Está acompanhando o mais incrível anime da temporada até agora? Espero que sim! Mesmo que a história não seja exatamente do seu gosto, mesmo que você não se identifique tanto com o tema (e eu me identifico enormemente), é impossível não reconhecer o espetáculo audiovisual que Fune wo Amu entregou nesses dois episódios. A fotografia, a expressividade das cenas, a trilha sonora. Estou assistindo muito menos animes do que gostaria até agora, mas duvido que haja outro no mesmo nível. Talvez Yuri!!! on Ice? Pretendo, mas não assisti ainda. Espero muito das cenas de patinação, mas como em todos os esportivos acredito que as demais cenas não devam ser mais do que apenas competentes. Assistir Fune wo Amu por outro lado não te deixa desgrudar os olhos da tela por um instante que seja.

E nada disso é apenas colírio para os olhos: o enredo é contado mais pela animação do que pelas palavras dos personagens, o que é uma deliciosa ironia para uma história sobre a produção de um dicionário. Não tem pontas soltas, ao final de cada episódio tudo se encaixa de forma lógica e harmônica. E sobre o que é, afinal, Fune wo Amu, que desceu dos céus para salvar o mundo do anime?

Sobre a produção de um dicionário?

Não.

Esse é só o pretexto de Fune wo Amu. A história em si é fortemente orientada a seus personagens e retrata de forma angustiante o momento que cada um passa pela vida. E não apenas isso mas, no caso específico do protagonista, a escolha que ele está fazendo (ou melhor, a escolha que a vida fez por ele), o caminho que ele irá seguir daqui por diante, o que o definirá, aquilo que um dia ele poderá contar aos jovens: “e é isso que eu fui, essa foi a minha história”. E é por isso que eu, à beira de completar 34 anos de idade e ainda sem ter encontrado meu caminho na vida, me identifico tanto com esse anime.

Quando eu estava no final da minha adolescência, com 18 ou 19 anos, eu escrevi uma “carta para mim mesmo dez anos no futuro”. Dez anos se passaram e eu nunca li a carta. Não lembro direito o que escrevi nela, só lembro vagamente que foi um monte de bobagem, coisas que me faziam pulsar o sangue naquela época bem específica da minha vida, e que provavelmente nada daquilo se concretizou. Não tenho medo de ler, não tenho uma desculpa boa para não ter lido nem me acho um tolo por tê-la escrito em primeiro lugar. Quando chegou a hora de ler simplesmente achei fútil. Ainda a tenho, talvez leia um dia. Talvez escreva outra carta dessas. O importante é que naquela época eu achava que estivesse vendo uma estrada se abrir na minha frente e achei que eu a seguiria.

Ou, para emprestar metáforas de Fune wo Amu, achei que havia encontrado o navio que me ajudaria a cruzar o oceano da vida. Majime, ao contrário de mim, certamente o encontrou. Um trabalho de dez anos (no mínimo!). Em algo que ele gosta e é bom! Enquanto isso, qual é meu sonho, meu caminho? O blog? Não seria ruim. Mas não sei se é possível. Não sou insatisfeito com meu trabalho como programador, só não sei se é o que quero como vida e profissão, ou mesmo que seja, não sei se encontrei exatamente o que eu queria fazer nessa área.

Esse foi o primeiro contato entre Majime e Nishioka. Eles vão ter muito tempo juntos de agora em diante...

Esse foi o primeiro contato entre Majime e Nishioka. Eles vão ter muito tempo juntos de agora em diante…

Majime deve estar vivendo todas essas incertezas, todas essas angústias. E ele, a despeito de todo seu gosto pelas palavras, é terrível em se expressar. Exceto quando está declamando definições de palavras e expressões, ou seja, exceto quando não está definindo a si mesmo e aos seus sentimentos. Para os mais velhos, que já passaram por isso, ele parece tão simples, tão óbvio – assim como ele parece para mim, em minha posição privilegiada de expectador. Por um lado o anime afirma, vindo da boca do Matsumoto, que as palavras são fundamentais para que as pessoas consigam se comunicar. Por outro lado Take, a velha dona da pensão, entende o Majime sem que ele pronuncie uma única palavra. Para terceiros ele pode parecer óbvio, mas sua dificuldade de expressar o que sentia para sua senhoria reflete sua dificuldade de entender a si mesmo.

