Sword Art Online é uma franquia que despensa apresentações não somente por seu enorme sucesso, mas também devido a frequência com a qual saem projetos relacionados a ela em várias mídias, tudo para manter a série na mente do público e conquistar ainda mais fãs. Essa terceira temporada tem o que é preciso para fazer tanto sucesso quanto suas predecessoras? Leia a seguir para descobrir isso!

Uma série tão popular precisa fazer um retorno triunfal, estou certo? Ao lançar esse episódio 2 em 1 SAO atingiu esse objetivo? Acredito que está no caminho certo – mesmo que demore um pouco para chegar lá. Alicization se passa algum tempo após os acontecimentos do filme Ordinal Scale – sobre o qual, eventualmente, deve aparecer uma resenha no blog – e acompanha o jovem “herói”, Kirito, em mais uma de suas aventuras – seja jogando um VRMMORPG ou testando sistemas de mergulho total.

Antes de comentar o que acontece, preciso deixar claro uma coisa. Não, não sou um fã cego de SAO que fecha os olhos para os problemas que a obra possui – alguns de natureza praticamente crônica –, mas também não estou aqui apenas para tacar pedras. Por que tudo precisa ter um roteiro fabuloso?

Será que as excelentes cenas de ação do anime – assim como seus vários outros acertos no que tece aos quesitos técnicos – não podem se unir a um roteiro simples, e que muitas vezes consegue até ser consistente, para render um bom anime; apesar dos seus problemas de forma e conteúdo? Não há o que se massacrar em SAO que o torne a pior coisa já feita pelo homem. Enfim, vamos a essa estreia!

Então é ele mesmo? O Cavaleiro da Integridade da Igreja do Axioma?

O primeiro ato todo se passa com o Kirito dentro de um sistema de mergulho total no qual ele é uma criança e possui dois amigos; o temeroso Eugeo, e a gentil Alice. Ambos estão em praticamente todas as imagens promocionais dessa nova temporada, e com aparências mais velhas. Isso indica que nesse mundo é que deve ser desenvolvida a trama de Alicization. Afinal, é nele que vive a Alice, claramente inspirada naquela do País das Maravilhas – acho que a original ficaria lisonjeada com tal homenagem.

Isso não ser explicado de antemão não é um problema, pois é bem fácil de supor, mas fiquei com a curiosidade de saber quanto tempo se passou naquele mundo, o ponto de partida a cada mergulho. Ele esquecer é conveniente para dar aquele tom de mistério, mas isso também não é um problema.

E finalmente Alice botou seus dedinhos no “País das Maravilhas”…

O interessante dessa parte foi a completa imersão do Kirito nesse mundo. Por um breve momento eu cheguei a pensar que SAO viraria uma história de fantasia e que o Kirito de 2026 seria a reencarnação do de 372, mas não, foi apenas outra amostra do quão assombroso é o envolvimento que a realidade virtual pode provocar no ser humano. Os garotos são apenas NPCs criados para interagir com o Kirito ali, mas esse apenas vai ficando cada vez mais dúbio, principalmente por como ele tenta protegê-los.

A existência de tabus é inerente a própria organização em sociedade.

É fato que eles são um produto avançado do avanço tecnológico – ao menos segundo as informações que o público possui até aqui –, mas é justo a conversa sobre a tradução da alma do segundo ato que me leva a pensar que esses NPCs também têm alma, ou que são informações de outros humanos? Dá até para relacionar isso a bagunça entre os mundos virtual e real que o Kirito comentou na segunda temporada. Ele não quer ver o que nascerá disso? Se envolver mais a fundo é o caminho mesmo, né.

Esse primeiro ato fecha em tragédia – não me refiro ao Kirito ter acordado, é sério –, com a prisão da menina por um crime cometido devido a inocência da infância ou ao poder maligno que a atraiu para o “Pais das Maravilhas”, que de maravilhoso não parecia ter nada? Seria errado afirmar que a quebra do tabu foi forçada e, sinceramente, esse tipo de situação sempre costuma acabar mal. Isso até é útil para preparar o público para o que está por vir: uma aventura envolvendo ambos – a Alice e o Eugeo.

