Diavolo pereceu, um novo Don se ergueu e Vento Aureo acabou. Quais são seus pensamentos sobre o desfecho de mais uma parte do amado e bizarro Jojo? Gostou? Odiou?

Eu aposto que qualquer que seja a sua opinião, uma coisa é certa, você acha que o vilão teve o final que merecia! Nisso o Araki nunca erra, ele sabe como ser cruel ao fazer “justiça”. É hora de Vento Aureo no Anime21!

Como cantei a bola no artigo do episódio anterior, Diavolo já estava rendido, restava apenas alongar para enfeitar um pouco mais, porque qualquer reviravolta favorável a ele não faria sentido algum. Não que Jojo faça muito, mas a série costuma ter finais legais e esse foi ao menos razoável.

O ponto alto do primeiro dos dois episódios certamente foi o desfecho dado ao grande vilão. Diavolo “morreu” pelas mãos de um viciado que ele mesmo alimentou com seu tráfico de drogas.

É simplista jogar a “culpa” de sua morte só nele mesmo, não é como se ele tivesse inventado as drogas em primeiro lugar, mas quem dominava o tráfico na Itália era a máfia dele, né, então sim, foi uma crueldade muito bem-vinda essa do Araki.

Não porque Diavolo era assim tão odiável, mas porque esse resultado brinca com um contraste bacana e, além disso, retoma ao estopim para tudo o que aconteceu na saga, o tráfico de drogas e como este gerava repulsa em Giorno e Bucciarati.

Vai simborá coisa ruim…

Para mim pouco importa quem era o Capo de quem, quem motivou quem, quem deveria se tornar o novo chefe, mas sim que Giorno pavimentou o caminho para a realização de seu sonho vencendo um mal que não merecia nada além da miséria que recebeu.

Foi ainda mais divertido ver Diavolo morrendo de novo e de novo, entregue a um loop angustiante que pode até me parecer exagerado pela exaltação da “verdade” que Giorno representa, mas passou longe do inadequado.

Não tenho mais o que comentar, seja alfinetar ou elogiar, sobre esse aspecto de Vento Aureo, só que lamento a luta não ter sido maior, mais interessante, o que para mim tornou, junto a outros fatores, esse final aquém do que eu esperava. Aliás, comentarei meu maior ponto de descontentamento agora.

… e viva eternamente em sofrimento!

Sabe qual é o meu maior incômodo? É o Giorno! Ele é capaz demais, perfeito demais, e toda essa sua capacidade, somada a sua predestinação a grandeza, me incomoda.

Todos os Jojos, até mesmo o protagonismo em pessoa, Jotaro Kujo, até a parte 4 falham em diversos aspectos ao longo de suas partes e sofrem duras rasteiras em suas jornadas.

Com o Giorno não é assim e se você conseguiu enxergar algum amadurecimento nele ao longo desses 10 meses saiba que eu invejo você!

Okay, ele sofreu a perda dos companheiros e deve ter aprendido muita coisa com o Bucciarati e os outros, mas teve alguma mazela pessoal que o personagem teve que superar ou ele foi estóico do começo ao fim, como se não tivesse sofrido sequer um abalo que o desviasse do caminho da vitória o pouco que fosse?

Resta a Giorno honrar quem ficou para trás!

É mais fácil se apegar a um personagem, se importar com ele, quando a jornada o torna alguém melhor, não apenas exalta o quão bom ele já era.

Para não me estender em um tópico sobre o qual faz mais sentido argumentar em uma resenha paro por aqui, mas uma coisa afirmo: Vento Aureo para mim é uma parte divertida muito mais por causa de tudo o que há no entorno de seu herói máximo do que por ele mesmo.

Enfim, posso só fingir que o mini-arco final não existe só para encher linguiça e exaltar a predestinação quanto a tudo o que aconteceu só porque adorei ele?

Acho que posso e vou, pois foi um diferencial inusitado para esse final e foi legal ver o time antes do novato promissor mudar tudo de vez.

