High Card é um anime original de ação do Studio Hibari. Segue abaixo a sinopse extraída da Crunchyroll (o streaming oficial do anime).

 

“Depois de saber que seu orfanato está prestes a fechar devido a problemas financeiros, Finn Oldman vai a um cassino para ganhar uma fortuna. Lá, Finn se vê envolvido em uma intensa perseguição e até tiroteio desencadeado pela “carta da sorte” de um homem. Finn eventualmente descobre que a ordem mundial é controlada por quem tem um baralho de 52 cartas “X”, que podem conceder habilidades sobre-humanas. O rei de Fourland comissionou diretamente um grupo secreto de jogadores chamado “High Card” para coletar essas cartas, que estão espalhadas por todo o mundo. Esse grupo trabalha sob o disfarce de funcionários da fabricante de carros de luxo Pinochle. Agora, escolhido como o quinto membro do grupo, Finn está prestes a embarcar com o resto do pessoal numa perigosa busca em busca por essas cartas poderosas!”

 

Essa sinopse safada conta bem mais do que a estreia mostrou, mas eu diria que essa estreia, apesar do começo sem nenhuma explicação, se saiu muito bem em nos passar sua mensagem. Há um baralho de cartas mágicas, um garoto de bom coração e perigo constante.

Esses são elementos que tendem a entregar uma boa animação de ação com suas pitadas de drama, ao menos se explorassem o plot do protagonista, um garoto órfão que quer salvar o orfanato em que vive. Na moral, aceito super bem até ele matar em prol desse objetivo.

A vida de gente gananciosa, que mata os outros atrás de poder, não pode valer mais que a vida de crianças inocentes e fofinhas, né? Ao mesmo tempo, também não acho que deve valer menos, então vai ser interessante ver o quanto e como Finn sujará suas mãos de sangue.

Claro, isso se essa seguir sendo uma questão na trama, que, segundo sua sinopse, me passa a impressão de que focará mais em aventura e ação que no drama. Até porque, convenhamos, o tal rei pode salvar um orfanato em prol de um lacaio habilidoso, não é mesmo?

Quanto as personagens, gostei do protagonista e dos outros apresentados, ainda que a ação tenha tomado a trama de assalto já em sua estreia e não tenhamos tido tempo para conhecer ninguém além do Finn. Inclusive, adorei o dinamismo da apresentação como um todo.

Ao invés de falar, a direção optou por mostrar, e o fez explorando várias possiblidades de seu roteiro. De um lado tem quem queira recuperar as cartas, de outro quem queira roubar, tem quem entrou na história de gaiato e se ferrou e quem entrou e achou ali uma oportunidade.

Essa “brincadeirinha” com a sorte casa perfeitamente com a premissa e o fio condutor da história, que são as cartas. O quanto o drama ou a comédia contribuirão para encorpar a história eu não sei, mas se for do nível dessa estreia creio que High Card estará em boas mãos.

Ademais, devo pontuar que não achei a animação exatamente acima da média, mas foi suficientemente competente e bonita para entregar a ação almejada, passando a devida urgência das situações e o senso de perigo com violência gráfica não exagerada, mas não nula.

Por fim, indico High Card? Para um anime original achei a estreia muito boa naquilo que se propôs a fazer, bem alinhavada com sua proposta e devidamente dosada para não soar confusa e nem soar vazia. Consegui me importar com o herói e quero vê-lo salvando seu lar.

Até a próxima!

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