Foi anunciado que o anime terá quatro cours, então muita coisa ainda vai rolar, podemos ter certeza!

“Você estava esperando o Kirito, mas sou eu, Kirigaya Kazuto.”

O segundo ato se divide em um pouco de ação do grupo no GGO – algo que eu já queria ter visto na segunda temporada – e uma explicação bem didática sobre o que o Kirito vem fazendo no “trampo”.

Belas cenas de ação, designs novos para os personagens que ainda não haviam aparecido no jogo de tiro, uma luta que não acaba em derrota (ainda que não tenha acabado em vitória também), tudo o que um fã de SAO gosta de ver na obra, e uma encheção de linguiça bem mais prazerosa e dinâmica que o segundo arco da temporada anterior – sim, não gosto muito dele, mas comento isso outro dia.

A Shino, que de boba não tem nada, chama o casal de amigos para ajudá-la em mais uma competição dentro do seu jogo favorito. Até aí tudo bem, porque, após Aincrad, todos os outros arcos da história começaram com um ritmo mais lento para apresentar novos personagens e o plot que irão trabalhar.

O problema é que a segunda metade da estreia não foi tão interessante. Ela com certeza vai ser útil pelo que foi comentado ali sobre a alma e como estão usando o mergulho total para desvendar seus mistérios, mas foram quase 50 minutos para a cena mais impactante se passar no mundo real e com um vilão mequetrefe daqueles? Não, o Kirito não vai morrer, se duvidar ele levanta e resolve tudo ali.

Fico com medo do roteiro se perder ao mexer com um assunto tão delicado…

SAO é o tipo de obra na qual o protagonista sempre vai vencer, em que o bem sempre vencerá o mal, ainda que o nível de dificuldade para se chegar a tanto vá aumentando. O que não significa que ver o anime, ou ler a light novel/mangá, seja sem graça. Pelo contrário, pois a satisfação do público sempre é garantida – tirando Mother’s Rosario, cujo vilão é o autor por fazer o público querer cortar cebolas.

A fixação do autor por vilões caricatos demais me incomoda bastante, mas, em compensação, desde a segunda temporada as co-protagonistas (agora com direito a um co-protagonista homem também) que têm aparecido rendem arcos interessantes, então estou ansioso para saber como a Alice vai ser trabalhada e como o Eugeo será aproveitado na trama – tudo indica que seja como um braço direito.

Que mania esse autor tem de criar vilão de quinta categoria. Será fetiche?!

É verdade, não poderia esquecer de comentar a cena romântica dos pombinhos. Ela foi boazinha e até serviu para dar uma reparada no erro da segunda temporada: a pouca proximidade entre os dois.

Se o casal de protagonistas namora, tem uma filha e possui uma química bem legal – em Aincrad eles proporcionaram um romance agradável de se acompanhar –, por que não aproveitar para aumentar as interações entre os dois, principalmente se elas tiverem esse clima de romance? Não sei porque o anime deixou o romance deles tão de lado – na verdade eu sei, foi para fortalecer um pseudo-harém que o Kirito tem só porque japonês adora essas coisas –, então acho que o beijo e a declaração foram um ponto positivo dessa estreia. Torço para que não fique só nisso e a Asuna tenha espaço na trama.

Kirigaya Kazuto, cuide bem dessa moça preciosa que é a Asuna Yuuki, hein! ❤

Quanto a outra heroína importante do arco eu nem me preocupo, pois logo ela deve estar de volta.

É certo que a Alice é a chave para desvendar os “mistérios” de Alicization. Enfim, só para terminar, eu achei a estreia razoável, um pouco mais fraca do que eu esperava, mas não ruim. Até a próxima!

Ih ala, o Kirito acha que tá no País das Maravilhas mesmo…

  1. Eu achei grande parte desse episódio bem entediante (além de que eu preferia que nem se focassem mais nesse romance porque eu acho que a Asuna é uma das personagens mais sem graça de SAO até agora). Mas ao mesmo tempo eu também achei que esse episódio apresentou algumas ideias bem interessantes, então eu acho que essa temporada tem bastante potencial de se tornar algo divertido de assistir.

