Kakushigoto – ep 11 – A verdade colorida de um passado remoto
Que se faça luz. Ou melhor, que se faça sombra. Que a confusão e o mal entendido nasçam no coração do homem.
Kakushi, nosso pai de família, sensato e presente, é convidado por sua Hime para uma reunião importante. Ele esquiva para se preparar adequadamente para a situação.
Sua filha compreende e lhe garante o tempo de que precisa para pensar.
O interessante desse episódio é que o dilema de nosso mestre é compartilhado por seu ímpio editor. O gatilho é pressionado, uma reunião se assoma no horizonte. Tanto o editor quanto Kakushi refletem sobre a situação, e auxiliados pela professora de Hime, descobrem o valor da comunicação entre pares.
O poço, lugar sagrado que prove o líquido da vida, edificasse como o melhor lugar para a transmissão dos fatos corriqueiros da socialização. Quem tem sede, tem palavras a comunicar.
Hime, incentivada por suas colegas da agência de detetives do primário, como membro responsável e parte do conselho central, aceita a ajuda de suas companheiras na jornada em resgate a tradição das reuniões ao redor do poço.
Enquanto isso, também acompanhamos o maquiavélico plano gourmet do editor de nosso mestre. Pressionando as pontas certas, ele concretiza sua ambição alimentar, mas como consequência, infecta de caos a preciosa relação entre o seu chefe e o seu protegido. Kakushi, desnorteado pelo impacto de um possível cancelamento de sua obra, se vê em pleno desespero resignado, mas com o apoio de sua equipe, eleva o seu auge perante o esplendor de sua técnica, e sem lastros, medos ou arrependimentos, oblitera o destino com o seu golpe final fulminante. Uma obra deve renascer frente a sua morte. Deve morrer e alcançar o patamar divino de excelência.
Os desvelos consequentes dos equívocos de comunicação, que uma reunião deveria por missão resolver, são postergados em eventos conflitantes. Por um lado, Hime, após a descoberta do sagrado poço, consegue, mesmo que sem completo glamour, efetivar a mensagem desejada. O editor, consegue sobreviver a própria corrupção de sua alma. Kakushi consegue reaver o brilho da estabilidade, ao descobrir que sua obra não será cancelada, e ainda ganha páginas coloridas a tanto tempo merecidas. Sua equipe adia os planos de liberdade, mas apoiam o esforço laborioso de suas carreiras pessoais, que se localizam acima de qualquer lampejo de mimos outros.
Hime, nosso pilar de afeto, recebe de seu pai o adequado prêmio para que possa levar a festa de aniversário da amiga. Os frangos fritos, indispensáveis em qualquer comemoração, tomam o seu lugar de direito.
Kakushi, por sua vez, cumpre com êxito máximo, a sua promessa de garantir a sua filha o melhor aniversário que ela poderia sequer imaginar. Reuni todos os honoráveis amigos, sejam seus, sejam dela, e comemoram em grande estilo, com muito frango frito, muito amor e felicidade.
Como se não bastasse a promessa inicial, ela tem um bônus extra, a festa particular, onde apenas Kakushi e sua filha podem participar. Hime ganha uma caixinha de música, uma lembrança inesquecível de seu pai, nas cenas finais do episódio, temos a revelação do maior segredo, junto ao qual está escondido o mistério central dessa obra, e o qual nos será apresentado em seu ato final, no último e derradeiro episódio. Força pessoas, até a próxima.