Algumas coisas já começaram a se insinuar nesses dois episódios. A relação entre o Majime e o Nishioka como colegas de trabalho não deve ser tão fácil, pelo menos no começo. O Nishioka desde o começo só faz falar mal do Majime e, apesar das diferenças de personalidade dos dois que justificam em parte isso, é difícil não acreditar que pelo menos um pouco não tenha a ver com seu desejo muito simples e egocêntrico de se impôr como o funcionário mais velho do departamento. Depois da cena em que ele escutou Majime e Araki por trás das portas enquanto eles conversavam, acho que isso ficou mais claro do que nunca: Nishioka sente inveja do Majime. Mas não acho isso no sentido ruim. Quero dizer, é apenas natural que o Nishioka se sinta mal, deixado para trás, não é? Ele era o funcionário do setor há mais tempo, o cara que trabalhava com o Araki, e ao invés do projeto do novo dicionário ser delegado a ele, como seria de se esperar, seu ex-chefe moveu mundos e fundos para encontrar outra pessoa: o Majime. A frustração do Nishioka é completamente compreensível, e os dois vão ter que aprender a conviver juntos. É um projeto para pelo menos dez anos, afinal.

Mesmo sem nenhuma palavra dita ou escrita é perfeitamente possível saber o que se passa na cabeça do Nishioka

Mesmo sem nenhuma palavra dita ou escrita, é perfeitamente possível saber o que se passa na cabeça do Nishioka.

E ao final do segundo episódio aparece a provável interesse romântico do Majime. Neta da senhoria? Pela situação toda é de se esperar que ela tenha lá sua boa dose de problemas também, e parece que agora eles irão dividir o teto (e o gato). Ele se sentiu imediatamente arrebatado por ela, a cena não deixa muito espaço para interpretação, mas e o que vem agora? Trabalho novo, um objetivo de vida novo, problemas novos, e uma paixão? Será coisa demais para o Majime lidar? Não sei você, mas eu estou ansioso para ver como essa história vai continuar!

Pensa bem na resposta, Majime! Mar não pensa demais pra não perder o timing e ... argh, as palavras me fogem!

Pensa bem na resposta, Majime! Mas não pensa demais pra não perder o timing e … argh, as palavras me fogem!

 

Revisado por Tuts

  1. Majime é o ponto forte da trama. Pessoalmente gosto da forma como ele é capaz de encontrar definições diferentes e pensar detalhadamente no que poderia estar errado naquela definição, o que é uma questão que tradutores têm de lidar diariamente. Um homem problemático que tem dificuldade para se expressar, em contraste com Nishioka, totalmente sociável. Como você mesmo disse, eles terão muito tempo para resolver estas diferenças. E todas essas explicações sobre como dicionários são feitos me deram arrepios, mais que o belíssimo encontro na última cena.

    Eu penso que este pode ser o meu segundo anime favorito desta temporada.
    Fora isto, ótimo post. Até!

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Segundo anime? E qual é o primeiro? =O

      O Majime é muito introspectivo. Isso ao longo de sua vida o tornou alguém perfeito para um dia produzir um dicionário, mas também provavelmente o deixou com muitos problemas de socialização. Ele era um vendedor desajeitado. Ele não tem amigos. Aparentemente, nem com a família se mantém em contato o suficiente para justificar ter um celular que seja. Ele aprendeu muito sobre tudo o que conseguiu observar ou estudar. Mas sem experiência de vida ele não entende muito bem a si mesmo, não entende muito bem como se fazer entender pelos outros e fica sobrecarregado pensando sobre como transmitir exatamente o que está pensando ou sentindo. Ele nunca aprendeu que “bons amigos” não precisam colocar tudo em palavras para se entender.

      Acho que só uma catástrofe evitará que Fune wo Amu não termine como meu anime preferido da temporada. Provavelmente do ano. E com grande chance de entrar na seleta lista de meus animes preferidos de todos os tempos.