  2. Também senti falta de algo mais impactante, seja no mundo virtual ou real, e aquele vilão horrível no final do episódio não ajudou. Na verdade, achei que ele baixou o nível. Em compensação, a semente de algo interessante foi plantada, e agora só nos resta assistir aos próximos episódios para sabermos como trabalharão essa tecnologia de tradução da alma.

  3. Eu tal como o redactor deste artigo, também não sou fã de SAO, para mim esta franquia só teve dois arcos bom, um na primeira parte da primeira temporada e o Mother´s Rosario na segunda temporada. O filme foi bom (ai tenho que concordar), mas é só mesmo para passar o tempo.
    Agora vem a estreia da terceira temporada, logo com um episódio dois em um e gostei do que vi. Ainda não tinham dado uma data de estreia fixa e já eu estava interessado na Alice (que tem um design bem bonito) e no Eugeo (que não foi grande coisa neste episódio). Achei interessante o mundo onde o Kirito estava na primeira parte do episódio, é difícil imaginar uma tecnologia que leve um jogador a um cenário tão realista (já existe o VR, mas isso nem é grande coisa), os trabalhos do Kirito são sempre tão complicados e só geram problema. Dentro do mundo da primeira parte era tudo muito bonito, a animação de SAO deu um salto na melhoria da animação digital,a luta entre o cavaleiro branco (digo branco, porque não decorei o nome dele) e o cavaleiro negro, estava muito boa, mesmo tendo um pouco de CG no meio.
    A parte em que a Alice sem querer toca na terra proibida foi interessante, ela tecnicamente não entrou lá, mas o sistema não achou isso. Foi bem triste quando a Alice foi levada pelo cavaleiro sagrado para execução, mas como dita o velho cliché, ela não morrerá (e nem podia morrer, eu quero ver a Alice na armadura dourada a imitar a Blue Saber de Fate).
    Agora a segunda parte não gostei, a cena de luta no Gun Gale foi ok, mas era dispensável ter lá a Asuna a imitar o Kirito com a sua espada de fótons , a Asuna só foi uma personagem bem aproveitada na primeira temporada, agora só serve para agradar aos fãs e pouco mais. Pelo menos nessa cena de luta em Gun Gale apareceu a Shinon, só por isso essa parte valeu a pena.
    Passando à parte do bar, eu pessoalmente não gosto de diálogos expositivos que durem muito tempo, mas esta parte até valeu um pouco a pena (se bem que as partes em que a Shinon e a Asuna notavam a perda de peso do Kirito tivessem sido meio chatas).
    Por fim, na parte final deu para ver uma cena de beijo entre o Kirito e a Asuna e isso foi muito bom, deu um tom de maturidade no relacionamento dos dois. A parte do assassino que faltava do Gun Gale foi meio porca, eu não gosto de vilões caricaturais, as expressões que o vilão fez foram bem exageradas. Agora o Kirito está em problemas, mas como ele tem um plot armor do tamanho da Rússia ele se safará bem.
    Excelente artigo do episódio 1 de SAO Alicization Kakeru17.

  4. Verdade, a estreia foi excelente no quesito animação. Quanto a Asuna, confesso que gostei dela no primeiro arco, mas acabei foi desgostando nos seguintes. Contudo, depois de Mother’s Rosario voltei a gostar da personagem e acharia muito bom se ela tivesse mais participação nesse arco, afinal, serão 4 cours. Aliás, gostaria que os outros personagens secundários em volta do Kirito também tivessem mais espaço para que eu, e o público como um todo, pudesse gostar mais deles. E o Kirito com certeza vai voltar novinho em folha, ainda que não seja já no próximo episódio. Ademais, achei essa estreia de mediana para boa, mas lenta como tem sido costume na série, e espero que a Alice, principalmente ela, engrandeça esse arco, como fez a Shino e a minha adorada Zekken.

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