“Um episódio… estranhamente idiota”, se eu pudesse simplesmente resumir em uma frase, seria exatamente isso que eu diria. Bom, desta vez, tivemos uma mecânica um pouco diferente com esse episódio, ao invés de uma história, vimos duas, que apesar de curtinhas, não deixam de ser duas. Apesar dos pesares, isso não deveria ser uma novidade, já que na animação antiga havia episódio até mesmo com quatro histórias consecutivas. Aliás, esse episódio novamente não deu as caras na animação antiga, ou seja, vimos histórias totalmente “novas”. Sendo assim, já faz alguns episódios que isso vem acontecendo, então, acho que até mesmo vou parar de comparar essa nova animação com a antiga, pois não existe mais o que comparar entre as duas. Essa nova temporada de Kino, como já disse na frase anterior, é “nova”; ela completamente já consegue se sustentar sem a animação antiga ou coisa do tipo.

Antes da história principal desse episódio, tivemos uma outra história, que de tão pequena não seria exagero chamá-lá de “mini-história”. Kino chegou em algum país — que não é dito qual — e realizou um passeio pela casa do primeiro presidente daquele país, que após sua morte se tornou um museu para comemorar os dias os quais ele foi um viajante. Enquanto lá, Kino e Hermes percebem que basicamente tudo o que tem naquele museu não passa de “coisas normais”, que na verdade os cidadãos daquela cidade meio que “deturparam” os itens que o viajante utilizava, fazendo com que parecessem mais incríveis do que realmente deveriam ser. Após um tempo dentro do museu, eles são levados até uma sala onde está o antigo motorrad que o viajante utilizou em suas viagens; lá, Hermes sugere que, assim como ele, aquele motorrad pode falar, mas conforme a guia ele não falou nada durante os últimos — porque provavelmente está triste demais por causa da morte do antigo dono. Entretanto, quando Kino e Hermes ficam a sós com a motorrad, eles conseguem conversar. O motorrad ficará miseravelmente preso naquela sala para sempre e, por conta disso, ele pede para Kino libertá-lo ou destruí-lo; coisa que ela nega fazer, pois tem medo que a população daquele país se vire contra ela. Na verdade, ela já fez coisas mais imprudentes anteriormente, isso não seria um grande problema. Bom, enfim, motorrads foram feitas para viverem livres e “andando” por aí, ficar parado por toda eternidade não passaria de um castigo infernal para ele. Ao ir embora da cidade, Kino se encontrou com um garotinho que possui o sonho de se tornar um viajante também, com o diálogo entre ambos, dá a entender que no futuro o pobre motorrad será liberto e voltará às ruas graças o garotinho.

Essa mini-história foi genuinamente sem sal. Sério, não teve nada de tão incrível nela — ou pelo menos algo divertido. Acho que o máximo que deu pra tirar desse episódio é que o Hermes não é um “ser único” naquele mundo. De resto, não passou mensagem alguma, sequer teve graça. Aquela conclusão, além do mais, foi tão “desenho animado” que me fez sentir sono.

Após essa mini-história, finalmente chegamos à história principal desse episódio, que graças ao título dela deu a entender que teria algo relacionado a “mentira”. Além do mais, é nessa história também que a idiotice desse episódio chega ao seu ápice. Bom, ao entrar em um novo país — também sem nome — Kino é abordada por um homem que está à espera de sua amada — que estaria viajando pelo mundo, assim como Kino. Dá pra notar que o cara é meio maluco das ideias, então, Kino e Hermes apenas resolvem ignorá-lo, mas quando chegam à cidade, a curiosidade sobre aquele homem grita mais alto e eles perguntam sobre ele. Aparentemente, o maluquinho foi um dos chefes de um movimento revolucionário que abalou aquele país há cinco anos. Naquela época, ele tinha uma namorada que amava muito, mas por medo de morrer e deixá-la sozinha, ele terminou com ela um dia antes do golpe. Sendo curto e grosso, o dever dele era de matar o Rei e sua família; e foi justamente isso que ele fez. Contudo, ao ver o carro em chamas, percebeu que sua amada, na verdade, era a Princesa daquele país. Por ter matado sua amada, ele ficou mentalmente perturbado e, para tentar melhorar a situação dele, seus amigos mentiram para ele, dizendo que na verdade ela fez uma viagem e que em algum momento voltaria para ficar com ele novamente.

Levando tudo isso em conta, agora a maluquice do homem certamente faz sentido, não? Além disso, todo um cenário melodramático foi criado para o desenrolar dessa “triste” história. O problema é que não é bem assim que as coisas funcionam. Em determinado momento dessa história, Kino conversa com a emprega do maluquinho, e descobre que na verdade aquela empregada é a amada que ele acredita que morreu. Na verdade, o que dá a entender é que ela realmente gostava dele, mas estava junto dele também para saber mais sobre o tal ato revolucionário que estava prestes a acontecer. Quando o maluquinho terminou o relacionamento, ela teve certeza que o golpe ocorreria em breve, então, fugiu do país em segredo, deixando apenas uma dublê em seu lugar. Porém, mesmo com a fuga, ela se sentiu culpada ao saber o estado do seu amado, que ficou louco por pensar que havia a matado. Sendo assim, ela retorna para aquele país como uma viajante com problemas, usando isso como pretexto para conseguir a vaga de empregada do maluquinho.