      Obrigado pela visita e pelo comentário =)

      • O Majime sofre de uma espécie de desconforto emocional excessivo, uma preocupação em relação a situações sociais. O seu passatempo favorito é observar as pessoas subindo escadas rolantes, um sinal de uma mente que, em termos gerais, é incomum. Claramente pode ser observado que ele já leu centenas e talvez até milhares de livros, mas ele ainda não tem uma maneira de se conectar com as pessoas ao seu redor em uma questão significativa, com exceção da velha senhora que é dona da casa em que vive. Para ter uma boa relação com seus colegas de trabalho, ele só precisa ser ele mesmo, assim como faz na presença da senhoria.

        Em primeira vista, o que considero o melhor do ano trata-se de Rakugo Shinjuu. Nesta temporada, apesar de Fune wo Amu ser sensacional, ainda estou em dúvida ao compará-lo com Sangatsu no Lion. Acredito que eles serão os melhores do ano, sem dúvida alguma, a menos que os diretores enlouqueçam e estraguem o anime.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        É, então, por essa e outras que eu me identifico muito com o Majime, hehe. Eu sou daqueles que não olha pro rosto dos outros quando estou conversando, me sinto desconfortável com isso. Da mesma forma, é difícil eu prestar atenção em pessoas aleatoriamente assim. É mais fácil eu olhar para coisas. O exemplo da escada rolante é ótimo, porque eu consigo contar degrau de escada rolante (é, pois é, sério), mas não fico olhando as pessoas entrando em uma dessas não, LOL.

        Acho que Fune wo Amu e Sangatsu no Lion tem um feeling muito parecido, contam histórias “semelhantes”, mas se passam em etapas diferentes da vida. E eu tenho meus 33, faço 34 daqui uns dias, adivinha com qual me identifico mais? Fora que eu nunca vou ter palavras suficientes para descrever o espetáculo que é a animação de Fune wo Amu =)

  2. Este anime continua a superar-se a cada episódio, não me arrependo nada de o ter começado a ver (em grande parte pela tua primeira impressão do anime). A animação continua linda, aqueles gestos do Majime quando ele explica o significado de uma palavra são super fluidos, já para não falar nos detalhes dos olhos dele cada vez que ele observa alguma coisa com muita atenção. Em termos de trilha sonora até agora é a melhor desta temporada, aquela ending é viciante de tão bonita que é. Fune Wo Amu de certeza vai ser um dos meus animes que mais gostei de ver este ano (bem em primeiro tenho três animes, Rakugo (este para mim tem valor sentimental), 91Days e Fune Wo Amu, estes dois ficam empatados (pelo menos até Fune Wo Amu acabar). Quanto ao primeiro episódio não me vou alongar muito, já que comentei o artigo de primeiras impressões que fizeste sobre o primeiro episódio desde anime. Quanto ao episódio 2 foi o melhor episódio que vi na semana passada, cenários lindos, trilha sonora excelente e além disso uma dublagem que estava um primor, geralmente quando um personagem fala muito, o diálogo fica monótono, mas neste anime não, o tempo voa quando se vê este anime e aqui está uma das grandes qualidades deste anime. O Majime ainda tem um longo caminho a percorrer, ele ainda só embarcou numa viagem que lhe vai mudar a vida quiçá para melhor, pelo menos uma jornada de 10 anos e neste tempo Majime vai evoluir e ao mesmo tempo tentar completar o dicionário que o Araki estava a fazer com o seu colega. A relação entre o Nishioka e o Majime no inicio vai ser difícil, porque cada um tem o seu feitio e determinada maneira de fazer as coisas. O Nishioka parece meio implicante com o Majime por ciúme ou inveja, pois este está a ser muito bem tratado, ele meio que se sente desrespeitado em relação ao colega novo. Aquela parte em que o Araki e o Majime conversão no depósito foi muito bem feita, estava tudo muito bonito. Até agora os meus personagens preferidos são o velho Araki e o Majime, principalmente o Majime, que tem um longo caminho pela frente na sua evolução como pessoa.
    Gostei da introdução da nova personagem feminina, só espero que aconteça um romance entre ela e o Majime, o homem também merece apaixonar-se a vida não é só trabalho. Gostei mais ainda desta introdução, quando percebi que a seyuu que dá voz a ela é a mesma que cantou a opening de Amanchu, Maaya Sakamoto é uma das seyuus que mais gosto de ouvir.
    Revi-me na tua experiência de vida, eu sou bem mais novo do que tu (só tenho 21 anos), mas ainda assim não consegui alcançar nada do que queria, não por não tentar, a vida é que é injusta e não me deixa perseguir os meus sonhos e objectivos de vida.
    Como sempre um excelente artigo Fábio.

