Kyoko, a mãe de Tohru, era uma mulher incrível. Não só por conta de seus conselhos extraordinários que servem para muitas horas, mas também por suas atitudes. Uma mulher altiva e sincera, que antes era o mesmo que Uotani no passado: uma delinquente. Ao contrário da menina, ela era bem mais conhecida e muito mais forte.

Kyoko tinha um apelido forte: Borboleta Escarlate. Antes mesmo de se tornar uma mãe “babona”, ela era conhecida pelas brigas que arrumava, pelas falas de efeito e também por sua moto que, quando fazia zigue-zague, parecia que desenhava uma borboleta vermelha no ar com os faróis.

Ela pode ter sido uma delinquente de “prestígio” em todas as gangues que vieram depois, porém se tornou uma mãe maravilhosa com um coração enorme.

Foi Kyoko que fez Uotani abrir o seu coração, por mais difícil que fosse. Tohru também ajudou nessa árdua tarefa, principalmente depois que a delinquente resolveu voltar a estudar, e desta vez foi em definitivo. Ela sempre foi uma menina inteligente, só precisava de alguém para estimular a sua sabedoria.

Uotani esbanjando conhecimento na sua transição delinquente-aluna normal.

Tohru tem ciência de que não é muito inteligente, então Uotani a ajudava a estudar. Apesar de ser uma delinquente na época, também conseguia ajudar nos estudos e tarefas que exigem esforço manual. Com a ajuda que a protagonista lhe deu na hora do aperto, não é à toa que Uotani foi logo se apegando àquele ambiente que antes lhe era hostil.

Também aprendeu rápido a ajudar em afazeres domésticos.

Por ser de uma família desestruturada, com o pai bebum e a mãe que resolveu largá-los quando ela ainda era pequena, Uotani concluiu que se sentia solitária, e para acabar com o seu tédio, resolveu brigar para valer na rua. Estava tão acostumada com um ambiente que não era saudável que, quando chegou em um lar cheio de amor e carinho, se sentiu estranha e acuada.

Com o passar do tempo, Uotani começou a voltar mais vezes para a casa de Kyoko e da Tohru, por mais estropiada que estivesse. A mãe da protagonista estava acostumada a conviver com aquele tipo de cena lamentável, então sempre a recebia muito bem.

Apesar de estar em situação deplorável, Kyoko nunca lhe deixava para trás.

Após ir conquistando pouco a pouco o seu espaço, e mesmo sofrendo preconceito de outras pessoas, exceto da Tohru, resolveu que queria sair da sua gangue de delinquentes. O ritual para a saída é receber uma pancada (ou soco, ou chute, ou o que quisesse) de todas as membros dali. Kyoko estava ciente e resolveu ajudar com o seu antigo “nome de guerra”.

O reaparecimento da “Borboleta Escarlate”.

Depois que Kyoko morreu, tudo se tornou uma lembrança muito longínqua e Uotani estava ciente de que não poderia mais pedir conselhos daquela mulher em vida. Ela pode ter deixado lembranças tristes e ruins, mas também deixou as boas e significativas, como conselhos maravilhosos e sua filha, a Tohru.

Tohru ainda vai passar por muita coisa durante a obra, porém sempre consegue superar tudo com um sorriso, por mais horrível que possa parecer. É desse jeito que ela vive, e não acha certo que as pessoas sofram, mesmo que não consiga resolver 100% dos problemas, por isso que tenta achar sempre as boas palavras de sua mãe para dar conselhos.

O que Kyoko deixou de mais importante.

Ah! E sobre aquelas delinquentes que estavam perseguindo a Uotani? Duas delas se tornaram fãs em definitivo, porém uma pior que a outra, e uma ainda queria que a gangue não fosse desfeita. Foi meio bizarro.

Bom, pelo menos a roupa era bonita.

Muito obrigada por ler este artigo até o final, e nos vemos no próximo!

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