Mahou Tsukai no Yome voltou com tudo, de modo emocionante e com um arco que eu nunca imaginaria para essa história. Por que meter escola a essa altura do campeonato? Talvez para fechar feridas abertas do passado, expandir o leque de personagens e mostrar outras facetas da Chise? É isso com certeza.

Aliás, os ovas mais recentes têm uma conexão com esse arco, mas não vou comentá-la, guardarei minhas impressões desse “spin-off” para o artigo dele, que vai sair uma hora ou outra. O que não vai sair uma hora ou outra é o Elias da vida da Chise. Isso é bom? É ruim? É necessário, eu diria.

Por quê? Porque ainda há muito a se trabalhar sobre esses dois personagens, juntos. Além disso, o quão bom pode ser o Elias como professor? E a Chise como aluna então, olha só a maravilha! Mas claro, o foco não é em seu fofo fardamento ou em fofoca adolescente e sim no desenvolvimento da heroína.

Sim, o Elias vai continuar na cola dela, mas não, ele não estará invadindo sua privacidade ou impondo suas vontades. Respeitar as escolhas e a individualidade da Chise compõem mais e melhor a humanidade do próprio Elias, tornando-o mais gostável aos nossos olhos, e em “evolução.”

Afinal, o que não muda é pouco ou nada interessante em um drama, ainda mais quando esse drama se propõe a combater traumas do passado e construir uma relação que vai além das convenções sociais. E isso vale também para a Chise, que quer mudar de “perfil” ao aceitar o convite para a escola.

Com isso a narrativa ganha em outra esfera, que é a presença de novas personagens e dramas, com essas tendo a mesma faixa etária, e provavelmente outras similaridades (não à toa receberam a carta de Hogwarts) com a Chise. A história tende a se tornar ainda mais pessoal, ainda mais sobre essa jovem.

Apresentar uma colega de quarto mal-humorada e uma stalker “desmaiante” (botando a heroína do outro lado, como se estivesse se vendo ali) fez bem o seu papel em atiçar o interesse por essas meninas, que devem ter problemáticas interessantes e que levarão a Chise a entroncamentos inesperados.

Não vejo esse arco seguindo até o fim da obra, mas sinto que ele pode ser importante após mais de 20 episódios sobre o mundo mágico na porta ao lado. Para contrapor com uma “normalidade” e desafiar a heroína em seus traumas e adversidades outras, que dessa vez podem dá-la amizades “normais.”

Por fim, os gatos falantes foram um charme, curti também a enfermeira e os outros personagens novos e velhos que apareceram, mas o mais importante a gente sabe o que é, uma história em movimento, uma historia viva que não vai deixar você respirar sem um suspiro de contentamento.

Até a próxima!

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