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Talvez eu pareça velho pelo que vou dizer agora, mas digo mesmo assim: não acho que a vida seja justa ou injusta. A vida apenas é. Da mesma forma, o Majime vai apenas ter a sua vida, com um propósito maior a partir de agora provavelmente, mas isso não vai ser algo necessariamente melhor ou pior. Vai apenas ser. Ao fim e ao cabo apenas vivemos, entende? Ambição é importante, buscar felicidade, realizar seus sonhos, tudo isso é importante, mas no fundo são apenas detalhes que vivemos em nossos tempos de vida. Apreciar e aceitar as coisas pelo que elas são é parte do que chama-se de “amadurecer”, e nem todo mundo passa por isso, pelas mais variadas razões.

      E aí, pareci velho o bastante? Hahaha!!! Brincadeiras à parte, eu realmente acredito nisso que acabei de dizer.

      Sobre o anime em si, é bem como você disse: fico tão absorvido na trilha sonora, nos diálogos, nos movimentos tão precisos quanto sutis, que ele passa voando e eu termino sem fôlego como se estivesse correndo enquanto assistia. O audiovisual de Fune wo Amu é um espetáculo à parte, é de deixar arrepiado. E a história é isso aí que estamos vendo, uma narrativa honesta sobre viver e amadurecer – e que usa de forma eficaz o audiovisual lá longamente elogiado, não deixando que ele seja apenas um enfeite, que esteja lá de bonito.

      Está sendo uma delícia, e foram apenas dois episódios.

      Obrigado pela visita e pelo comentário =)

      • Eu acho, que se chegar a ver Fune Wo Amu até ao final, vou ficar uma pessoa mais culta, como tu bem referiste no artigo, só este anime pode salvar o mundo do anime.
        Não és assim tão velho, se bem que para mim a idade mental é muito mais importante que a idade física.
        Só espero que o anime mantenha a qualidade excelente como nestes dois episódios, quero ver o Majime a evoluir no seu trabalho e na sua vida pessoal (já coloquei na cabeça que ele tem que ficar com aquela nova personagem da pousada).
        Das coisas que mais gosto deste anime são as dublagens os seyuus estão de parabéns e os próprios personagens em sim são muito bons.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Em todos os testes online bobos de idade mental eu sempre tiro pelo menos dez anos a menos, LOL!

        Preocupo-me um pouco porque a qualidade de animação e a direção estão mesmo impressionantes, e séries para TV raramente conseguem manter isso até o final. Mas estou acreditando em Fune wo Amu, vamos ver 😉

      • Este anime só vai ter 11 episódios, o que para mim é pouco, certos animes mereciam ser infinitos. Como este anime passa no bloco de Tv Noitamina acredito que vá manter a qualidade da animação boa até ao final, quanto ao resto não sei, mas espero que a minha jornada no barcos das palavras seja muito interessante.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Sério que não gostou de Kabaneri? Eu gostei, só achei que o final foi covarde e o Biba foi um vilão mal resolvido (e as duas coisas estão relacionadas), mas foi bastante divertido, gostei dos protagonistas, etc.

      • Eu gostar eu gostei, senão não me teria dado ao trabalho de o ver até ao final, só fiquei desapontado com o vilão e com a forma que acabou. A única coisa que me motiva a ver o anime, eram os teus artigos sobre ele, as personagens e a animação, já o roteiro não tenho mais nada a dizer.
        Agora um aparte, fico surpreendido com a tua capacidade de previsão que tu tens com alguns animes, neste caso Izeta está a ir por aqueles caminhos que tu referiste nas primeiras impressões (seriamente começo a ficar desapontado com aquele anime que considerei por um tempo que poderia vir a ser o melhor da temporada).

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Ah sim, você tem as mesmas restrições que eu a Kabaneri então =)

        Quanto a prever, não tem nada de místico nisso, é só experiência, né? Eu disse que aquela cena da Finé tomando banho no primeiro episódio não me pareceu ser gratuito. No terceiro teve aquela cena muito gratuita da Izetta caindo sentada no tanque e a câmera mostrando só a bunda dela pelo lado de dentro de uma janela. Tudo caminhava pro festival de fanservice que foi o quarto episódio. Estou desanimando também. Se era pra ver isso talvez devesse ter assistido Brave Witches logo de uma vez, né? Pelo menos não me frustraria esperando mais do que o anime tem a oferecer. Mas vamos continuar assistindo (e escrevendo) né, sei lá, potencial ainda tem.

