Wave, Listen to me! segue rumo a dominação mundial hahahahaha… Brincadeira a parte, é verdade que o debut da protagonista a deixou mais ambiciosa e confiante, o que tem tudo para elevar ainda mais a qualidade do show. Minare adentra formalmente no mundo da rádio já mostrando a que veio, não só para os ouvintes humanos, mas também para os aliens, quer apostar quanto?

Deixando bolo de aniversário de lado (ao menos os que têm chantilly, odeio chantilly), a ideia de um curto programa de rádio transmitido regionalmente, que passa na madrugada e é estrelado por uma completa amadora atrair patrocínio realmente não faz nenhum sentido. E na rádio, assim como na televisão, se não tem propaganda tem de haver culhões para investir no risco.

Não que um programa como o da Minare dê tanta despesa, mas risco sempre há, ainda mais se pensarmos que diferente da dramatização radiofônica de Guerra dos Mundos (sim, parei para pesquisar em detalhes), não houve qualquer aviso de que se tratava de ficção. Não que a polícia não notaria, mas vai saber, né, às vezes os japoneses encucam com cada coisa…

Enfim, a reunião não ajudou a estreante em nada e o script serviu mais como guia que roteiro de fato e achei isso bem legal porque explora o tom certo para a personagem, como foi com o programa em que ela finaliza um urso. Não é real, é ficção, mas a arte do improviso torna o programa algo visceral, divertido, espontâneo e as pessoas gostam de programas assim.

É incomum ver um programa assim na rádio, e na TV então, deve ser raro, ao menos sendo transmitido ao vivo, como se fosse uma live, só que só o áudio. Okay, não preciso explicar, sei que você deve saber o que é uma live, mas sabe como é sentir o gostinho de fazer algo que gira completamente em torno de você? Se não sabe, teve uma palinha com esse episódio!

Gostei muito de como a direção do anime tratou o acontecimento, sem pompa exagerada, só mantendo a mesma pegada das outras vezes em que ela assumiu o microfone. O caso de tentativa de assassinato intercalado ao programa também foi outra jogada divertida. Imagino que não seja real, seria bobagem se fosse, e foi sim genioso defrontar duas situações que na verdade eram a mesma.

Digo, a mesma até certo ponto, já que a entrada dos aliens homenageou o programa pioneiro com criatividade e já de cara mostrou a liberdade do segmento, puxando muito para o absurdo, é verdade, mas não é como se as pessoas estivessem preocupadas com isso. Qualquer pessoa de bom senso sabe que ela não matou o namorado, foi abduzida ou acabou com um urso enquanto lia cartas de fãs.

Contudo, mesmo sabendo que não é verdade, não impede o povo de gostar. Aliás, é justamente por não ser real que as pessoas se sentem livres para se divertir e até rir de um assassinato. A ficção tem esse “poder” e com a distinta vivacidade na maneira em que se expressa fica ainda mais fácil para a Minare conquistar o interesse dos ouvintes.

Um começo bom, realmente promissor, para alguém com ínfima experiência e muito potencial, tanto que já se empolgou e brandou que vai se tornar a maior apresentadora de rádio da região. É possível? Claro, mas ela deve ter que ganhar experiência com outros formatos e também sair do horário patinho feio e ir para o horário nobre da rádio (que eu imagino ser o mesmo da televisão?), então ainda deve demorar…

Deve demorar também para ela “desafiar” radialistas mais experientes da própria casa, como a Madoka, mas é justamente isso que é legal, ver que ela traçou uma meta possível para si e que essa meta diz muito sobre o momento de sua vida, em que ela já se deu mal em relacionamentos e sabe que não pode mais seguir se deixando atrapalhar por eles.

Inclusive, ela foi introduzida a esse universo falando mal do namorado que jurou perseguir até os confins do mundo e matar, então, não foi uma maneira simbólica de encerrar o tópico e partir para outras loucuras. Não foi só o clássico de H. G. Wells que foi referenciado, mas também a própria obra em seu início (ao menos o cronológico).

Por fim, gostei bastante do episódio, ainda acho que a luta contra o urso foi insuperável, mas pelo contexto e significado essa apresentação de assassinato/abdução me cativou. A Minare engolir cocô de tartaruga foi bônus, assim como seu sonho maluco com os aliens. Até nisso a obra é bem realista, outro dia eu mesmo tive um sonho maluco que teve haver com algo que havia me ocorrido pouco antes.

Nada tão importante quanto começar uma carreira na rádio, obviamente, mas quando você está em quarentena até pensamentos despreocupados ganham relevância no seu dia. Menos mal que temos Wave para alegrar nossas sextas. Será que o programa pararia se o mundo da obra estivesse em quarentena por conta de uma pandemia? Acho que daria para improvisar um estúdio em casa, então…

Da-lhe Minare neles!!!

Até a próxima!

  1. A performance da seyuu da Minare foi magnífica e exemplar (já me tornei fã).
    Tem algo no Anime que me deixa fascinado, não sei se é o tema, ou o design mais maduro das personagens ou se são os personagens em si.
    De resto não tenho mais nada a acrescentar ao que foi escrito pelo mestre Kakeru sobre o episódio.
    Antes de terminar, gostaria de dizer, que não me importaria de ser abduzido por aliens tão simpáticos e cuidadores como os que foram mostrados no episódio.
    Por fim, a arte na ending deste anime é linda, poderia passar uma eternidade a apreciá-la.

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