Quando a política da boa vizinhança faz você fazer coisas que você não que fazer.

O caso do Rolling Stones foi bem criativo por parte do Araki e divertido porque era o Mista que estava agindo diretamente nele.

Serviu mais para exaltar que tudo já estava escrito em pedras saltitantes que qualquer outra coisa, é verdade, mas acho que sempre é válido reforçar a ação do destino em Jojo.

Afinal, isso corrobora com toda a construção épica que a série tem e não atrapalha em nada sua bizarrice característica.

Aliás, só eu percebi que o Araki fez o usuário do Rolling Stones parecer Jesus Cristo como forma de atenuar o “misticismo” de toda a situação?

Achei isso meio bobo, mas lembrando que a Itália é um país fortemente católico até que faz sentido, né, ou melhor, consigo entender a ideia do autor, ainda que continue achando a maior besteira.

Por fim, os escravos do destino continuam suas vidas e gostei de não terem gasto tempo com a lamentação do Mista e da Trish pela morte do Bruno, não era necessário.

A volta dos mortos do PolPol foi aquela forçadinha de barra que nada me incomodou e, honestamente, todo mafioso precisa de um braço direito inteligente, ou algo próximo a isso, né?

O Mista não é essa pessoa, já deu para perceber, mas deve der o caso do francês, então a Passione está bem resguardada. Tem cérebro, músculos e o dono da verdade bem no meio.

Quanto ao destino da Trish, sabe o que conta um pouco dele, mas, principalmente, revela que fim o Fugo teve? Purple Haze Feedback. A light novel não escrita pelo Araki, mas ilustrada e aparentemente “abençoada” por ele.

Mista é aquele amigo que finge ser gay pra pegar as minas.

Não tenho porque comentar o conteúdo da light novel aqui, deixo isso para o artigo da coluna específica, e nem acho que preciso escrever nada sobre os Rolling Stones, né?

Como cavalos selvagens a saga de Giorno Giovanna e Bruno Bucciarati teve seu fim abrindo as portas para uma Itália livre das mazelas promovidas pela máfia, ao menos de algumas delas, e, apesar da conveniência da situação e de seu protagonista questionável, acho que Vento Aureo foi bem descente no geral e teve um fim legal.

Poderia ter sido melhor? Sempre pode, mas foi emocionante, e principalmente agridoce e gratificante, a sua maneira, então não tenho muito do que reclamar sobre esses dois últimos episódios.

Lançá-los juntos foi adequado, uma pena que demorou semanas para isso, para terminar algo que já estava acabado, afinal, o que vimos nessa dobradinha foi apenas o epílogo.

Você sentirá saudades de Vento Aureo? Eu sentirei saudades! Mas como não tenho mais o que comentar me despeço aqui e indico que você leia a resenha que deve sair não muitos dias após a data em que sair esse artigo.

Jojo está em meu coração e esse coração é de ouro, nem que seja dos tolos.

Até a próxima!

Seja bem-vindo à nova Passione!

  1. cara eu acho assim, nessa parte ninguem tinha que aprender nada, pq todos ja aprenderam o que tinham que aprender com suas experiencias de vida, todos tem uma historia, o giorno aprendeu com as dificuldades que ele passou quando pequeno e colocou um objetivo em mente, o bucciarati tinha um tbm mais acabou amolecendo e quando viu o giorno ele tomou coragem pra acompanhar o giorno nessa luta, acho que essa parte não focou no aprendizado de cada personagem ou do protagonista, mais sim nas adversidades que eles vão enfrentar pra concluir esse objetivo, no fim ele perdeu pessoas importantes, é como o bucciarati disse:” não se preocupe, o que alcançamos nessa jornada foi uma vitoria absoluta”.Eles com certeza cumpriram seus objetivos e é so isso, todo ”aprendizado” ja foi apresentado, é claro que a gente nunca deixa de aprender, mas o objetivo formado ja era claro, derrotar o chefe e impedir que mais pessoas sofram.

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