Finalmente Dr. Stone está de volta ao Anime21! E o que Senku e sua turma aprontaram nesse meio tempo? Muita coisa. Tsukasa ficou em segundo plano e foi dado espaço a construção do reino da ciência, com direito a novos aliados e novos desafios. Muito empolgante, não é? Sim, e vamos ao texto!

O prólogo da aventura no mundo de pedra já com os 3.700 passados, mas Senku sozinho, foi bem legal porque mostrou que o despertar do Taiju foi um processo. Não que o público já não soubesse disso, mas é sempre bom lembrar como a ciência é um processo trabalhoso e/ou demorado. Não há espaço para a fantasia. Aliás, até há, mas o mais próximo disso é a milagrosa cura que vem da despetrificação.

Se em algum momento o autor conseguir explicar isso de uma forma que não abuse do conhecimento científico do qual dispomos nessa época Dr. Stone vai ganhar todos os pontos do mundo comigo, mas até lá o caminho é longo e vou dar um spoiler, isso não vai ocorrer até o final da primeira temporada.

Sabe outra resposta que muito me interessa? Como se deu e porque se deu a petrificação em massa de seres humanos e pombos, e se foi só dessas espécies mesmo, no mundo. Acho que esse é um dos desafios de Dr. Stone a fim de não apelar à fantasia, mantendo seus alicerces na ciência pura e simples!

Enfim, Senku “volta à vida” e o Taiju diz o nome do anime em alto e bom som. Foi aquele tipo de situação que deu a entender que a história ainda vai acontecer de verdade, como se até essa parte do sexto episódio tudo tivesse sido apenas um grande prólogo. Sendo assim, qual é a história para valer a ser contada em Dr. Stone? A construção do reino da ciência para combater a utopia hipócrita do leão?

Eu acredito que sim e é sobre isso que o final desse sexto episódio e os seguintes tratam, mas antes de seguir em frente, faço das dúvidas do Senku as minhas dúvidas. A petrificação foi mesmo um ataque ou apenas um fenômeno natural? Se foi o primeiro caso, por quê? Se foi o segundo, como? O desafio de um cientista nessa situação é justamente descobrir a razão por trás de tudo isso. Cientifica? É claro!

Por fim, o grupo precisa ser separado para que o plano possa seguir em frente. É uma saída lógica? Certamente. Plantar espiões em território inimigo, ainda que você não possa se comunicar facilmente com eles, é uma das estratégias mais velhas e usadas em qualquer guerra. De tal modo, nada mais natural que Taiju e Yuzuriha assumirem esse papel e que Senku confie a garota os detalhes da missão.

É, Yuzuriha foi de donzela em perigo a uma pessoa vital para o sucesso do plano de conter Tsukasa. Vê como a ciência é libertadora? Para a ciência não existe distinção por sexo, cor, porte físico e nem mesmo capacidade intelectual, afinal, mão de obra bruta é crucial, mas estratégia também, e Yuzuriha está desse lado da balança.

Enquanto Taiju fará o trabalho braçal ela vai cuidar dos detalhes técnicos do plano. Um plano que separa três amigos em uma despedida não tão emocionante, mas que abre caminho para a construção um organismo, de uma verdadeira nação científica, capaz de parar Tsukasa.

O exército revolucionário da ciência contra-ataca!

Continuando, quer outro exemplo de mulher forte, ainda que seja uma força diferente da que a Yuzuriha tem, e super útil em Dr. Stone? Kohaku. Ela avança para cima de Tsukasa no que foi uma demonstração clara de seu caráter, afinal, ela viu alguém fazer uma refém e cometer um assassinato e não virou a cara mesmo que a coisa não fosse com ela. Só eu estou curtindo as garotas de Dr. Stone?

O primeiro contato entre o “nativo primitivo” e o “homem branco colonizador”, que surgiu da pedra, literalmente da pedra, não poderia ter sido mais violento, nem mais útil ao Senku, já que ele não só foi quisto como vítima pela Kohaku em um primeiro momento, como também se tornou seu salvador em um segundo.

