Spy x Family se despede com um episódio magistral em que a Operação Strix voltou com tudo ao nos apresentar um “boss final” ardiloso, um príncipe simpático, uma heroína dorminhoca e o Pelé da espionagem metendo dois gols em uma final de Copa do Mundo.

Lembrança feita ao Rei do futebol, precisamos falar da Rainha deste anime, que é a Anya, mas, principalmente, dos homens que a rodeiam, que dependeram dela para o sucesso de seus planos, mas tinham questões mais pungentes a tratar dessa vez.

Sem o “incentivo” da pequena o Damian não teria seguido com a ideia inicial de encontrar o pai, assim como o Loid não teria encontrado a oportunidade perfeita para se aproximar e investigar minimamente o Donovan. Até ter saído de cena mais ajudou que o contrário.

Imagina a Anya na presença do “Rei Demônio,” o quanto de besteira ela não poderia ter falado, assim levantando suspeitas do político? Em outro contexto isso não seria tanto um problema, mas com a roupagem que o trecho teve, mas sério que a média do anime, foi crucial.

Aliás, essa roupagem foi justamente um dos pontos fortes desse episódio, pois passou uma carga de seriedade condizente com a grandeza da missão, além de ter tornado o personagem do “Rei Demônio” um tanto quanto enigmático e instigante de ver onde pode parar.

Se ele é tão “escorregadio” assim, isso significa que o vilão pintada pelo WISE é tão perigoso quanto o Twilight imagina? Além disso, as tentativas de conduzir a situação em benefício próprio enquanto colhia informações diversas do espião encorpou muito o trecho.

A escrita foi afiada e trabalhou não só a favor dos interesses primários da missão (sondar o alvo e descobrir coisas como sua segurança e personalidade), como também de interesses secundários, tipo dar uma ajudinha com a imagem da Anya perante o Damian.

O Loid não sabe que o pequeno tem grande interesse em sua filha e que tal apreço tem tudo para ajudar na missão, então ele precisava cavar essa via “interna” no cenário que se apresentava a sua frente, como se apelasse a um pai por intermédio de seu filho.

O problema é que a roupagem dada ao político não passa a impressão de que ele se importa com o filho a ponto de desistir de uma guerra por causa dele (seja de forma direta ou indireta). Mas será que isso não é apenas o que a história quer nos induzir a pensar?

Digo, quem garante que o Donovan não é “frio e calculista” dada sua posição, mas no fundo (e bota fundo nisso) se preocupa sim com a família? Qualquer que seja o cenário não vejo o Twilight matando o político, mas não espero que a paz seja selada com sorrisos também.

Spy x Family pecou em objetividade e consistência a temporada toda, mas brilhou nos momentos chave, os quais existem para nos lembrar da importância e possibilidades de alguns personagens, assim como solidificar a base para o sucesso da missão.

A Anya dispensa comentários, ela é a grande estrela da obra e brilhou de novo ao ser a Anya que a gente conhece e aprendeu a amar, mas também foi bacana ver mais do Damian (em sua busca por aceitação fraterna) e do próprio Twilight (justificando o título de Pelé da espionagem).

Até a próxima!

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