      • Izeta ainda tem potencial, mas se continuar com aquele fanservice cada vez mais descarado, não sei se o verei até ao fim. No episódio 3 aquela cena em que ela se senta no tanque e dá para ver a bunda dela ainda passou, e aquela cena em que ela pede emprestado o rifle anti-tanque de um dos soldado, que close up nas coxas da Izeta,qual a necessidade disso. O episódio 4 foi a gota de água para mim, esteve cheio de fanservice desnecessário, aquela cena em que a tutora da princesa apalpa (posso usar termos menos próprios no teu blog familiar Fábio?) os seios da Izeta foi demais para mim, tudo o que eu queria era um animes histórico sem clichês mas pelos vistos estava enganado. Isso e aquela cena em que uma das empregadas da princesa despe a Izeta para esta tomar banho, que close up foi aquele nas ceroulas e outra vez nos seios da Izeta, eu sei que a Izeta é bem afeiçoada de corpo, não preciso que o estejam sempre a mostrar.
        Eu ainda sou meio crédulo em relação a certos animes, penso que são uma coisa e depois são outra (e eu já vi centenas deles e ainda caio na mesma esparrela).

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        A pior cena de todas sem dúvida foi a da jornalista apalpando a Izetta. Todas as demais podem passar por piada com enquadramento pervertido, mas aquela foi outra coisa. Aquilo não foi engraçado, não foi feito pra ser engraçado. É só fanservice constrangedor mesmo. Até a Izetta ficou terrivelmente constrangida naquela situação, mais do que em qualquer outra. Aliás, tanto pior que ela seja tão jovem e inocente, que aí passa a um fetiche sexual mesmo, a gente sabe disso e não dá pra disfarçar. Se eu estivesse assistindo Keijo ou Brave Witches, que já mencionei, não estaria reclamando de nada. É o que esses animes se propõem a fazer mesmo, afinal. Mas de Izetta eu tinha uma expectativa bem diferente.

      • O impressionante é que só fazem o fanservice corriqueiro com a Izeta, aquele que foi feito para a princesa no episódio 1 foi bem mais discreto. Eu acho que esta situação só vai piorar com o avanço do anime, o director daquele anime de seios (Seikon no qwaser) está lá e já está a deitar as garras de fora. Eu do Seikon no qwaser só vi dois episódios da primeira temporada e jurei para nunca mais, se este director continuar com estes fanservices apelões ainda vai arruinar um anime que tinha tudo para ser dos melhores.

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Olha, no geral não me agrada nenhum tipo de fanservice (exceto em animes que são sobre isso e eu assisto por causa disso, como Okusama ga Seitokaichou, que aliás preciso assistir ainda), mas de fato o fanservice da Izetta tem sido mais invasivo e incômodo que o da Finé.

      • Quem me ver a escrever críticas sobre o fanservice deve pensar que sou um puritano (se bem que sou de um país conservador), mas incomoda que estraguem um anime que teve um começo tão bom com estas porcarias, se eu quisesse ver coisas indecentes e insinuantes ia ao google ele está cheio de sites com este tipo de conteúdo.
        O pior nem é o fanservice em si, é aquilo que ele pode incitar a fazer, aquele apalpar da professora na Izeta não foi para ter graça, como tu bem referiste aquilo era mais um apelo sexual que outra coisa, se até a personagem que foi apalpada sente uma vergonha enorme mais do que o habitual, é por estas e por outras que os japoneses são estranhos. Okusama é um ecchi pesado (às vezes parece um porno) mas a temática do anime é essa, e o anime faz muito bem o que promete nos seus 8 minutos (e tem um fanservice engraçado ao contrário daquele usado em Izeta).

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Pois é, meu problema não é com o fanservice em si (não que eu goste de qualquer coisa também), mas com seu uso inapropriado. Eu sempre me irrito quando um anime parece ser uma coisa e na verdade é outra, ou tem elementos fortes de outra. Incomoda. Vale pra fanservice, vale pra qualquer coisa.

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