Bom dia!

O que aconteceu é que Buda odeia a Saber vermelha, odeia o protagonista, odeia todo mundo e odeia você. Brincadeira! Ele não te odeia – eu acho.

Ok, agora falando sério: o que aconteceu é exatamente o que pareceu que aconteceu. Quero dizer, sendo bem honesto, não descarto que no meio da viagem lisérgica da Shaft algo possa não ser o que parecia, mas por enquanto basta aceitar que tudo seja o que pareça ser que ainda assim vai fazer sentido. Mas tenho uma pergunta para você. Uma não, duas:

  1. Teve dificuldade de entender?
  2. Já assistiu outro anime da franquia Fate?

Eu assisti praticamente tudo de Fate, e devo dizer que o Extra, com efeito, é o mais diferente de todos até agora – pelo menos o começo. Isso não é uma coisa ruim (a não ser que você goste de ver três homens andando em círculos e explicando as regras do jogo que eles todos obviamente já sabem só para o expectador entender, durante trinta minutos – né, Fate/Zero?). Isso considerado, suponho que quem, digamos, acabou de assistir o Fate/Apocrypha, possa achar esse Fate/Extra muito estranho. Não por ser de verdade de difícil compreensão, mas por não ver ali toda a introdução clássica à Guerra do Santo Graal (o próprio nome do cálice só é mencionado uma vez, e quase no final do episódio).

Novatos na franquia não devem ter esse problema. Mesmo assim, foi uma viagem lisérgica da Shaft. Como assim? Eles vivem em uma distopia digital? É, é isso mesmo. Por tudo o que se pode aferir desse episódio, é exatamente isso. Se é algo como Sword Art Online, com pessoas presas em um mundo virtual só porque sim, ou se é mais como Matrix, com um sistema que depende e ativamente se alimenta das pessoas que mantém presas, ainda está para se descobrir – se é que será revelado (eu gostaria que fosse).

Eles têm aula na mesma escola que a Madoka

O porém dessa distopia digital de Fate/Extra é que, aparentemente, ela filtra de tempos em tempos seus habitantes. Apenas aqueles com potencial para ser um mestre continuam vivos e os demais são expurgados. Isso levaria naturalmente a conflitos entre seus habitantes para provar que são mais merecedores de sobreviver que os demais, mas o Sistema vai além e simplesmente ordena que, para a seleção final, os sobreviventes se matem. Um battle royale se inicia, exatamente como as guerras pelo cálice devem ser – mas ainda sem servos.

Mas se as pessoas normais já são apenas consciências digitalizadas, o que são os servos? Só posso especular. Por enquanto digamos que sejam aplicativos de computador programados com a personalidade, poderes e características atribuídos a nomes famosos da história ou de mitos. Se for isso, já será uma explicação melhor que as demais séries Fate costumam dar! Mas enfim, não importa. Se todos estão dentro de uma simulação computadorizada, todos são programas – servos e mestres. A diferença é que servos certamente terão poderes diferentes, e suponho que não estejam conectados (não necessariamente, pelo menos) a pessoas vivas de carne e osso em um hipotético mundo real para além da simulação. Ou será que também os mestres já não possuem mais seus corpos? Não estão mais vivos? Mistério!

“Pode levar aquele moleque que morreu na enfermaria da escola para aquele lugar que a professora disse que ninguém deveria se aproximar? Ah, e não repare que mudamos subitamente para iluminação de bordel” – Tem TANTA coisa errada nessa cena…

Foi nesse contexto que Hakuno Kishinami, o protagonista, se recusou a aceitar a morte e enquanto fugia encontrou um servo, a Saber vermelha (que eu já sei quem é mas não vou dar spoiler), que no começo do episódio lutou até ser derrotada por Buda. Aparentemente esse ciclo de criação e destruição (bem budista, no meu entendimento leigo, se me permite) já se repetiu várias vezes (o que explicaria o ódio sem motivo específico que o protagonista sentia), mas essa é a primeira que Hakuno consegue sobreviver – e será a última, daí o Last Encore do título.

“Namo Amida Butsu”

A batalha contra Buda também permite especulações: aquele Buda era um servo como qualquer outro? Ou era a própria encarnação do deus desse mundo digital? Vamos lá, voltar um pouco. Quatro parágrafos acima eu comparei Fate/Extra a Sword Art Online e Matrix. Em que pese todas as enormes diferenças visíveis já desde o primeiro minuto, qual é a semelhança entre essas três obras, além do fato de retratarem mundos cibernéticos? As pessoas querem fugir de lá. E, de novo apelando ao meu conhecimento leigo sobre o budismo, surpresa, surpresa! Isso também parece budista pra caramba. Um ciclo de morte e renascimento eterno que causa inexoravelmente sofrimento, do qual as pessoas buscam escapar através da iluminação. Se Fate/Extra for como outras histórias de pessoas presas em mundos digitais, fugir da simulação é como alcançar o nirvana (e depende de vencer a Guerra do Santo Graal?).