A Princesa-empregada parece estar feliz com o rumo que as coisas tomaram e vão continuar tomando — mesmo que o amado dela nunca note que ela é a verdadeira mulher pela qual ele espera. Porém, a situação não precisaria ser tão complicada assim, pois ela realmente poderia revelar para ele quem ela é. Sério, o que impede dele manter esse segredo pro resto do povo? Além do mais, tenho certeza que se descobrissem e ela simplesmente dissesse que não tem interesse algum no trono, deixariam ela em paz, já que é a amada do “herói” daquele país. Parando pra pensar, existem muitas situações que poderiam simplesmente acabar com esse clima melodramático criado em volta dos dois. Entretanto, por algum motivo idiota, permanecem na mesma, sem avançar ou recuar. Além do mais, quando Kino está indo embora, o maluquinho corre atrás dela e a revela que está feliz do jeito que as coisas estão, dando a entender que sabe que a empregada na verdade é a sua amada. Meu jesus do céu, sendo assim, deveria ser muito mais fácil que pensei. Caso os dois pensassem juntos nisso, tenho certeza que a probabilidade deles pensarem em uma solução perfeita para o caso aumentaria em chances gigantescas. Eu realmente não consigo entender, toda essa situação deveria ser muito linda e emocionante, mas não consigo ver dessa forma, acho que na verdade tudo foi uma grande bobagem. A única coisa que me agradou verdadeiramente nessa história é que “mentira” apresentada nela não foi a que eu realmente esperava; me surpreendi, de certa forma.

Esse, ao meu ver, foi pior episódio de Kino no Tabi até agora. A primeira história foi sem graça e a segunda idiota demais. Não tenho nada a destacar com relação a parte técnica do anime, tudo continua normal. Sendo sincero, no início, eu realmente estava gostando de Kino no Tabi, mas com os últimos episódios minha motivação com relação anime vem diminuindo bastante. Espero do fundo do meu coração que Kino no Tabi não se torne algo ruim ou insuportável de se assistir.

  1. Tenho que discordar totalmente, a primeira historia foi boa, a segunda foi ruim, a terceira foi pior que a primeira mas ainda sim boa, a quarta foi péssima e a quinta pra mim foi o melhor episódio até agora.

  2. Só achei o episódio apenas ok! e ficar comparando com a versão antiga não é algo muito bom, fica a impressão de uma fica melhor que a outra e vice-versa. Se é um reboot e não remake, pra que comparar? Ao menos, não tem sido uma tortura como foi nas análises do Atom.

  3. Eu não me importei com o mini episódio, mas gostei da história principal. Fiquei pensando se eles realmente podem ser felizes naquelas circunstancias. Nós, como pessoas de fora, muitas vezes vemos a situação com mais clareza. Ainda sim, acho que de certa forma podemos dizer que as ações fazem sentido, pensando que:
    1) O rei era tão tirano que gerou uma revolução e a ordem foi matar a família real, não apenas destronar e exilar;
    2) O homem percebeu quem era sua amada quando viu o corpo, mas não ficou louco. Passou seu tempo transtornado, depois provavelmente percebeu o que ela deve ter feito (colhido informações e fugido do país). Não tendo nada a perder, pagou de louco, fingiu que acreditou na história da viagem. Deve ter ido morar perto do portão do país para reforçar a sua história e também para que os boatos se espalhassem: “Quando se chega no país “X”, tem um homem louco que vem perguntar se a gente sabe da amada dele”, e provavelmente esperava que esta história chegasse aos ouvidos dela e, se ela realmente o amasse, ela voltaria. O que aconteceu.
    3) A princesa pode ser a amada do herói do país, e sua morte talvez transforme a história dos dois numa tragédia amorosa com a qual o povo simpatiza. Com o retorno dela, anunciando quem ela é, ficaria claro que ela o usou para colher informações, ou seja, enganou o herói do país e logo “não merece” o seu amor. Quem acreditaria que ela não está apenas espionando novamente? Esperando a oportunidade para pegar de volta o que lhe é de direito?
    4) Se ele se curasse repentinamente da loucura, os outros iriam desconfiar e seria o primeiro passo para ser descoberto. Tem um ditado que diz também que “para enganar os inimigos, engane seus amigos primeiro”. Se eles não souberem a verdade e acreditarem na mentira, é impossível cometer um ato falho. Provavelmente por isso ele escolheu não contar a verdade para ela, afinal ela não está infeliz ao seu lado como as coisas estão.

    Desculpe o textão rsrsrs

Deixe uma resposta para Escritora Cancelar resposta