentários que ela faz.

Enfim, se eu comentar sobre mais aspectos posso acabar dando informações desnecessárias. Vale destacar que a obra possui um filme de 2 horas de duração que foi lançado ano passado (2018) e é basicamente uma versão comprimida do dorama, ou seja, quer assistir o dorama mas não tem tanto tempo assim? O filme pode ser uma boa opção (apesar de que esse dorama é bem tranquilo de terminar).

  1. Acho que, ito procurou pessoas com problemas e de certa forma, fez essas mulheres mudarem, encararem de frente teus problemas, isso fica bem claro em cada uma das situações, e o final fica a entender no meu ponto de vista que ele fez tudo isso para chegar na garota (E) que não e nada mais nada menos que a própria roteirista principal, que por consequência também começou a de certa forma a encarar teu próprio problema devido a ele, seu aluno. Mas de fato.. poderia ter mais episódios.

  2. Triste ver mulheres são bobas, ingênuas, caindo na lábia de caras como Itu. Achei irritante os dois primeiros episódios, e parei de ver. A conselheira empurra -sadicamente- as apaixonadas pelo Itu chupim, sem nenhum remorso. Melhor assistir “Inventando Ana”, ou “O golpista do Tinder”.

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