Por que trouxe artigo do OAD antes de trazer um artigo do filme? Porque esse especial conta uma história do Mafuyu e do Uenoyama que não entrou no longa, passando uma ideia de continuidade do anime. O filme foca no Haruki e no Kaji, é algo diferente da série animada.

Em todo caso, o importante é que Given voltou ao blog e se depender de mim vai sair ainda mais coisa sobra a obra com o tempo. Artigo de filme? Do mangá? De uma segunda temporada (que haverá, tenho fé)? Vamos falar do choro das cigarras e das várias facetas do ser humano?

Quem é o responsável pelo choro das cigarras? Machos ou fêmeas? Isso importa? Não, essa cena inicial existiu só para dialogar com a apreensão que o Uenoyama sofre quando o Mafuyu vai dormir na casa dele, o tipo de coisa que a gente espera quando envolve “sexo” e um “virgem”.

Antes de chegar nesse momento, temos a conversa do casal de namorados na sala de aula, um momento que a meu ver deixou transparecer mais saudades que ciúmes, e terminou magistralmente, com um beijo roubado do mais tímido entre os dois.

Gostei muito de como esse OAD começa com beijo para focar em outras questões depois, mais sentimentais e relacionadas ao Mafuyu, aquele cujo outro lado está sendo visto, e gostado, pelo Ue, um namorado que parece ter o pavio curto, mas na verdade é atencioso e sensível.

Enfim, na sequência desse momento fofo o que vemos é mais um momento fofo em um “date” dos protagonistas com direito a Mafuyu de yukata, conversa entre amigos e um pouco de um questionamento pertinente ao Mafuyu dessa vez, afinal, ele estava escrevendo uma música.

Isso fica um pouco em stand by para dar lugar a hilária cena do Mafuyu estalando a língua para o Ue e toda a tensão que cercava sua ida a casa do namorado. Sorte (ou seria azar?) que a família do Ue estava em casa. Transar nessas circunstâncias deve ser um desafio “intrigante”.

Lembrando que o Mafuyu não é mais virgem, mas não era bem isso que ele procurava ao dormir na casa do Ue, como também não procurava lembrar do Yuuki devido ao relógio, mas aconteceu, esses sentimentos lhe tomam de assalto em hora e lugar compreensíveis, convenhamos.

Porque ele estava na casa do novo namorado e é uma pessoa sentimental que não conseguiria imprimir tanta sinceridade em suas letras não fosse justamente essa sua personalidade, que e bem tratada pelo Ue, que não quer ver alguém que ele ama chorando sozinho.

Nisso esse OAD foi bem feliz, pois o Ue não parecia assim tão preparado para transar, além do cenário não ser o melhor, fazendo mais sentido que apoiasse o Mafuyu e o passasse a confiança de que ele precisava para avançar em seu processo criativo sem ter uma “recaída” sentimental.

Na sequência nós vemos o quarteto na lanchonete conversando sobre a participação no concurso e a produção da nova música. Na verdade, sobre que música tocar, uma antiga que teria vantagem por um lado, ou a nova, que mostraria novas cores da given.

E esse novo lado da banda é também um novo lado do Mayufu, seu letrista e vocalista, quem traz o lirismo a música que os quatro produzem. Em uma banda fica difícil combater o argumento do Ue, ainda mais após o que o Mafuyu já mostrou ao explorar apenas um lado seu.

Essa perspectiva diferente, simbolizada pela mudança de abordagem que o Ue cita para o Mafuyu, é nada mais que uma perspectiva de desenvolvimento do personagem, para que ele não apresente só um estilo de música, afinal, em seu coração reside vários tipos de sentimento.

Um desses sentimentos vemos sendo “retornado” ao Ue, que apoia o Mafuyu quase que incondicionalmente e, de maneira mais sutil, também tem esse apoio dos amigos, que podem parecer de conveniência, mas sinto que eles entenderiam e respeitariam as decisões do amigo.

Claro, essa é só minha impressão, a sociedade é muito preconceituosa, ainda que Given explore bem pouco isso. Será que isso mudará em uma eventual segunda temporada, ainda mais após o pós-créditos do OAD ter “anunciado”, para quem não viu o filme, a formação de outro casal?

Por fim, Yoru ga Akeru, primeira faixa do EP gift da banda Centimillimental, que “encarna” a given no anime, é cantada no gogó pelo Mafuyu para o Ue em uma cena encantadora que não só remete a momentos marcantes da primeira temporada, como cativa demais o co-protagonista.

Uma letra que reflete os sentimentos de quem canta impacta demais quem conhece a pessoa e esses sentimentos, que no caso seria o Ue. Ele, inclusive, demonstra uma cumplicidade tremenda em sua relação com o Mafuyu na belíssima cena em que os dois conversam sob a luz da lua.

Dessa vez o Mafuyu demonstrou sentimentos diferentes, por um lado amargos, por outro conscientes e seguros de si. Não foi o suficiente para ganhar o concurso, vencido pela banda dos amigos de infância do Mafuyu (dois “opostos” que se atraem), mas foi o suficiente para me cativar.

Cativou você? Duvido que não tenha tido esse efeito. Aliás, aproveito para elogiar a nova ED, tanto para a composição das cenas, quanto pela música, Uragawa no Sonzai, que dá nome a essa especial. E uma pena a baixa qualidade do vídeo, mas não atrapalhou muito para ver.

Mafuyu agora já não é mais indiferente, e nem apenas um garoto triste, ele também fica nervoso (apreensivo por subir no palco e cantar sua música) e é ganancioso (por querer ser ouvido e evoluir mais e mais), nos mostrando um outro lado seu do qual eu não poderia gostar mais.

Até a próxima!

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