Trate o parágrafo anterior como especulação pura, contudo. Posso estar certo, quase certo, ou estupidamente errado. Já sobre o que aconteceu no episódio creio que não deva ser muito diferente do que eu descrevi acima. Vou cobrir esse anime aqui no Anime21, sempre às quartas-feiras, nesse horário. Até semana que vem!

Saber vermelha! Já é a minha saber preferida!

  1. Oi Fábio! Tudo Bem?
    Olha Vou te q Dizer que Gostei do Jogo Fate/EXTRA do PSP,ele responde mais o padrão que eu queria da Série Fate….que é trazer uma Outra Versão da Já Conhecida Saber Azul[Athur] q no caso é a Saber Vermelha[Nero] q é minha Segunda Saber Favorita!

    Bom Já a Animação tá Ótima,do jeito do Padrão do Estúdio Shaft como sempre trazendo lindas animações.
    Acho que Depois que zerar o Jogo,eu vou assistir o Anime para dar Minha Opinião Honesta sobre ele….espero que segue a História do Jogo!

    Falamos mais! Falow Fã de Anime q fala bem deles sem xingar,kkkk!

    Bye!

    • Fábio "Mexicano" Godoy

      Olha, anime que “merece” eu até “xingo”, viu? =D Não literalmente, claro. Se me parece ruim eu falo que é ruim e digo porquê, se me parece bom eu falo que é bom e digo porquê, a crítica não deveria ter nenhum segredo além desse, mas tem épocas em que fica bem difícil achar quem faça o básico, né? Sempre pode contar com o Anime21 para isso, hehe 😉

      Sobre Fate/Extra, eu não conheço o jogo. Sobre Fate em geral eu nunca joguei nenhum jogo. E esse é um ponto em que eu tive muito atrito com fãs do Fate/Stay Night quando cobri o anime UBW. Achei o anime ruim, disse que era ruim e porque era ruim. Isso ofendeu alguns fãs _do jogo_, que me diziam que eu tinha que entender o jogo e essas coisas todas. Mesmo que eu entendesse o jogo não deixaria de achar o anime ruim, porque entendo que ele deva ser uma obra fechada – eu estava fazendo uma análise do anime afinal, não da fidelidade da adaptação. Mas bom, voltando a Fate/Extra, pelo que andei lendo por aí está diferente do jogo – mas não vi ninguém criticar o anime por causa disso.

      Eu particularmente gostei bastante desse primeiro episódio. Gostei da premissa bem diferente de tudo o que conheço de outros Fates. E gostei muito da arte do estúdio Shaft, é claro!

      Obrigado pela visita e pelo comentário =)

      • Tudo Bem……esquece o que eu falei…..basicamente eu falo bem da produção de alguns Animes como Madoka Magica e afins.Mas nem precisa ser tão direto…..

        Bom Sobre Esse Anime Novo de Fate eu irei ver em Fim de Semana para dar minha Opinião….

        Acho que eu irei gostar…..diga,Fabio o que achou desse Extra Last Encore,mesmo não ter jogado o jogo?

      • Fábio "Mexicano" Godoy

        Eu sou melhor em avaliar roteiro, personagens e afins, tenho pouco conhecimento sobre produção. Sei quando é “bonito”, quando é “feio”, percebo algumas coisas óbvias e conheço alguns truques e macetes, mas no geral eu não sei nada sobre produção audiovisual ou cinematografia.

        Sobre Fate/Extra, como a nota que dei ao episódio e o meu comentário anterior indicam, eu gostei bastante sim. Estou ansioso pelos próximos episódios =)

  2. Não vou me apegar a detalhes. Mas, este Fate é assim dizendo. Uma grande produção destinada ao fracasso. Pelo menos em minha mais sincera opinião é o pior anime da franquia se comparado com os anteriores que tiveram uma história bem melhor, pelo menos eu acho que Fate Stay Night foi bem melhor.

    A única coisa boa que aparece foi a energética da Saber Vermelha que coloca em xeque a Saber Azul e demonstra ser mais atirada. E sem contar com a eterna Rin Tohsaka que parece um pouco diferente do habitual e um pouco mais decidida também.
    Já a história do mesmo é muito chata.

    Não gostei muito não. A única história que eu gostei foi da Alicia que lembra em muitos aspectos uma história que surgiu no RPG de D&D 3.5. A história da garota de Marte. Ou seja, é a história futurística de Alice no País das Maravilhas, mas, com uma adição mais “hard” na história original.

    Poderia ter sido melhor. Mas, é certo que ninguém consegue manter a mesma qualidade após alguns anos trabalhando no mesmo título. Não é ruim, mas, ainda prefiro anos-luz Fate Stay Night…

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