A ideia da construção da polia foi excelente, mas é do Senku que estamos falando, é o tipo de saída lógica para um problema em que ele pensa como respira. Dois coelhos fisgados, não é? E assim o sexto episódio termina, abrindo o melhor canal de comunicação possível entre Senku e uma das “nativas” que ele tentará “converter” em cidadã de seu reino da ciência. Enfim, vamos a bola sete!

É leoa em pele de ovelha que chama?

Quando um povo não tem noção do que é ciência trocar o termo por “feitiçaria” não é nada estranho e talvez explicar a eles que todos os “truques” que a ciência permite em nada são sobrenaturais seja um desafio ainda maior para o Senku do que convencer as pessoas da vila a irem para o seu lado.

Mas esse sequer é o objetivo dele, o que ele quer é mão de obra, pessoas que o sigam, e para isso focar seus esforços em “conquistar” a vila em que Kohaku mora já basta, será o objetivo dele por um tempo.

Para isso será necessário que ele pule ainda mais etapas em diversos campos nos quais a ciência atua e também olhe para esse povo com humanidade. Diferente de Tsukasa, o poder que Senku emprega é o conhecimento e para lidar com uma enfermidade de maneira eficiente o conhecimento humano é sem dúvida a maior arma que nós temos.

Então sim, curar a Ruri é a chave para os planos de Senku, e ainda que não fosse tenho certeza de que ele buscaria uma forma de curá-la. Senku adora um desafio!

O primeiro contato do Senku com outros moradores que não a Kohaku não foi nem ruim e nem tão bom, mas o nível de conhecimento científico deles ser tão baixo com certeza ajuda. Não que o herói vá trocar ouro por espelhos, mas a tática que ele usa no episódio seguinte já é uma demonstração disso, que vale tudo, desde que não seja nocivo, para conquistar a confiança dos moradores. Aí aparece o Chrome para mostrar que o Firefox não está com nada. Zoeira, o Chrome simboliza algo importante!

Mesmo que o Senku tivesse sido morto, o conhecimento científico, ainda que confundido com feitiçaria, jamais se perderia e o navegador de internet é a maior prova disso. Ele é um Senku versão miniatura (ou seria melhor dizer um aprendiz de Senku?) que tem muito a contribuir, pois, apesar de ter um conhecimento adquirido de maneira espontânea, não o falta curiosidade e motivação, afinal, salvar a garota que ele gosta depende da ciência. Aliás, tudo em nossas vidas depende da ciência, né?

As tentativas de impressionar o protagonista foram cômicas e eu diria que seriam de dar pena se não fossem louváveis, visto que a ciência começou assim, da experimentação, dos detalhes mais triviais, das ações mais simples. Senku só tem todo o conhecimento acumulado há milhões de anos pela humanidade, pois teve quem desse o primeiro passo sem medo de se expor ao ridículo para os outros.

Chrome >>> Firefox

Então, qual você acha que é a doença da Ruri? Seria uma doença autoimune ou é uma pneumonia? O fato é que eles não têm como saber e não têm como tratar, mas partindo do pressuposto de que as condições dela não são tão ruins, não ainda, preparar um medicamento que sirva para uma infinidade de enfermidades é o caminho mais sensato. Muito trabalhoso, mas com maior chance de êxito no fim.

Nesse meio tempo Chrome ouve toda a verdade por trás das estátuas de pedra, fica a par de tudo que a ciência é capaz de proporcionar ao ser humano e acaba espontaneamente se tornando uma espécie de discípulo do Senku. Se apenas quando ele queria salvar a amada a ciência já o enchia os olhos, imagina após saber o quão incrível ela consegue ser? Será que foi por isso que ele ganhou esse nome?

Não sei, só sei que o primeiro objetivo, dentro do grande objetivo do Senku, se tornou a produção de antibiótico e é isso o que nós vemos no episódio seguinte. Com direito a novos personagens e rámen!

Dois milhões de anos da história da humanidade dentro de uma cápsula.

O diagrama que explica o passo a passo para a produção da penicilina é bem legal, mas é sério, nunca tente repetir isso em casa. Além de ser difícil de conseguir também vai ser perigoso, mas confesso que queria saber se o autor pôs a mão na massa e tentou fazer algumas coisas retratadas na obra. Até para ver se era mesmo viável, como parece ser no anime, na prática. Tenho certeza de que nem tudo ele deve ter tentado, e creio ser esse o caso da penicilina, mas, e quanto ao rámen? Sendo ele eu tentava.

Seria chato explicar o que é a penicilina em detalhes, né? Mas posso contar uma curiosidade que talvez, acho difícil, você não saiba. A penicilina foi o primeiro antibiótico e ela vem de um fungo, sendo uma das descobertas mais importantes para a medicina.

Feito que marcou o nome de Alexander Fleming na história e vai marcar o do Senku por ser o primeiro personagem fictício a produzir penicilina em condições tão adversas? Digo, do Senku e dos moradores da vila porque a gente viu o trabalho que dá.

Dividindo o trabalho em etapas conquistar o ferro se tornou a primeira tarefa a ser cumprida, mas para isso era preciso mais e por que não contar com a ajuda de uma melancia prestativa que é um doce só?

Não tente fazer isso em casa. Tem na farmácia mais próxima.

Acho que já contei em algum outro artigo que leio o mangá de Dr. Stone, né? Então, a Suika é uma das minhas personagens favoritas não só porque ela é fofa e simpática, mas porque e muito mais útil do que acha. Até poderia dizer que ela é a mascote da turma, mas deixo essa função para o cãozinho, prefiro elogiar seu faro para conseguir informações, vamos fingir que os moradores da vila não sabem reconhecer a melancia que ela tem na cabeça, e o que isso trouxe de divertido a esse oitavo episódio.

Mas antes de chegar na comida, não poderia deixar de falar sobre o conhecimento da civilização que é passado adiante pela Ruri. De quem ela adquiriu esse conhecimento? De seres humanos que sairam da petrificação muito tempo antes ou de pessoas que não foram petrificadas e são os antepassados dessa comunidade primitiva? Parece que há algo muito importante a ser desvendado por trás da Ruri.

Eu sei? Não vou dar o spoiler de que sei ou não sei qual é o spoiler, mas posso garantir que Dr. Stone ainda tem muitas respostas a dar. Tudo a seu tempo, é só o Senku que pode pular etapas nesse anime.

Acho que o Naruto ficaria orgulhoso da ideia geniosa que o Senku teve para produzir rámen e o tio do rámen, de longe o melhor personagem da história do pai do Boruto, preocupado com o rival nos negócios. Zoeiras a parte, a ideia do rámen improvisado foi sensacional e deve dar uma facilitada para o que o cientista está tentando fazer.

Mas não tenha pressa, mesmo o antibiótico é só um dos muitos desafios que o herói e seus aliados terão que enfrentar antes mesmo de bater de frente com o Tsukasa.

Aliás, o vilão deu uma sumida nos dois últimos episódios, mas, sejamos honestos, é bem mais interessante ver o reino da ciência sendo construido aos pouquinhos que ver ele “revivendo” os outros.

Passei por cima de alguns detalhes que gostaria de comentar para o artigo não ficar ainda maior, mas no geral posso afirmar que estou bem satisfeito com o anime. Está divertido, a explanação científica não está chata e os personagens que estão aparecendo são simpáticos.

Principalmente a Kohaku, aliás, me despeço com uma sessão de admiração a sua beleza. Uma mulher pode ser forte e leoa, uma super gata, tudo ao mesmo tempo, nada impede. Como nada impede Dr. Stone de ser divertido e educativo.

Até a próxima!

O tio do rámen que se cuide agora que o Senku entrou no ramo!

Sessão de apreciação a leoa de Dr. Stone

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